TERESA NEWMAN (Therese Neumann) nasceu em Konnersreuth, norte da Bavaria, Alemanha, aos 8 de abril de 1898, – numa Sexta-Feira da Paixão, – numa família muito pobre e profundamente católica. No seu diário, escreveu que seu maior desejo era ter sido missionária na África. Tragicamente, porém, um acidente que sofreu aos vinte anos impediu-a de realizar o seu sonho. Em 1918, uma fazenda vizinha incendiou-se e Teresa correu para ajudar, mas pelo grande esforço de carregar baldes de água para apagar as chamas, sofreu uma grave lesão na medula espinhal que a deixou paralisada e completamente cega.
“Teresa disse que via uma grande luz e uma voz extraordinariamente doce perguntava se ela queria curar-se. A resposta de Teresa foi surpreendente; disse que para ela tudo estava bem, ficar curada, continuar doente ou morrer, contanto que fosse feita a Vontade de Deus. A voz misteriosa lhe disse que 'hoje ela teria, sim, uma pequena alegria, ficaria curada da sua doença, mas que depois sofreria muito'."1
Os impressionantes êxtases de Teresa Newman |
“O jejum de Teresa Newman quis demostrar a todos os homens do mundo o valor da Eucaristia, dar a entender que Cristo é verdadeiramente Presente sob as espécies do Pão e que através da Eucaristia é possível conservar inclusive, a vida física.”
Quando, em setembro de 1927, o Dr. Fritz Gerlich foi a Konnersreuth para tentar, "em nome da razão e da ciência", esclarecer o caso da estigmatizada Teresa Newman, viu-se diante de uma mulher humilde, que dali a não muito pouco tempo conseguiria dar às suas verdades um significado mais amplo. Os sinais da Crucificação de Cristo, que sofria na carne com tanta nobreza, o jejum de 36 anos e a vasta gama de fenômenos sobrenaturais ligados à sua pessoa representavam e representam a prova física da existência da Realidade além das nossas percepções sensoriais.
Em julho de 1927, a Cúria de Ratisbona mandou que fosse feita uma análise cuidadosa do caso Teresa Newman, a fim de verificar a veracidade ou não dos fenômenos. Uma comissão médica composta de um psiquiatra, Dr. Ewald, um médico, Dr. Seidl, e quatro enfermeiras freiras, supervisionou Teresa por um período de quinze dias. De duas em duas, as irmãs, sob juramento, vigiaram ininterruptamente até o menor movimento de Teresa. A ela foi proibido o acesso ao banheiro, sendo que todas as suas secreções eram recolhidas e examinadas. Médicos fizeram análises minuciosas das feridas e verificaram muitas vezes o seu peso e sua temperatura corporal. No final dos quinze dias, declararam a impossibilidade de a medicina explicar os estigmas, e confirmaram que nenhuma substância tinha sido ingerida pela mulher durante o período da análise2.
Dentre todos aqueles que a conheceram, incluindo os profissionais de psiquiatria e medicina, ninguém observou em Teresa nenhum sinal de desequilíbrio mental ou emocional, de auto-sugestão ou da chamada falsa "beatice" que, de acordo com o parecer de alguns céticos, seria a explicação para o aparecimento das chagas no corpo da mulher. Conta-se que, certa vez, respondendo a uma dessas insinuações, disse Teresa: "Se o senhor acreditasse que é um boi, acha que lhe cresceriam chifres?”...
Durante as visões e êxtases, Teresa falava com facilidade e corretamente em grego, latim, francês e aramaico, fato que assombrou especialistas como o Profº de filologia semítica Johannes Bauer, o orientalista e papirólogo vienense Profº Drº Wessely e o Arcebispo católico de Ernaculum-Índia, Dr. Parecatill. Os três concordaram em afirmar que Teresa se exprimia na língua que se falava na antiga Palestina.
O pedido de beatificação de Teresa Newman foi feito pela Arquidiocese local alemã em 13 de fevereiro de 2005.
“A Mesa da Eucaristia não nos oferece somente a Morte e o Sepulcro e a participação a uma vida melhor, mas Ele mesmo, o Ressuscitado; não somente os Dons do Espírito, mesmo que sejam enormes, mas o Benfeitor mesmo, o Templo mesmo em que é fundado o Universo dos Dons. (...) Como a boa oliveira enxertada na oliveira selvagem a muda completamente na sua própria natureza, de modo que o fruto não tem mais as propriedades da oliveira selvagem, do mesmo modo também a justiça dos homens, por si, não serve para nada, mas logo que ficamos unidos a Cristo, recebido na Comunhão da sua Carne e do seu Sangue, pode produzir imediatamente os maiores bens, como a remissão dos pecados e a herança do Reino, bens que são fruto da Justiça de Cristo." (Nicolas Cabasilas)
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2. Idem
Fontes e bibliografia:
• NASINI, Gino. O Milagre e os Milagres Eucarísticos. São Paulo: Loyola / Palavra & Prece, 2011, pp. 166-167.
• FICKETT, Harold. Coisas no Céu e na Terra, investigação do sobrenatural. São Paulo: Loyola, 2003, p. 22
https://www.clubedeautores.com.br/book/191837--Esta_e_Minha_Casa#.VdjSzPlViko
ResponderExcluirQue testemunho extraordinário foi a vida de Teresa Newman, nos faz refletir sobre a importância da Eucaristia.
ResponderExcluirExcelente história, com uma grande lição de vida. Se alguém não acreditar é pior do que um hereje.
ResponderExcluirPARA DEUS NADA É IMPOSSIVEL....................
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar nela. Que testemunho de que cremos no Deus do impossível!!
ResponderExcluirEla é Santa?
ResponderExcluirAmo Teresa Newman!
ResponderExcluirImpressionante! Neste mesmo estado também devia ficar Santa Gemma Galgani... Teresa Newman, esta "santa", que ainda não foi canonizada, infelizmente - ainda é pouco conhecida. Parabéns pelo artigo.
ResponderExcluirNo Brasil temos uma Serva de Deus que também viveu somente da Eucaristia, por muitas décadas, até o fim da vida: Floripes Dornelas de Jesus, a "Lola", de Rio Pomba-MG. Vale a pena pesquisar.
ResponderExcluirEu acredito
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