Padre Joseph Enkh-Baatar |
O BISPO WENCESLAO Padilla, Prefeito Apostólico da Mongólia, que acompanhou com perseverança o crescimento espiritual do jovem Joseph Enkh-Baatare e de toda a Igreja na Mongólia – renascida há 24 anos1 – declarou: "Ter o primeiro jovem mongol ordenado sacerdote é para a Igreja local como um parto: é uma jovem mãe que dá à luz seu primeiro filho! Rezamos e confiamos que o Pe. Joseph será fiel à sua vocação, que tome a sua cruz a cada dia e siga Cristo sempre, em todas as circunstâncias de sua vida".
Em sua homilia, Dom Padilla se deteve na passagem do Evangelho escolhido por Pe. Enkh para a ordenação: "Quem quiser me seguir, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e me siga" (Lc 9, 23). Lembrou ainda que "o Senhor tornou possível o que parecia impossível", convidando a assembleia a continuar confiando em Deus. De sua parte, Pe. Joseph havia já dito, ainda como diácono: "Quero me tornar um padre que nunca perde de vista o seu centro, que é Jesus Cristo, para que eu possa realizar a minha missão." Reconheceu também: "Somos poucos cristãos, mas o amor de Deus torna tudo possível!".
Giorgio Marengo, sacerdote missionário de Nossa Senhora Consolata que viveu na Mongólia entre 2003 e 2006, disse à agência internacional Asia News que a comunidade católica da Mongólia "está feliz e orgulhosa do seu primeiro padre", que "é confrontado com uma grande tarefa: a de ser uma ponte entre as culturas católica e a mongol", e concluiu: "Nós vamos apoiá-lo tanto quanto possível: estou certo de que ele será capaz de enfrentar os desafios desta jovem Igreja com a sensibilidade certa".
No que diz respeito a vocação do novo sacerdote, Pe. Marengo tem grande esperança: "Ele conhece a história da Mongólia, sua cultura, religião e tradições. Este é um povo peculiar, orgulhoso e possuidor de uma antiga tradição espiritual. A sensibilidade da Mongólia é muito forte, composta de muitas facetas que muitas vezes um estrangeiro não pode compreender". Assim é que o Padre Joseph Enkh-Bataar poderá ser "ponte", ajudando o povo mongol a compreender o catolicismo e sendo compreendido por eles. Deus o ajude, Nossa Senhora interceda por esta intenção e, como deseja o novo sacerdote, que Nosso Senhor Jesus Cristo seja Causa, Centro e Fim de todos os seus atos e realizações para essa antiga nação.
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1. Após a queda do regime comunista que perseguiu o cristianismo e reprimiu todas as atividades da Igreja no país. Com a introdução da democracia em 1991, missionários retornaram para reconstruir tudo do zero. Desde o ano 1992, as relações diplomáticas entre Vaticano e Mongólia foram retomadas, e desde 2016 há uma Prefeitura Apostólica , um Bispo e seis igrejas no país.
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Fontes e ref.:
• AsiaNews.It, em:
http://www.asianews.it/news-en/Enkh-Baatar-will-be-a-bridge-between-the-Church-and-the-Mongolian-people--38393.html
• Fides, em:
http://www.fides.org/pt/news/60629-ASIA_MONGOLIA_Prefeito_Apostolico_Com_o_primeiro_sacerdote_a_Igreja_na_Mongolia_e_uma_mae_que_da_a_luz_um_filho#.V8Y2qPkrIdUAcesso 31/8/016
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