Os Anjos de Deus


ADICIONANDO-SE A PALAVRA “anjos” a um buscador da Internet, incrível é a quantidade de informação que aparece; são muitas páginas contaminadas pela doutrina new age. Ainda mais curiosa é a busca por imagens de anjos: encontramos desde seres "fofinhos", como bebezinhos gorduchos, a garotinhos meio efeminados com asinhas coloridas lhes saindo pelas costas...

Muitos artigos sobre os anjos estão, sem dúvida, deformados por uma certa cultura esotérica pseudo-mística. Entre outros absurdos, é possível até encontrar um anjo específico para cada dia da semana(!).

Comecemos, então, dizendo o que os anjos de Deus não são: não são "reencarnações"; não são homens ou mulheres alados; não são "lugares" nos quais se sente a Presença do Criador; não são como gnomos ou duendes; não são uma espécie de "energia" nem tampouco algum tipo de fumaça branca.

Apesar de tudo, é preciso dizer que também se pode encontrar informação confiável na rede. Um dos artigos de valor que encontramos na internet é o de P. B. Celestino que, em relação a isso, dizia:

A humanidade no seu conjunto parece obedecer a uma espécie de 'lei do bêbado': depois de uma queda para a direita, procura compensá-la inclinando-se para a esquerda, e acaba caindo nessa direção. Assim, às épocas de racionalismo exacerbado e míope, seguem-se outras em que proliferam as mais tresloucadas fantasias e crendices, e a doutrina sobre os anjos está entre as que mais facilmente se prestam a essas deformações. O nosso tempo inclui-se entre as segundas, a julgar pelo número de 'caricaturas' deformadas desses seres não-humanos, ― sob a forma de duendes, gnomos, espíritos 'desencarnados', deidades e extraterrestres, ― que se misturam inextricavelmente nas estantes das livrarias e lojas de bibelôs, bem como nas cabeças de alguns…

Muito bem dito.

O Calendário Litúrgico Católico celebra duas festas angélicas, uma no dia 29 de setembro, – a Festa dos Três Arcanjos, S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, – e outra a 2 de outubro, – a Festa dos Anjos da Guarda. Mas, afinal, quem são os anjos?

Talvez o Concílio da Igreja que mais se dedicou a explicar a doutrina sobre os anjos foi o de Latrão IV, do ano 1215. Neste se afirmou, num contexto de profissão da fé, que os anjos foram criados por Deus desde o inicio do tempo. No caso dos demônios, o Concilio diz que foram anjos criados bons, que se fizeram maus pelo uso de seu livre arbítrio. Evidentemente, houve pronunciamentos magisteriais sobre os anjos antes desta data, por exemplo, o do Papa Zacarias, no ano 745, que rejeitou os vários nomes dos anjos, ficando somente com os de Miguel, Gabriel e Rafael, já que são os únicos mencionados pela Sagrada Escritura. O Concilio de Aix-la-Chapelle, no ano 789, fez o mesmo.


O testemunho das Sagradas Escrituras

A palavra anjo vem do grego angelos, que serviu para traduzir a palavra hebraica mal’ak, que, de maneira geral, significa “mensageiro”. O que nos diz a Bíblia Sagrada sobre os anjos? Bastante. Em resumo:

• Os anjos são filhos de Deus (cf. Jó 1,6; 2,1);

• São protetores dos homens (cf. Sl 90,11);

• Vivem nos Céus
(cf. Mt 28,2);

• São de natureza espiritual (cf. 1 Re 22,19-21; Dn 3,86; Hb 1,14);

• Há anjos bons e anjos maus
(cf. Zc 3,1);

• Sabemos que existem os Serafins (cf. Is 6), Querubins (cf. Gn 3,24; Ex 25,22; Ez 10,1-20), Tronos, Dominações, Potestades e Principados (cf. Cl 1,16), Virtudes (cf. Ef 1,21), Arcanjos (cf. 1 Ts 4,15-16; Judas 9) e os anjos que cuidam dos indivíduos (cf. Tb 5; Sl 90,11; Dn 3,49s; Mt 18,10).

Os Evangelhos dizem que os anjos  contemplam a Face de Deus (Mt 22,30; 18,10) e que se alegram pela conversão dos homens (Lc 15,10). Dizem ainda que eles levaram Lázaro ao seio de Abraão (Lc 16,22).

Em relação aos três Arcanjos: 

• Gabriel, seu nome significa “Deus é Força”, aparece em Dn 8,16; 9,21; Lc 1,19.26; 

• Miguel, seu nome significa “Quem (é ou pode ser) como Deus?”, aparece em Dn 10,13.22; 12,1; Jud 9; Ap 12,7. São Miguel é o Padroeiro de toda a Igreja;

• Rafael, seu nome significa “Deus Cura”, aparece em Tb 3,25. 



A hierarquia angélica e as relações com os seres humanos

Segundo S. Tomás de Aquino, a Luz Divina é comunicada aos Anjos de maneira hierárquica, graduada e ordenada, da primeira Hierarquia até a última. A palavra "hierarquia", neste caso, significa Principado Sagrado; a palavra "Principado" compreende duas realidades: o próprio Príncipe e a multidão ordenada sob ele. O Principado Sagrado, entendido no seu significado pleno e perfeito, designa toda a multidão das criaturas racionais e chamadas a participar das coisas santas sob o Governo Único de Deus, Príncipe supremo e Rei soberano de toda esta multidão. Não há uma classificação total e e uniformemente definida na Igreja sobre os Nove Coros dos Anjos. A de Dionísio Aeropagita e a do Papa São Gregório permanecem a referência.

A distinção mais divulgada de uma hierarquia entre os anjos aparece na obra De Coelesti Hierarquia (Sobre a Hierarquia Celeste), atribuído a Dionísio, o Areopagita, datada entre os séculos IV e V. Nesta, os anjos são "classificados" em três Ordens, cada uma formada por três Coros, num total de nove Coros Angélicos: Serafins, Querubins e Tronos fazem parte da primeira hierarquia dos anjos; Dominações, Virtudes e Potestades formam a segunda hierarquia; os Principados, os Arcanjos e os Anjos (como os de guarda) estariam na terceira. Todos esses anjos têm, como resume o teólogo francês J. Daniélou, duas funções: louvar a Trindade Santíssima e guardar e defender tudo o que é de Deus. 

O Catecismo da Igreja Católica diz que os anjos são criaturas pessoais, ou seja, dotadas de inteligência e vontade; são imortais, porque puramente espirituais, e superam em perfeição as criaturas visíveis (CIC §330). A perfeição dos anjos não permite, no entanto, que eles penetrem nossas consciências; temos que manifestar-lhes as nossas necessidades, mas basta falar com eles mentalmente, e nos entenderão. O fato de os anjos serem pessoas nos faz ver que são capazes de relações de amizade e de fraternidade com pessoas humanas. Os santos anjos são nossos amigos. Seria bom se cultivássemos essa amizade frequentemente, conversando com eles, pedindo a sua proteção e agradecendo seus favores. Nessas angélicas relações amistosas, o nosso anjo da guarda ocupa o primeiro posto: é o anjo que mais deveria ser tratado por nós.

A Primeira Hierarquia: Serafins – Querubins – Tronos
Representa Deus nas suas Perfeições mais íntimas: Amor ardente, Luz viva, Santidade inalterável.

A Segunda Hierarquia: Dominações – Virtudes – Potestades
Representa Deus na sua Soberania sobre todas as criaturas: Poder sem limites, Força irresistível, Justiça imutável.

A Terceira Hierarquia: Principados – Arcanjos – Anjos
Representa Deus nas suas ações: sábio Governo, sublimes Revelações, constantes testemunhos de Bondade.


A devoção aos anjos não contraria a centralidade de Cristo

Todos os anjos estão ao serviço de Cristo, e é uma honra para eles servir a Jesus e a todos os seres humanos por amor ao Deus Uno e Trino. O Catecismo da Igreja destaca esse serviço humilde e eficaz a Cristo e a toda a Igreja (Cat. 333-335).

Os santos foram muito devotos dos anjos. São Josemaría Escrivá, por exemplo, deixava que o seu anjo da guarda contasse o número de orações e mortificações que ele ia fazendo, tinha-o presente nos trabalhos apostólicos que realizava, chamava-o “Relojoeirinho” (porque era muito pontual em despertar-lhe e até consertou-lhe um relógio numa ocasião!), dedicava as terças-feiras a tratá-lo mais intensamente, rezava ao anjo da guarda de alguém com quem queria conversar ou escrever-lhe uma carta; viu o Opus Dei no dia 2 de outubro de 1928, Festa dos Anjos da Guarda; confiou os diversos trabalhos dessa nova fundação a cada um dos arcanjos. O livro “Caminho”, um verdadeiro clássico moderno da espiritualidade cristã católica, indica nove pontos seguidos à devoção aos anjos. Como São Josemaría, poderíamos elencar vários outros santos cuja devoção aos anjos nos anima a ser mais amigos desses celestes espíritos.

Os anjos estão presentes na Liturgia da Igreja, muito especialmente quando a Santa Missa é celebrada. Os textos litúrgicos fazem referências a esses celestes adoradores de Deus. O “Glória a Deus nas alturas” foi uma oração entoada por eles (cfr Lc 2,13-14). As Orações Eucarísticas, na sua primeira parte (prefácios), terminam “com os anjos e os arcanjos e com todos os coros celestiais” cantando o hino da glória de Deus que é o “Santo, Santo, Santo”, Hino dos Serafins (cf. Is 6).

Na Oração Eucarística I ou Cânon Romano, a Oferenda é levada ao Deus Todo-Poderoso “per manus sancti angeli”, ou seja, pelas mãos do santo anjo. São Beda dizia que “da mesma maneira que vemos como os anjos rodeavam o Corpo do Senhor no sepulcro, devemos crer que estão fazendo a corte a Jesus na consagração”.

Enfim, toda a vida do novo Povo de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, recebe a proteção dos anjos. Nós, membros da Igreja, podemos e devemos intensificar a nossa devoção a esses celestiais guardiões da nossa fé, esperança e caridade, do nosso trabalho pela causa de Deus e do nosso caminho rumo ao Céu. Sejamos gratos aos nossos anjos da guarda e, sobretudo, agradeçamos ao Senhor por esses angélicos companheiros.


Referências bíblicas

• Gênesis 3, 24: Querubins;
• Isaías 5, 2: Serafins;
• Ezequiel 10, 3: Querubins e Tronos;
• Daniel: Miríades Angélicas, Gabriel e Miguel;
• Tobias: Rafael;
• 2 Macabeus: Exércitos Celestes, Miguel;
• 1 Tessalonicenses 4, 16: Arcanjo;
• Romanos 8, 38: Anjos, Principados, Potestades;
• 1 Coríntios 15, 24: Principados, Dominações, Potestades;
• Efésios 1,21: Principados, Potestades, Virtudes, Senhorias ou Dominações;
• Efésios 3, 10: Dominações e Potestades celestes;
• Efésios 6, 12: Principados e Potestades;
• Colossenses 1, 15: Tronos, Dominações, Principados e Potestades;
• Colossenses 2, 10: Principados e Potestades;
• Colossenses 2, 15: Principados e Potestades;
• 1 Pedro 3, 22: Anjos, Principados e Potestades;
• Judas 9: Arcanjo Miguel;
• 2 Pedro 10, 11: as Glórias;
• Hebreus 12, 22: exército incontável de Anjos;
• Apocalipse: os Sete Anjos, Miguel, os Vigilantes, etc.

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Fonte:
Adaptado do artigo do Pe. Françoá Costa, disponível em
http://www.presbiteros.com.br/site/o-misterio-dos-anjos-quem-sao-eles/
Acesso 25/11/014
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Referência bibligráfica:
• A. VACANT, “Ange”, in F. VIGOUROUX (ed.), Dictionaire biblique, I,1 A, Paris : Letouzei et Ané, 1895, pp. 576-590.
• A. V. de PRADA, O Fundador do Opus Dei (3 volumes), São Paulo: Quadrante, 2004.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, n. 325-336.
• F. F. CARVAJAL, Antología de textos para hacer oración y para la predicación, Madrid: Palabra, 1983, pp. 85-95.
• J. DANIÉLOU, O Mistério do Advento, RJ: Agir, 1958.
P. B. CELESTINO, Os anjos, São Paulo: Quadrante.
• O artigo de P. B. CELESTINO, “Os anjos e o nosso anjo” se encontra em http://www.quadrante.com.br/ sessão “artigos >> doutrina e teologia” (visitada no dia 26/09/2010). • P. M. GALOPIN, “Ángel”, in P.-M. BOGAGERT e outros (responsáveis), Diccionario Enciclopédico de la Biblica, BARCELONA: HERDER, 1993, 73-76.

Pais são presos por não aceitarem "ideologia de gênero"

O casal Eugen e Luise Martens pode perder a liberdade porque sua filha se negou a participar das aulas obrigatórias de “educação sexual”


Eugen e Luise Martens

O QUE ESTÁ ACONTECENDO com o mundo? Satanás está solto e furioso? Os sinais dos últimos tempos realmente parecem mais do que claros. Vemos igrejas, símbolos religiosos e a própria Eucaristia sendo profanados de maneiras como nunca antes. Cristãos são perseguidos, flagelados, crucificados, mortos.

O socialismo, antes abertamente condenado pela Igreja (e nas aparições reconhecidas de Nossa Senhora), e que muitos consideram um mal debelado, agora se manifesta sob a sua forma mais tenebrosa: a cultura marxista, que parece tomar conta do mundo inteiro, com sua bandeira de ódio a Cristo, à família e a toda moralidade cristã erguida cada vez mais alto. Trema diante do caso desta família, lançada na cadeia por não querer que suas crianças sejam doutrinadas pelo Estado na ideologia de gênero, que sustenta que não existem diferenças reais entre os sexos, que seriam apenas meros construtos sociais, e que os pequenos precisam "escolher" se vão querer viver como meninos ou meninas.

Enquanto o Brasil, até aqui, resistiu bravamente à implantação legal da ideologia de gênero, alguns fatos ocorridos fora do continente podem ajudar a esclarecer ainda mais de que se trata essa grande farsa, concebida para destruir a sociedade, a família e o próprio homem.

Na Alemanha (num pequeno município da Renânia, Norte-Vestfália), um casal, pai de nove filhos, está ameaçado de perder a liberdade, simplesmente porque sua filha se negou a participar das aulas de “educação sexual” previstas para a escola primária(!). A polícia alemã já encarcerou Eugen Martens, em agosto de 2013, e só não prendeu ainda sua esposa, Luise, porque ela está amamentando o filho mais novo (veja matéria na íntegra). O agente policial que visita a família, no entanto, garante: “O escritório da promotoria fará aplicar a decisão do juiz”. Ou seja, mais dia menos dia, também a mãe será presa.

É verdade que, na Alemanha, “a escola é obrigatória, e se uma criança falta às aulas, a escola tem obrigação de denunciar os pais e o tribunal pode multar essa família”. Mas, até aqui, o casal não se tem mostrado negligente em relação à educação de suas crianças: elas têm ido à escola regularmente. Qual o crime cometido por Eugen e Luise? Apenas a filha recusando-se a receber aulas de gênero.

As aulas da chamada “educação sexual” têm um conteúdo perverso, como conta Mathias Ebert, fundador da Associação Besorgte Eltern (Pais Preocupados), fundada justamente para denunciar a corrupção dos seus filhos por parte do Estado: “Não só se ensina às crianças como funciona o sexo entre homens e mulheres, mas se coloca uma ‘variedade’ de práticas sexuais: sexo oral, anal e muito mais. A partir da escola primária, dizem aos meninos que o seu 'gênero' não está determinado, e que não podem saber se serão meninos ou meninas; que devem refletir”(!).

Ebert também afirma que a prisão da família Martens não é um caso isolado na Alemanha. “Não conheço o número exato de pais presos, mas só o pequeno grupo de pais da cidade de Paderborn tem passado, no total, 210 dias presos”, explica. “É um escândalo enorme, também, porque são justamente as crianças que querem sair da aula. Na cidade de Borken, por exemplo, em uma classe, a 'lição' perturbou tanto as crianças que seis delas desmaiaram”(!).


Filme produzido pela Associação Besorgte Eltern
sobre o caso de Eugen e Luise Martens


Não é preciso atravessar o oceano para descobrir uma situação tão ou até mais trágica do que essa. No Brasil, as escolas ensinam às crianças, desde a mais tenra infância, como acontece um ato sexual – chegam a fazer encenações ou demonstrações com objetos de plástico –, como usar um método anticoncepcional, como se masturbar etc. Com a ideologia de gênero, novas perversões estão sendo preparadas: além de aprender o sexo antinatural, as crianças precisariam questionar a própria “identidade” e, como nas escolas alemãs, ser levadas a “refletir” “se são meninos ou meninas”. Os pais "retrógrados" que não concordarem com tudo isso terão o mesmo fim de Eugen e Luise Martens: a cadeia.

É com esse enfoque que a Organização Mundial da Saúde trata da educação das crianças e adolescentes. O documento Standards for Sexuality Education in Europe ('Padrões para a Educação Sexual na Europa'), – após deixar bem claro que o seu "conceito de educação sexual” não tem nada a ver com “preparação para o casamento e para a família”1, – diz que a educação dos pais em matéria de sexualidade “é inadequada para a sociedade moderna”2, – como se coubesse ao Estado a decisão sobre a “medida de todas as coisas”, incluindo a educação de nossos próprios filhos(!).

Pensará a Igreja que a educação sexual não é importante? Pelo contrário: a Igreja reconhece a importância de que “crianças e os adolescentes (...) sejam formados numa educação sexual positiva e prudente, à medida em que vão crescendo”3. O que acontece na Alemanha, porém (e de igual forma em todo o Ocidente), é um desrespeito ao princípio da subsidiariedade. “A educação sexual, direito e dever fundamental dos pais, deve atuar-se sempre sob a sua solícita guia, quer em casa quer nos centros educativos escolhidos e controlados por eles”4, conforme o Papa João Paulo II. Ou seja, a sociedade e o Estado devem colaborar, na medida do possível, com a educação dos pais, e não o contrário. – São “os pais, que transmitiram a vida aos filhos, (...) seus primeiros e principais educadores”, e este direito-dever não só é essencial, mas também insubstituível e inalienável 5.

A fundação Besorgte Eltern tem realizado inúmeras manifestações na Alemanha, exigindo respeito não só ao papel primordial dos pais na formação de seus filhos, como à própria integridade das crianças. “Que não se deturpe os sentimentos das crianças”, pede Mathias Ebert. “Está claro que, se deixaram as aulas, é por causa do clima que respiram em casa. Mas isto é errado? É errado que um menino tenha determinados valores, transmitidos por sua família, e viva com base neles? Creio que não”.


** Não deixe de assistir, abaixo, ao documentário norueguês (2010) que desmontou de uma vez a polêmica e absurda "teoria do gênero", tão querida pelo movimento revolucionário (e pelo nosso atual governo). O vídeo mostra a luta de uma ideologia fabricada contra a mais pura e evidente realidade. – As pesquisas mostram como a suposta "igualdade de gênero" é um mito que não passa por absolutamente nenhum crivo científico.

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Referências:
1. Standards for Sexuality Education in Europe, p. 12
2. Ibidem, p. 21
3. Gravissimum Educationis, 1
4. Familiaris Consortio, 37
5. Ibidem, 36
www.ofielcatolico.com.br

Um homossexual fala sobre a "homofobia" da Igreja Católica

Cardeal Raymond Burke

Por Aleteia – Em um artigo da revista “Celebrate Life” intitulado “Saindo de Sodoma”, Eric Hess, um dos maiores ativistas gays da história dos EUA (Wisconsin), fala sobre sua experiência com o Cardeal Burke, chamado por alguns de "homofóbico" após a sua participação no sínodo dos Bispos sobre a Família

EM SEU ARTIGO, Eric relata sua infância turbulenta (seu pai era dependente de álcool e violento), que o levou, “em meio à dor, a buscar o amor do meu pai nos braços de outros homens”. Após uma juventude de muita confusão afetiva (Eric situa, hoje, a causa das desordens sexuais, do direito ao aborto e dos direitos homossexuais na “mentalidade anticonceptiva predita em 1968 pelo Papa Paulo VI na ‘Humanae Vitae’”), em 1995, ele colocou em uma caixa sua Bíblia e todas as imagens religiosas que conservava da sua infância e as enviou ao bispo de “La Crosse”, Wisconsin, com uma carta na qual declarava sua renúncia à Igreja Católica.

“Para a minha surpresa, reconhece Eric hoje, o bispo Raymond Burke me respondeu com outra carta, na qual me dava a conhecer sua tristeza; disse que respeitava a minha decisão e que notificaria a paróquia na qual fui batizado. Afirmou que rezaria por mim e que desejava que chegasse o momento no qual eu me reconciliaria com a Igreja.”

No entanto, Eric (que, nessa época, era um dos ativistas gays mais atuantes de Wisconsin) lembra ter pensado: “Que arrogante!”. Depois, replicou ao bispo Burke com outra carta, acusando-o de assédio. “Meus esforços por desanimá-lo caíram por terra”, pois o bispo lhe enviou uma outra carta garantindo-lhe que não voltaria a escrever-lhe, mas que, se um dia ele quisesse se reconciliar com a Igreja, ele o receberia de braços abertos.

O tempo passou, mas “o Pai, o Filho e o Espírito Santo nunca desistiram de mim”, conta Eric, que então conversou “com um bom sacerdote”, cujas orações se uniram às do bispo.

Finalmente, “em 14 de agosto de 1998, a graça divina entrou na minha alma, em um restaurante chinês, junto ao meu companheiro de mais de 8 anos; naquela tarde, o Senhor me chamou ao tribunal da sua graça de cura: o santo sacramento da Penitência. O padre com quem eu havia conversado estava me esperando lá. Enquanto eu caminhava até ele, uma voz interior falou ao meu coração; era amável, radiante e clara dentro da minha alma. E me dizia: este sacerdote é a imagem do que você poderia chegar a ser, se voltar a mim”.

A caminho de casa, naquele dia, Eric disse ao seu companheiro: “Preciso voltar à Igreja Católica”. Mais tarde, ligou para o bispo Burke, “para que fosse o primeiro a ficar sabendo que eu estava voltando para a Igreja”. Então marcamos um encontro.

“Um mês depois da minha reconciliação com Deus e com a Igreja, entrei na sala do bispo e ele me abraçou. Perguntou-me se eu me lembrava de tudo aquilo que lhe enviei em uma caixa anos antes. É claro que eu me lembrava. Foi então que o bispo me devolveu a caixa, dizendo que ele sempre acreditou que eu voltaria.”

Vários anos se passaram, o bispo Burke participou do sínodo dos bispos sobre a família e recebeu algumas acusações de homofobia. Eric Hess confessa que o bispo de Saint Louis “é difamado pela sua fidelidade a Deus, à Igreja e às almas. Posso dizer que é um pastor de verdade, que para mim se tornou um pai espiritual, imagem do nosso Pai do céu”.

Realmente, isso é todo o contrário da imagem com que alguns querem identificar o cardeal Raymond Burke e às vezes até a Igreja em si.

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Fonte:
Alfa y Omega, em
http://www.alfayomega.es/noticias_digital/2014/10/20141031_BurkeGay.php
Acesso 15/11/014

• Com o apostolado "Fratres in Unum"
ofielcatolico.com.br

Estado quer obrigar cristãos a celebrar "casamento" gay


UM CASAL DE protestantes em Coeur d'Alene, Estado de Idaho, EUA, abriu processo judicial contra as autoridades locais, que os têm ameaçado repetidamente, – com multa e até prisão!, – para que celebrem "casamentos" entre pessoas do mesmo sexo.

Donald e Evalyn Knapp (foto), um casal sexagenário de protestantes que realiza cerimônias de casamento em sua capela, foram repetidamente advertidos de que seriam processados e arriscariam incorrer em multa de prisão caso se recusassem a celebrar "casamentos" entre pessoas do mesmo sexo. As ameaças tinham como suposto fundamento uma lei regional que proíbe a discriminação pela orientação sexual.

O casal está sendo orientado legalmente pela Alliance Defending Freedom, organização engajada na defesa da liberdade religiosa frente à crescente pressão jurídica enfrentada por cristãos devido aos seus valores e princípios religiosos, ligados à defesa da vida humana desde a concepção e à sacralidade da família. O processo foi aberto para evitar o risco de que as autoridades locais possam puni-los com multa e até seis meses de cadeia, como haviam ameaçado.

† † †


No Estado de Nova Iorque, outro casal de protestantes, responsável por uma igreja, foi condenado em decisão judicial a pagar multa por ter se recusado a celebrar um "casamento" entre duas mulheres. 

O casal, acusado de "homofobia", já provou que não odeia nem discrimina, e inclusive demonstrou ter contratado funcionários declaradamente homossexuais, e e não poderia celebrar a união exclusivamente por questões não de discriminação, mas de princípios religiosos, – o que de modo algum pode caracterizar "crime de homofobia". 

Para o Estado de Nova Iorque, entretanto, isso não é suficiente. Cynthia e Robert Gifford (foto) foram condenados a pagar multa de US$13 mil por sua recusa em realizar a celebração em sua própria fazenda(!), onde moram há 25 anos, onde trabalham e criaram seus filhos.


       Diante de tais precedentes, podemos esperar, para um futuro muito próximo, uma tremenda intensificação da perseguição gayzista. Estamos a um passo de entrar num período de trevas profundas e terríveis perseguições, já que os princípios da doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo vêm sendo sistematicamente criminalizados pelos governos ao redor do mundo, a cada dia que passa.

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Fontes:
ACI/New York Post/Alliance Defending Freedom
ofielcatolico.com.br

Atos de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus


Ato de Consagração da Família ao Sagrado Coração de Jesus
(Texto aprovado por São Pio X em 1908)

SAGRADO CORAÇÃO de Jesus, que manifestastes à Santa Margarida Maria o desejo de reinar sobre as famílias cristãs, viemos hoje proclamar vossa Realeza absoluta sobre a nossa família.

Queremos, de agora em diante, viver a vossa Vida; queremos que floresçam, em nosso meio, as virtudes às quais prometestes, já neste mundo, a paz.

Queremos banir para longe de nós o espírito mundano que amaldiçoastes.

Reinareis em nossas inteligências pela simplicidade de nossa fé; em nossos corações pelo Amor sem reservas de que estamos abrasados para convosco, e cuja Chama manteremos pela recepção frequente de vossa divina Eucaristia.

Dignai-Vos, Coração divino, presidir as nossas reuniões, abençoar as nossas empresas espirituais e temporais, afastar de nós as aflições, santificar as nossas alegrias, aliviar as nossas penas.

Se alguma vez, algum de nós tiver a infelicidade de vos ofender, lembrai-vos, ó Coração de Jesus, que sois bom e misericordioso para com o pecador arrependido.

Quando soar a hora da separação, nós todos, os que partem e os que ficam, seremos submissos aos vossos eternos Desígnios. Consolar-nos-emos com o pensamento de que há de vir um dia em que toda a família, reunida no Céu, poderá cantar para sempre a vossa Glória e os vossos benefícios.

Digne-se o Coração Imaculado de Maria, digne-se o glorioso Patriarca São José, apresentar-Vos esta consagração e no-la lembrar todos os dias de nossa vida. Viva o Coração de Jesus, nosso Rei e nosso Pai!



Ato de Consagração Pessoal ao Sacratíssimo Coração de Jesus
(de Santa Margarida Maria Alacoque)

Eu, (seu nome), vos dou e consagro, ó Sagrado Coração de Jesus Cristo, a minha vida, as minhas ações, minhas penas e sofrimentos, para não querer mais servir-me de nenhuma parte do meu ser, senão para vos honrar, amar e glorificar. É esta a minha vontade irrevogável: ser todo vosso e tudo fazer por vosso amor, renunciando de todo o meu coração a tudo quanto vos possa desagradar!

Tomo-vos, pois, ó Sagrado Coração, por único Bem do meu amor, Protetor da minha vida, Segurança da minha salvação, Remédio da minha fragilidade e da minha inconstância, Reparador de todas as imperfeições da minha vida e meu Amparo seguro na hora da morte.

Sê, ó Coração de Bondade, a minha Justificação diante de Deus, Vosso Pai, para que desvie de mim a Sua justa Cólera.

Ó Coração de Amor, deposito em Vós toda a minha confiança, pois tudo temo de minha malícia e de minha fraqueza, mas tudo espero de Vossa Bondade. Extingui em mim tudo o que possa vos desagradar ou que se oponha à vossa Vontade.

Seja o vosso puro Amor tão profundamente impresso em meu coração, que jamais possa eu vos esquecer nem me separar de Vós. Suplico-vos que o meu nome seja escrito no vosso Coração, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e toda a minha glória em viver e morrer como vosso servo. Amém.



Fórmula de Consagração de toda a Humanidade ao Coração Sacratíssimo de Jesus
(Carta Encíclica 'Annum Sacrum', de Leão XIII)

Ó Dulcíssimo Jesus, ó Redentor do gênero humano, lançai um olhar sobre nós, humildemente prostrados diante do vosso Altar! Somos vossos e vossos queremos ser; e para podermos viver mais estreitamente unidos a Vós, eis que cada um de nós se consagra ao vosso Sacratíssimo Coração. Muitos, porém, já não vos conhecem; muitos, ao desprezar os vossos Mandamentos, repudiam-Vos. O Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros; e atraí todos ao vosso Coração Santíssimo.

Oh Senhor, sê o Rei não só dos fiéis que não se distanciaram de Vós, mas também destes filhos pródigos que Vos abandonaram; fazei com que estes retornem à Casa Paterna o quanto antes para não morrerem de miséria e fome. Sê o Rei de todos os que vivem no engano do erro ou que por discordarem de Vós se separaram; chamai-os ao Porto da Verdade e da Unidade da Fé para que assim, em breve, não haja mais que um só rebanho sob um só Pastor.

Sê finalmente o Rei de todos os que estão envoltos nas superstições do paganismo e não recuseis tirá-los das trevas para traze-los à Luz do Reino de Deus.

Obtende, ó Senhor, a integridade e liberdade segura para a vossa Igreja; dai a todo o povo a tranquilidade da ordem; fazei com que de uma extremidade à outra da Terra ressoe esta única voz: “Seja louvado este Coração do qual provém a nossa salvação! A Ele a Glória e a Honra pelos séculos! Amém!”1






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Acadêmicos reagem à doutrinação socialista no ENEM


RIO DE JANEIRO – Um conjunto de questões da prova de Ciências Humanas do último exame nacional de ensino médio (ENEM-2014) abriu um debate entre acadêmicos sobre o direcionamento ideológico e a doutrinação dos estudantes por meio do teste. O sociólogo Demétrio Magnoli (foto), que propôs a discussão, disse que algumas respostas tidas como "corretas" estão carregadas de ideologia antiamericana, de ódio à Imprensa e de ideias das políticas racialistas, todos pontos característicos dos governos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula.

Pelo menos seis questões trariam esses vieses, segundo Magnoli e outros especialistas que se manifestaram publicamente. Como de costume (e como já se pôde observar fartamente na campanha eleitoral petista deste ano), os partidários do governo tentaram defender o tom da prova citando supostos trechos com matiz similar nas primeiras edições do exame, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que é disparado o "saco de pancadas" favorito dos esquerdistas tupiniquins... O fato óbvio é que, ainda que alguma coisa semelhante tenha acontecido no passado (embora esta seja uma afirmação no mínimo controversa), um erro não justifica o outro.

Bem mais plantado sobre a realidade objetiva dos fatos, Magnoli cita a questão em que um texto do filósofo Marcos Nobre versa sobre "política e conservadorismo brasileiros". Pelo gabarito divulgado pelo Ministério da Educação, a resposta "certa" é: “A característica do sistema político brasileiro (...) obtém sua legitimidade da sustentação ideológica das desigualdades sociais”.

"O que há de fundo nessa questão é que é preciso remodelar a sociedade, o que seria feito pelo poder público, a partir de um combate das ideologias difundidas pelos meios de comunicação", – defende Magnoli. – "O que está por trás é que existe uma clara conspiração para difundir uma certa visão de mundo. O que está aí é o núcleo de controle da mídia. Todas as edições do ENEM vão nessa linha".

Num artigo publicado na última segunda-feira no noticiário "O Globo", o sociólogo criticou questões referentes à "Comissão Nacional da 'Verdade' (sic)" e ao "Golpe de 1964", que transmitiram a ideia de que “a imprensa é má e o governo é bom”. Em relação às políticas racialistas, Magnoli fez ressalvas sobre os enunciados referentes à Frente Negra Brasileira e a um parecer do Conselho Nacional de Educação que instituiu o Ensino de "História e Cultura Afro-Brasileira e Africana" nas escolas.

Professora de História do tradicional Colégio Sacré-Coeur, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, Alice da Costa concorda com o sociólogo e criticou o que chamou de “caráter catequizante” das questões de Ciências Humanas:

"A prova apresentou questões de cunho ideológico, como um gesto de catequese ideológica, pelo qual os candidatos seriam forçados a se curvar à doutrina política do governo, repetindo exaustivamente a sua ideologia, sob pena de ficar excluído do ensino superior", – afirma. – "Essas questões que abordam políticas sociais adestram o candidato. De alguma forma, pretendem rebater e criticar os governos neoliberais do passado."


"Não é de hoje", diz pesquisador


Doutor em Ciência Política e pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (RJ), Simon Schwartzman (foto) elogia a análise de Magnoli e ressalta que a crítica se estende a edições anteriores do ENEM: "O texto do Demétrio é excelente, mas não surpreendente, por que não é de hoje que o ENEM inclui questões que supostamente avaliariam o pensamento crítico, mas, na realidade, só avaliam o 'politicamente correto' na visão de seus autores."

No Enem 2012, a polêmica girou em torno da prova de Linguagens. Como noticiado à época, pelo menos oito questões mostravam preocupação excessiva em defender o uso oral e coloquial da língua em detrimento da norma culta. No mesmo ano, candidatos receberam a nota máxima em redação apresentando textos com erros grosseiros como “trousse”, “enchergar” e “rasoavel”(!), além de desvios graves de concordância. Após a revelação na mídia e a indignação da sociedade, o MEC tornou os critérios de correção um pouco mais rigorosos. Na edição do fim de semana, havia duas questões sobre variação linguística. O professor Claudio Cezar Henriques, titular do Instituto de Letras da UERJ, critica esse tipo de abordagem:

"A equipe que elabora a prova de Linguagens é de sociolinguística(!), trabalha com variação linguística, não é de Português(!). A prova tem que usar textos e questões que envolvam a esfera acadêmica e a linguagem padrão contemporânea. Mas, às vezes, o texto traz no conteúdo uma ideologia dos interesses dos partidos políticos que comandam a banca do ENEM."

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Fonte:
http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/academicos-atacam-doutrinacao-do-enem-14546063#ixzz3Ix9YbPZb
Acesso 13/11/014
ofielcatolico.com.br

A Igreja cresce na China


IGREJAS NA CHINA estão transbordando à medida que se multiplica o número de cristãos no país. No passado, a repressão comunista levou muitos a se converterem em segredo, – conversões que continuam a frutificar.

É impossível dizer ao certo quantos cristãos existem hoje na China, mas ninguém nega que o número cresce, e rapidamente. O governo, contrariado, diz que são cerca de 25 milhões no total, entre católicos e protestantes, mas as estimativas independentes mais conservadoras apontam para algo em torno dos 60 milhões. – Os novos cristãos podem ser encontrados em vilarejos no interior e também nas grandes cidades, onde vivem os jovens de classe média.

A estrutura do cristianismo chinês é complexa: durante todo o século XX, foi associado ao "imperialismo ocidental". Após a vitória dos comunistas, em 1948, os missionários cristãos foram expulsos do país, mas a fé cristã continuou sendo permitida nas igrejas aprovadas pelo Estado, – desde que essas igrejas se mantivessem fiéis, primeiramente, ao Partido Comunista... – Para o líder Mao Tsé Tung, as religiões eram um "veneno". Sob seu comando, a Revolução Cultural (décadas de 1960 e 1970) tentou erradicar a Igreja.

Porém, forçados a praticar sua religião em segredo, os cristãos chineses não apenas sobreviveram. Agora, com seus próprios mártires, os fiéis se multiplicaram em número e também em fervor.

Desde a década de 1980, quando a fé religiosa voltou a ser permitida no país, as igrejas oficiais vêm conquistando cada vez mais espaço próprio, mas ainda estão subordinadas à "Administração do Estado para Assuntos Religiosos". Estão proibidas de tomar parte em qualquer atividade religiosa fora dos locais designados ao culto e têm de aderir ao slogan "Ame o país – ame sua religião". Em troca, o Partido promove o ateísmo nas escolas, mas se compromete a "Proteger e respeitar a religião, até o momento em que ela, por si só, desapareça".

Tanto protestantes quanto católicos estão divididos, na China, entre igrejas oficiais e não oficiais. A Associação Patriótica Católica, aprovada oficialmente, nomeia seus próprios bispos e não tem permissão de manter qualquer contato com o Vaticano, embora os católicos estejam autorizados a reconhecer a autoridade espiritual do Papa. Mas existe no país a Igreja Católica extraoficial, maior, que conta com o apoio do Vaticano. Pouco a pouco, Vaticano e governo da China tentam chegar a um acordo. Bispos ordenados são hoje reconhecidos por ambas as partes.

A fé católica dos chineses é sólida. Na manhã do último Domingo de Páscoa, no centro de Pequim, uma igreja celebrou quatro Missas. Todas estavam lotadas, com mais de 1500 fiéis.Nas montanhas a oeste de Pequim, na cidadezinha de Ho Sanju, uma igreja católica erguida no século 14 recebe fiéis até hoje. A fé robusta dos que frequentam a igreja, muitos deles já idosos, resistiu à invasão japonesa e à Revolução Cultural. O hospital do vilarejo é administrado por freiras, uma delas vinda da Mongólia, onde há uma grande concentração de católicos. É em cidadezinhas como essa que a Igreja Católica recruta jovens que receberão treinamento para a vida religiosa.


Igrejas domésticas

As maiores concentrações de fiéis, no entanto, encontram-se nas chamadas "igrejas domésticas". clandestinas, essas igrejas vêm se espalhando pelo país. Destas, as autoridades consideram inaceitável a recusa em aceitar qualquer forma de autoridade oficial sobre elas. Falando à BBC, uma jovem cristã descreveu o fenômeno: "(Na China) todos trabalham muito, não têm tempo para atividades sociais. Mas na igreja as pessoas sentem um calor, se sentem bem-vindas. Elas sentem que as pessoas as amam de verdade, então querem fazer parte da comunidade, muitos vêm por isso".

Tim Gardan, diretor do St Anne's College, em Oxford, ao lado das irmãs católicas de Sangyu

Aos poucos, o Estado vem procurando incorporar o cristianismo em sua "grande ideia" de uma "sociedade harmoniosa", slogan que domina a vida pública chinesa. Mas se há uma questão que com certeza preocupa as autoridades é a razão pela qual tantos vêm se voltando para a religião. Hoje, fala-se muito a respeito de uma "crise espiritual" na China. A frase foi usada até pelo premiê Wen Jiao Bao.

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Fonte:
BBC Brasil, em
http://bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/09/110912_china_r0eligiao_mv.shtml?print=1
Acesso 7/11/014
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São Carlos Borromeu: Cardeal, reformador e santo


CARLOS BORROMEU nasceu no castelo de sua família, em Arona, próximo a Milão, em 2 de outubro de 1538, filho do Conde Gilberto Borromeu e de Margarida de Médicis, de casa nobre e influente na sociedade da época. Carlos era o segundo filho. Ainda criança, revelou grandes talentos e rara inteligência; construía réplicas minúsculas de altares, diante dos quais, em presença dos irmãos e amiguinhos, imitava as funções sacerdotais que observava na igreja.

Era acentuada a sua vocação religiosa: era penitente, piedoso, caridoso; o amor à oração e o desinteresse nas diversões e prazeres do mundo eram sinais claros. Aos 12 anos, a família o entregou para servir a Deus. – Aos 21, diplomou-se em Direito Canônico. Logo depois, fundou uma Academia para estudos religiosos, com aprovação de Roma. Aos 24 já era sacerdote e Bispo de Milão. Em sua breve trajetória, deixou-se guiar exclusivamente pela fé, atuando tanto na burocracia interna da Igreja quanto na evangelização, sem distinção entre uma coisa e outra. Muitos o consideram o primeiro Secretário de Estado, no sentido moderno. No silêncio de suas meditações, Carlos acalentava planos grandiosos para a reorganização da Igreja, que se concentraram na ideia de concluir o Concílio de Trento. Chamava insistentemente a atenção de seu tio, – à época Cardeal e que depois foi eleito o Papa Pio IV, – para tal necessidade. De fato, o Concílio se realizou, e Carlos quis ser o primeiro a executar as ordens das novas lei, ainda que para isso tivesse que deixar sua posição e ocupar outra inferior.

Carlos Borromeu sabia muito bem que a caridade abre os corações à verdadeira religião. Por isso, revertia a maior parte de sua receita aos pobres, reservando para si apenas o indispensável. Heranças e rendimentos dos bens de família, distribuia entre os carentes. Não tendo mais o que dar, pedia ele mesmo esmolas para os pobres e abria, assim, fontes de auxílio. Orientou muitas Ordens religiosas, e algumas que surgiram depois de sua morte o escolheram para padroeiro, dando continuidade à grandiosa obra de amparo que deixou.

Em 1576, veio a peste. Milão foi duramente assolada. Mais de cem padres pagaram com a vida pelas lágrimas que enxugavam, de casa em casa. Um dos mais ativos era Carlos Borromeu. Visitava os contaminados, levando-lhes o Sacramento e consolação, sem limites nem precauções, num trabalho incansável que lhe consumiu as energias. Chegou a flagelar-se em procissões públicas, pedindo perdão a Deus em nome de todo o povo.

Um dia, afinal, foi apanhado pela febre, que lentamente minou seu organismo. Morreu em 4 de novembro de 1584, dizendo-se feliz por ter seguido a Cristo e poder encontrar-se com Ele de coração puro. Tinha 46 anos de idade. Paulo V canonizou-o em 1610 e designou a festa em sua memória para o dia de sua morte.
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