“A soberba precede à ruína, e o orgulho, à queda.” (Pv 16, 18)
“Quando vem o orgulho, chega a desgraça; mas a sabedoria está com os humildes.” (Pv 11, 2)
“Deus resiste aos soberbos, mas concede graça aos humildes.” (Tg 4, 6)
O orgulho é um pecado capital universal dos seres humanos – por ser natural para todos nós, que somos herdeiros do Pecado original –, e que cresce em nossos corações como a erva daninha que insiste em crescer em um jardim, por mais bem cuidado que seja.
Na imaginação popular, os gatos têm 7 (ou 9) vidas. Mas o pecado do orgulho tem milhões de vidas! Parece impossível matá-lo, exterminá-lo, acabar de uma vez com ele. Mesmo quando tentamos muito vencê-lo, sermos humildes e cultivar a modéstia em nossas vidas, ele volta a brotar, às vezes até mesmo daquilo que deveria destruí-lo. A grande contradição é esta: muitos sentem orgulho ou se ensoberbecem pela própria simplicidade! Gloriam-se por não ter vaidade ou por viver de um jeito simples, mas acusam àqueles que possuem valores diferentes dos seus de serem orgulhosos. Vestir-se bem, ter um bom automóvel, ou dedicar certa atenção à decoração da casa, por exemplo, não são necessariamente sinais de orgulho, como pensam alguns católicos de consciência excessivamente escrupulosa.
O orgulho é um pecado inconsciente. Assim é que, muitas vezes, os mais orgulhosos são aqueles que pensam que não têm orgulho nenhum. gloriar-se da própria humildade é tomar um banho de orgulho... Eis pecado que é tão perigoso porque chega sem ser notado.
Insistentemente, Nosso Senhor nos adverte nos Evangelhos para que não julguemos ninguém. Ainda que esta advertência divina tenha sido barbaramente deturpada por pessoas de má vontade e usada como desculpa para todo tipo de licenciosidade, a observância ao verdadeiro sentido do "não julgar" se traduz em um sinal inequívoco da verdadeira humildade. Os simples não procuram controlar o outro e nem prestam atenção demasiada a detalhes da vida alheia que não dizem respeito às suas próprias vidas.
Segundo a Teologia clássica e os Padres da Igreja, o orgulho (soberba) foi o primeiro pecado dos seres humanos. Teve sua origem na antiga Serpente, representação do mal e da mentira, que o transmitiu à Eva, mãe da raça humana pecadora.
Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.(...) Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. (...) Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. (Mt 5, 5.11.18)
Lembre-se, porém: a prática da humildade, que vence o pecado capital do orgulho, se dá de si para si mesmo, na meditação e consequente reconhecimento da sua própria insignificância e das suas próprias incapacidades e imperfeições. Não é você que deve julgar o orgulho ou a humildade do seu próximo, e sim somente Deus. Conscientizar-se disso já é um começo.
Orgulho normalmente é como mau hálito... dificilmente quem tem percebe e é muito facilmente identificado pelos outros...
ResponderExcluirGraça e Paz
Andre Luis
O orgulho é um pecado triste, é como diz a palavra de Deus, ele apodrece o homem por dentro, por isso peçamos a Jesus, que nos ajude a sermos simples e humildes
ResponderExcluirParabéns pelo texto. Adorei principalmente por você deixar bem claro ao decorrer do texto que o pecado do orgulho é pertencente a todo o gênero humano, mas que, há como lutar para vencer o mesmo através do cultivo da humildade.
ResponderExcluirParabéns pelo texto! mas tenho para mim que humildade é como a fé. Ninguém decide sozinho que será humilde , e pronto. Só Deus pode tornar um coração humilde. Naturalmente, Ele só o faz a quem pede.
ResponderExcluirEntendo o que está dizendo e concordo em parte, Geraldo. Mas posso dizer – por experiência própria inclusive –, que a humildade também se aprende e se cultiva, quando se quer. Em alguns casos, levar uma boa surra da vida pode ensinar o soberbo a "baixar o topete". Mas é claro que também existem aqueles casos dos eternos incorrigíveis.
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