SANTO ATANÁSIO nasceu entre os anos 295 e 296, no seio de uma família humilde de Alexandria. Deus lhe concedeu muitas virtudes, entre elas, uma fé profunda e uma grande capacidade intelectual, demonstrada abundantemente em seus estudos. Aos 25 anos de idade foi ordenado diácono pelo Patriarca Alexandros, de Alexandria. Participou do Primeiro Concilio Ecumênico, em Niceia, que tratou da heresia de Ário.
Na reforma de Pio X, foi conservado o nome, por respeito à antiguidade do nome e em abono do “pai e regra da fé ortodoxa”, como os SS. Padres se referiam a Santo Atanásio. (Piacenza, Regulaa, p. 134.) Tal é o seu valor e a importância do seu ministério que, por antonomásia, "atanasiano" significa o mesmo que "católico". Na liturgia da Igreja Católica, é recitado no ofício dominical de Prima. O Símbolo Atanasiano é uma Profissão de Fé, junto ao Símbolo (ou Credo) dos Apóstolos e ao Símbolo (ou Credo) Niceno-Constantinopolitano.
“Quicumque vult salvus esse, ante omnia opus est, ut teneat catholicam fidem: Quam nisi quisque integram inviolatamque servaverit, absque dubio in aeternum peribit. Fides autem catholica haec est: ut unum Deum in Trinitate, et Trinitatem in unitate veneremur. Neque confundentes personas, neque substantiam seperantes. Alia est enim persona Patris alia Filii, alia Spiritus Sancti: Sed Patris, et Fili, et Spiritus Sancti una est divinitas, aequalis gloria, coeterna maiestas. Qualis Pater, talis Filius, talis [et] Spiritus Sanctus. Increatus Pater, increatus Filius, increatus [et] Spiritus Sanctus. Immensus Pater, immensus Filius, immensus [et] Spiritus Sanctus. Aeternus Pater, aeternus Filius, aeternus [et] Spiritus Sanctus. Et tamen non tres aeterni, sed unus aeternus. Sicut non tres increati, nec tres immensi, sed unus increatus, et unus immensus. Similiter omnipotens Pater, omnipotens Filius, omnipotens [et] Spiritus Sanctus. Et tamen non tres omnipotentes, sed unus omnipotens. Ita Deus Pater, Deus Filius, Deus [et] Spiritus Sanctus. Et tamen non tres dii, sed unus est Deus. Ita Dominus Pater, Dominus Filius, Dominus [et] Spiritus Sanctus. Et tamen non tres Domini, sed unus [est] Dominus. Quia, sicut singillatim unamquamque personam Deum ac Dominum confiteri christiana veritate compelimur: Ita tres Deos aut [tres] Dominos dicere catholica religione prohibemur. Pater a nullo est factus: nec creatus, nec genitus. Filius a Patre solo est: non factus, nec creatus, sed genitus. Spiritus Sanctus a Patre et Filio: non factus, nec creatus, nec genitus, sed procedens. Unus ergo Pater, non tres Patres: unus Filius, non tres Filii: unus Spiritus Sanctus, non tres Spiritus Sancti. Et in hac Trinitate nihil prius aut posterius, nihil maius aut minus: Sed totae tres personae coaeternae sibi sunt et coaequales. Ita, ut per omnia, sicut iam supra dictum est, et unitas in Trinitate, et Trinitas in unitate veneranda sit. Qui vult ergo salvus esse, ita de Trinitate sentiat.
Sed necessarium est ad aeternam salutem, ut incarnationem quoque Domini nostri Iesu Christi fideliter credat. Est ergo fides recta ut credamus et confiteamur, quia Dominus noster Iesus Christus, Dei Filius, Deus [pariter] et homo est. Deus [est] ex substantia Patris ante saecula genitus: et homo est ex substantia matris in saeculo natus. Perfectus Deus, perfectus homo: ex anima rationali et humana carne subsistens. Aequalis Patri secundum divinitatem: minor Patre secundum humanitatem. Qui licet Deus sit et homo, non duo tamen, sed unus est Christus. Unus autem non conversione divinitatis in carnem, sed assumptione humanitatis in Deum. Unus omnino, non confusione substantiae, sed unitate personae. Nam sicut anima rationalis et caro unus est homo: ita Deus et homo unus est Christus. Qui passus est pro salute nostra: descendit ad inferos: tertia die resurrexit a mortuis. Ascendit ad [in] caelos, sedet ad dexteram [Dei] Patris [omnipotentis]. Inde venturus [est] judicare vivos et mortuos. Ad cujus adventum omnes homines resurgere habent cum corporibus suis; Et reddituri sunt de factis propriis rationem. Et qui bona egerunt, ibunt in vitam aeternam: qui vero mala, in ignem aeternum. Haec est fides catholica, quam nisi quisque fideliter firmiterque crediderit, salvus esse non poterit."
“Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica. Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade. A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas, e três Pessoas em um só Deus. Sem confundir as Pessoas nem separar a Substância. Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo. Mas uma só é a Divindade do Pai e do Filho e do Espírito Santo; igual a Glória e co-eterna a Majestade. Tal qual é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado. O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. E, contudo, não são três eternos, mas um só Eterno. Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso. Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente. E, contudo, não são três onipotentes, mas um só onipotente. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. E, contudo, não são três deuses, mas um só Deus. Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor. E, contudo, não são três senhores, mas um só Senhor. Porque, assim como a Verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor, do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores. O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado. O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado. O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho. Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos. E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, mas as três Pessoas são co-eternas e iguais entre si. De sorte que, como se disse acima, em tudo se deve adorar a unidade na Trindade, e a Trindade na unidade. Quem, pois, quiser salvar-se deve pensar assim a respeito da Trindade.
Mas, para alcançar a salvação, é necessário ainda crer firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo. A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem. É Deus, gerado na Substância do Pai desde toda a eternidade; é homem porque nasceu, no tempo, da substância de sua Mãe. Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana. Igual ao Pai, segundo a Divindade; menor que o Pai, segundo a humanidade. E, embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo. É um, não porque a Divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade. Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa. Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem, assim também a Divindade e a humanidade formam um só Cristo. Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos. Subiu aos Céus e está assentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. E, quando vier, todos os homens ressuscitarão com seus corpos, para prestar conta dos seus atos. E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna; e os maus, para o fogo eterno. Esta é a fé católica, e quem não a professar fiel e firmemente não se poderá salvar."
MOLLOY, Michael E. Champion of Truth: The Life of Saint Athanasius, Indiana: Paulus, 2003.
Com PaleIdeas - Tradição Resistente
Caríssimos, belo e fiel credo. Confesso que nunca o tinha lido. Podemos perceber que desde o inicio ao seu final existe uma preocupação com a “Salvação das Almas”, que é a Lei Suprema da nossa Santa Igreja Católica (Salus animarum suprema Lex), desde o primitivo cristianismo.
ResponderExcluirNo encontro com os bispos do Brasil, realizado no dia 12 de maio de 2007, na catedral da Sé em São Paulo (SP), por ocasião da 5ª Conferência do Episcopado Latino-americano e Caribenho realizada em Aparecida (SP), o Papa Bento XVI falou sobre a missão confiada aos pastores. Disse ele: “Nós, Bispos, estamos vinculados diretamente a Cristo, Bom Pastor. A missão que nos é confiada, como Mestres da fé, consiste em recordar, como o mesmo Apóstolo das Gentes escrevia, que o nosso Salvador ‘quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade’ (1Tm 2, 4-6). A finalidade da Igreja é a salvação das almas, uma a uma”.
Repito: “A FINALIDADE DA IGREJA É A SALVAÇÃO DAS ALMAS, UMA A UMA” (Papa Bento XVI)
Quanto à Reforma "Política", deixai com os políticos o que é de políticos, e que os pastores e homens de Deus cuidem primeiro do que é de Deus: “Salus animarum” . É o que todos os fies leigos católicos esperam dos seus pastores: Levá-los à Salvação das suas Almas.
Alguém já disse e eu repito: “A presença da Igreja no mundo foi a forma querida por Deus para conter o avanço do inferno na Terra”
Seja Louvado Nosso Senhor Jesus Cristo!