“CONFORTARE ESTO VIR” significa: “Sê corajoso, porta-te como homem (1Rs 2,2).”
Bertrand Russell |
Faz-se necessário salientar que a Escola de Frankfurt foi um mecanismo criado por marxistas para a realização de pesquisas na área da psicologia, com vistas a melhor aplicar o marxismo na cultura e, então, facilitar a destruição dessa mesma cultura desde o seu núcleo, sem que os cidadãos se apercebessem do processo.
A masculinidade é um dos principais alvos desses ataques de subversão, porque justamente o homem é que foi constituído para o combate e para doar sua vida pelos outros. Longe dessa realidade, o homem se torna um ser egoísta e autoritário que visa somente o seu bem estar e a busca por prazer, esquecendo-se da justiça e da sua vocação magna ao sacrifício. Dessa forma, com uma masculinidade frouxa e pusilânime, os tiranos conseguem solapar os direitos da civilização, abusando de mulheres e crianças e colocando-se no lugar de Deus.
Todavia a crise de identidade do homem hodierno não se deve somente ao fato de este, na maioria das vezes, buscar somente o seu prazer; o problema é muito mais abrangente. O próprio egoísmo tem sua causa em problemas muito maiores. No presente texto será abordado especialmente o problema da busca pela Verdade.
Fomos criados por Deus, como afirma o Catecismo da Igreja Católica, no seu item 27:
O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso.
No Evangelho segundo São João, capítulo 14, versículo 6, Cristo afirma o seguinte: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”; ora, se o homem foi criado por Deus e Deus é a própria Verdade, então o homem, além de ser atraído para a Verdade, também tem o dever de configurar-se à Verdade.
Infelizmente, porém, o compromisso com a Verdade vem cada vez mais sendo substituído por um compromisso consigo mesmo, com a própria vontade, com os próprios desejos e pensamentos, e daí provém o egoísmo.
Como imitadores de Cristo, somos convidados por Nosso Senhor a mudar essa realidade decaída, e, a partir de seu santo Exemplo nos tornarmos verdadeiros homens de Deus – homens católicos!
Observando a vida de Nosso Senhor Jesus, concluímos que Ele se doou inteiramente à vontade do Pai e amou o próximo. Cristo Amou tanto o gênero humano que "esqueceu" de Si mesmo, e foi obediente até a morte, e morte de Cruz. Eis o exemplo magno que deve ser seguido por todo homem católico. O homem foi criado para, à exemplo de Cristo e por amor à Deus, doar inteiramente sua vida no serviço a Deus e consequentemente no serviço ao próximo, pois, como São João diz em sua primeira carta, “se alguém disser: 'Amo a Deus', mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê” (4, 20).
Para ser homem católico, é necessário amar a Deus, amar a Verdade e configurar-se em tudo ao Cristo. Isso pode ser feito na doação diária de si mesmo para o bem dos mais fracos, para o bem da sociedade e para o bem da Santa Madre Igreja. Enamorados pela Verdade, os homens são capazes de saírem de si mesmos e avançarem em busca do outro, rejeitando toda espécie de abuso, toda espécie de egoísmo, utilitarismo e vaidade.
• A defesa da Igreja, compromisso especial, análogo ao voto de cruzada a defender a Igreja, a sua Fé, a sua Hierarquia, as suas instituições, os seus direitos, mesmo com perigo da sua vida; e a responder a todo o apelo do Soberano Pontífice para cumprir toda a missão, mesmo custosa ou perigosa, que Sua Santidade se digne confiar aos seus cavaleiros.
Em face do próximo e da sociedade em geral, o cavaleiro compromete-se a fazer reinar a justiça, o que é propriamente o seu papel:
• A intervir sempre e em todo o lado, com uma justa prudência, quando se trata de defender a verdade em geral e a Fé em particular, segundo o preceito do Apóstolo que recomenda insistir a tempo e a contratempo, expressão que é divisa da Ordem: e a fim de obedecer a esta outra advertência da Sagrada Escritura: Até a morte, combate pela verdade, e o Senhor Deus combaterá por ti.
• A não deixar oprimir ninguém, mas a defender em todo o lado e sempre, na medida dos seus meios, o fraco, a viúva e o órfão contra os seus opressores, mesmo e sobretudo se estes últimos forem poderosos.
• A não deixar caluniar ninguém.
• A Não deixar ninguém blasfemar.
• A ensinar ao mundo, principalmente pelo exemplo duma vida sem medo e sem mancha, a verdadeira natureza da honra que é a prática da fidelidade na humanidade.
• Manter a palavra dada livremente.
• A agir de tal modo que em todas as coisas Deus seja glorificado
• Para com o seu dever de estado profissional, os cavaleiros devem medir exatamente a extensão das exigências da sua vocação. Mostrem-se pois cristãos perfeitos, desejosos de imitar Cristo na sua vida laboriosa de Nazaré, a fim de oferecer a Deus o seu trabalho e o dos outros em sacrifício de louvor. Como Cristo, amarão o trabalho bem feito que procede do amor.
Ser homem é estar disposto a derramar o próprio sangue pela Santa Igreja e para que outros vivam, pois "se o grão de trigo caído na terra não morrer, ficará só; se morrer, produz muito fruto (Jo 12,24).
Acesso: 10/2/016
http://miliciadesantamaria.com.br/wp-content/uploads/2014/02/regraMilitiaSanctaeMariae_pt.pdf
Excelente texto! Inspirador nesses dias em que, quando o homem se mostra homem de verdade (coisa que deveria ser trivial) parece aos olhos de muitos como um extraterrestre...
ResponderExcluirDeus tenha misericórdia de todos nós.
Cristiano
Texto muito bom, o problema é que a decadência da masculinidade é ajudada quando não nos esforçamos para entender a causa além da superficialidade. Bertrand Russell foi um importante pensador, que além de grande contribuição na matemática, encarnou as virtudes cristãs da busca da verdade a qualquer preço - inclusive aquela frase dele foi um aviso dos perigos da propaganda, nao um convite a praticar as artes de goebbelianas.
ResponderExcluirA decadência da masculinidade começa quando denegrimos homens íntegros, e se completa quando exaltamos homens vis, ou passamos pano no silêncio.
A título meramente ilustrativo; Bertrand Russel não cria em Deus, o que não invalida a possibilidade de citá-lo no artigo de qualquer modo.
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