É interessante notar que a maioria daqueles que de modo superficial simpatizam com a rica tradição ortodoxa oriental acabam por entender que ela perde, por assim dizer, o "encanto" quando conhecida a fundo e vista bem de perto. Apesar do grande respeito que temos por estes nossos queridos irmãos cismáticos, não temos como negar que boa parte dos argumentos que eles utilizam para justificar os desacordos entre eles e nós, como veremos, são flagrantemente desprovidos de qualquer fundamento.
Os ortodoxos não aceitam: 1) o primado e 2) a infalibilidade do Papa; 3) a Processão do Espírito Santo a partir do Filho; 4) o Purgatório póstumo; 5) os dogmas da Imaculada Conceição e 6) da Assunção de Maria Santíssima (apenas enquanto dogmas); 7) o Batismo por infusão e não por imersão; 8) a falta da Epiclese na Liturgia Eucarística; 9) o pão ázimo (sem fermento) na Celebração Eucarística; 10) a Comunhão Eucarística sob a espécie do pão apenas; 11) o Sacramento da Unção dos Enfermos como é ministrado no Ocidente; 12) a indissolubilidade do Matrimônio; 13) o celibato do clero.
Seja observado, logo de início, que em geral os orientais têm por ideal a volta da Igreja ao que ela era até o sétimo Concílio Geral (Nicéia II em 787), pois aceitam plenamente os Concílios de Nicéia I (325), Constantinopla I (381), Éfeso (431), Calcedônia (451), Constantinopla II (553), Constantinopla III (681), Nicéia II (787). O Concílio de Constantinopla IV, que excomungou o Patriarca Fócio em 869/870, evidentemente é rejeitado pelos orientais.
Como se pode ver, nem todos esses pontos diferenciais são da mesma importância. O que mais concorre para a manutenção do Cisma é o da fidelidade ao Papa como Pastor Supremo, assistido pelo Espírito Santo em matéria de fé e de Moral. A seguir, comentamos e procuramos esclarecer cada um destes pontos:
Alega a Teologia ortodoxa que a jurisdição universal e suprema do Papa implicaria que os outros bispos são subordinados a ele como nada além de seus representantes, o que eles consideram um desvio ou um erro. A esta concepção equivocada, porém, respondeu o Concílio do Vaticano II:
“Aos Bispos é confiado plenamente o ofício pastoral ou o cuidado habitual e cotidiano das almas. E, porque gozam de um poder que lhes é próprio e com toda razão são antístites dos povos que eles governam, não devem ser considerados (meros) vigários (representantes) do Romano Pontífice.”
(Constituição Lumen Gentium 27)
Em 1870, fazendo eco à fé antiquíssima dos cristãos, o Concílio do Vaticano I declarou o Papa infalível quando fala em termos definitivos para a Igreja inteira e em matéria de fé de moral (entenda). – Já segundo a Teologia ortodoxa oriental, esta definição extinguiria a autoridade dos Concílios.
Esta é possivelmente a mais conhecida discordância entre católicos e ortodoxos e que, mais uma vez, não tem nenhuma razão de ser a não ser a pura incompreensão e a inflexibilidade para o diálogo aberto e fraterno, como era a característica de um determinado período histórico. A concepção da Igreja Católica decorre do fato de que em Deus não há distinções, a não ser onde haja oposição relativa, como no caso do Filho que possui Natureza humana, sedo que o mesmo não se pode afirmar do Pai e do Espírito Santo. Entretanto, não podemos jamais nos esquecer de que não somos politeístas: cremos e adoramos apenas um Deus, que se manifesta a nós em Três Pessoas diferentes, mas não separadas2.
Se, portanto, entre o Filho e o Espírito Santo não há a separação de Espirante e Espirado, um não se distingue do outro ou, em outras palavras, o Filho e o Espírito Santo são um só em Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo, no Evangelho segundo S. João (15, 26) afirma textualmente que o Espírito procede do Pai; claramente, porém, não tenciona propor aí uma Teologia sistemática e exclusiva, mas põe em relevo um aspecto da verdade, – assim como em tantas e tantas outras ocasiões, – sujeito a ser completado pela reflexão.
Este é um caso curioso e que (infelizmente precisamos dizer) evidentemente depõe contra a boa vontade dos teólogos orientais. Ocorre que os ortodoxos do Oriente aceitaram a existência do Purgatório sem nenhuma dificuldade até o século XIII. Foi somente no ano 1231 ou 1232 que o metropolita Georges Bardanes, de Corfu, pôs-se a impugnar a doutrina bíblica e apostólica do fogo do Purgatório (entenda), apenas porque não haveria, literalmente, fogo no Purgatório(!).
Os teólogos orientais subsequentes lamentavelmente vieram a apoiar a contestação de G. Bardanes, mas nem por isso ousaram negaram a realidade (como dissemos antes, plenamente bíblica e plenamente fundamentada na Tradição apostólica) da necessidade de um estado de purificação intermediário entre a vida terrestre e a bem-aventurança celeste para as almas daqueles que morrem com resquícios de pecado: estes seriam perdoados por Deus em vista da oração da Igreja; estariam assim fundamentados os sufrágios pelos defuntos.
Por fim, o fato histórico é que daí por diante a Teologia oriental tornou-se em parte dividida; muitos teólogos ortodoxos continuam admitindo a necessidade de um estado intermediário entre a morte e a bem-aventurança celeste, assim como também reconhecem o valor dos sufrágios pelos defuntos. Eis aí mais um fato histórico e teológico que só vem a confirmar para todo o povo cristão a exclusividade da Igreja Católica no papel de única Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo e mantida pelo Espírito Santo.
Esta, incrivelmente, é por vezes confundida com um pretenso nascimento virginal de Maria (segundo tal confusão absurda, Santa Ana teria concebido sem a colaboração de São Joaquim!). Assim, simplesmente porque tal concepção virginal carece de qualquer fundamento (evidente, e nunca foi parte da Teologia católica!), também a verdadeira doutrina da Imaculada Conceição é em algum nível contestada pelos orientais, embora não seja negada por eles.
Contraditoriamente, porém, toda a literatura, a Liturgia e as mais tradicionais devoções dos ortodoxos enaltecem grandemente e com insistência (provavelmente até maior do que o fazem as obras clássicas católicas) a pureza plena e absoluta da Virgem Maria, professando a mesma coisa que nós, católicos, de modo implícito. Concretamente, a única diferença real é que eles não formularam nem definiram um dogma de fé específico a respeito desta realidade, que na prática creem de modo idêntico ao nosso, – e isto é algo bastante fácil de se confirmar, bastando que se observe a arte sacra oriental, eivada do princípio ao fim de belos e múltiplos ícones em honra à santidade incomparável de Maria Santíssima.
Este ponto, juntamente com o anterior, é de surpreender o leigo, pois como já dissemos a devoção dos ortodoxos por Nossa Senhora é evidente e profundíssima, tanto que á primeira vista dá a impressão de ser tão grande quanto a católica ou até mesmo maior, em certas cerimônias, usos e costumes.
Crida pelos cristãos desde a Antiguidade, foi proclamado este dogma de fé pela Igreja Católica em 1950, pelo Papa Pio XII, de acordo com as tradições teológicas ocidental e oriental. Merece especial atenção, novamente, a iconografia oriental, que representa de maneira muito expressiva a Virgem sendo assunta aos Céus por seu Divino Filho (daí a diferença entre os termos 'Ascensão do Senhor' e 'Assunção de Maria': ela, elevada por Ele, que é Deus e se eleva por seu próprio Poder Divino).
Qual é, então, o problema? De fato, o que fere os orientais neste caso, – assim como no caso da Imaculada Conceição, – não é a proclamação da Assunção em si, simplesmente porque eles também creem nisto; o problema está, apenas e tão somente, na promulgação do dogma, a qual eles consideram que não deveria ter ocorrido (até por não terem tomado parte em sua elaboração).
Aqui está um problema difícil de compreender, não só pelos católicos como também pela maior parte dos próprios cristãos orientais, que discordam da estranha posição ortodoxa oriental. Dizem esses teólogos que é importante no Batismo o contato da água com o corpo inteiro da pessoa, simbolizando purificação.
Para nós, católicos, tanto os de rito romano quando de rito oriental, o Sacramento é um sinal que realiza o que significa; logo, a Água batismal significa e realiza a purificação da alma. Basta lembrar que os Apóstolos, nos primeiríssimos anos, quando saíram aos quatro cantos do mundo para levar o Evangelho, nas mais diversas situações nem sempre dispunham de rios ou de grandes volumes de água para imergir os batizandos que surgiam a todo instante. Foi este, aliás, o caso do próprio S. Paulo Apóstolo, sem dúvida o mais emblemático3.
Os orientais julgam essencial na Liturgia Eucarística a Invocação do Espírito Santo (Epiclese) antes das palavras da Consagração; ora, estas faltam no Cânon Romano (Oração Eucarística nº 1), pois os latinos julgam que a Consagração do pão e do vinho se faz pela repetição das palavras do Cristo, assim como Ele ordenou: “Isto é o meu Corpo… Isto é o meu Sangue…”.
Assim, as Orações Eucarísticas compostas depois do Concílio VII (1962-65) têm a Epiclese não para corrigir uma pretensa "falha" anterior, mas para salvaguardar uma antiga Tradição.
Jesus, em sua última ceia, observou o ritual da Páscoa judaica, que prescrevia (como ainda prescreve) o uso do pão ázimo ou não fermentado. A Igreja Católica também guardou o costume, – que foi, assim, guardado pelo próprio Cristo, – na Celebração da Eucaristia. Está mais do que bem respaldada, como se vê.
Uma observação importante: o uso do pão fermentado não é excluído por nós, católicos, pois, em última análise, se trata sempre de pão.
Até o século XII, a Comunhão era ministrada sob as duas espécies, pão e vinho; o uso foi abolido em razão dos graves inconvenientes que gerava (profanação, sacrilégios…). Todavia, após o Concílio VII é permitido que se dê a Comunhão sob as duas espécies a grupos devidamente preparados.
Baseados na Epístola de S. Tiago (5,14ss), os orientais ortodoxos têm a Unção dos Enfermos como Sacramento. Divergem, porém, dos ocidentais em dois pontos:
Baseados no Evangelho segundo S. Mateus (5,32 e 19, 9) mas indo contra ao que dizem os Evangelhos segundo S. Marcos (10, 11s) e S. Lucas (16,18), e a 1ª Carta de S. Paulo aos Coríntios (7,10ss), os ortodoxos reconhecem o divórcio.
A Igreja Católica, por coerência, não interpreta S. Mateus em sentido contrário a S. Marcos, S. Lucas e S. Paulo, o que seria absurdo; assim, não reconhece o divórcio de um Matrimônio sacramental validamente contraído e consumado, mas entende que em Mt 5 e 19 se trata da dissolução dos casamentos ilícitos, o que ela pratica até hoje (entenda).
Segundo a compreensão desses nossos irmãos, seria esta uma restrição imposta nos séculos posteriores, contrária à decisão do primeiro Sínodo Ecumênico no ano 325. Há alguma verdade nisso?
“Entre todas as Igrejas e Comunidades Eclesiais, a Igreja Católica está consciente de ter conservado o Ministério do sucessor do Apóstolo Pedro, o Bispo de Roma, que Deus constituiu como perpétuo e visível fundamento da unidade e que o Espírito ampara para que torne participantes deste bem essencial todos os outros.
Segundo a feliz expressão do Papa Gregório Magno, o meu Ministério é de Servus servorum Dei. Por outra parte, como pude afirmar por ocasião do Encontro do Conselho Mundial das Igrejas em genebra aos 12 de junho de 1984, a convicção da Igreja Católica de, na fidelidade à Tradição apostólica e à fé dos Padres, ter conservado, no Ministério do Bispo de Roma, o sinal visível e a garantia da unidade, constitui uma dificuldade para a maior parte dos outros cristãos, cuja memória está marcada por certas recordações dolorosas. Por quanto sejamos disso responsáveis, como o meu Predecessor Paulo VI, imploro perdão.
Com o poder e a autoridade sem os quais tal função seria ilusória, o Bispo de Roma deve assegurar a comunhão de todas as Igrejas. Por este título, ele é o primeiro entre os servidores da unidade. Tal primado é exercido em vários níveis, que concernem à vigilância sobre a transmissão da Palavra, a celebração sacramental e litúrgica, a missão, a disciplina e a vida cristã. Compete ao Sucessor de Pedro recordar as exigências do bem comum da Igreja, se alguém for tentado a esquecê-las em função dos interesses próprios. Tem o dever de advertir, admoestar e, por vezes, declarar inconciliável com a unidade da fé esta ou aquele opinião que se difunde. Quando as circunstâncias o exigirem, fala em nome de todos os Pastores em comunhão com ele. Pode ainda – em condições bem precisas, esclarecidas pelo Concílio do Vaticano I – declarar ex cathedra que uma doutrina pertence ao depósito da fé. Ao prestar este testemunho à verdade, ele serve à unidade
Dirigindo-me ao Patriarca Ecumênico Sua Santidade Dimitrios I, disse estar consciente de que, 'por razões muito diferentes, e contra a vontade de uns e outros, o que era um serviço pôde manifestar-se sob uma luz bastante diversa'. Mas é com o desejo de obedecer verdadeiramente à Vontade de Cristo que eu me reconheço chamado, como Bispo de Roma, a exercer este Ministério. (…) O Espírito Santo nos dê sua Luz e ilumine todos os pastores e os teólogos das nossas Igrejas, para que possamos procurar, evidentemente juntos, as formas mediante as quais este Ministério possa realizar um serviço de amor reconhecido por uns e por outros.”
(Ut Unum Sit nºs 88/94-95, 25/5/1995)
Suplicamos, humildes, ao Espírito Santo que inspire os responsáveis para que realmente colaborem para a solução das dificuldades que os cristãos não católicos enfrentam no tocante ao primado do Papa!
Notas:
1. Por volta do ano 48, apresenta-se em Antioquia o problema relativo à oportunidade da circuncisão para os não-judeus, quando cristãos provenientes da Judeia reclamam a 'liberdade adquirida em Cristo Jesus', que Paulo e Barnabé também invocam para não impor esse rito aos cristãos vindos do paganismo. A comunidade então interpelar os Apóstolos e os Anciãos de Jerusalém e lhes enviam Paulo e Barnabé, com seu companheiro grego Tito, acompanhados de uma delegação.
(N. do A., conf. Portal do Vaticano: Basilica San Paolo Fuori le Mura, disp. em:
vatican.va/various/basiliche/san_paolo/po/san_paolo/concilio.htm
Acesso 26/4/016)
3. O Batismo por aspersão (com a água aplicada geralmente sobre a cabeça) é explicitamente descrito nas Sagradas Escrituras como prática comum da Igreja (ainda que não exclusiva) desde os primeiríssimos tempos. No caso do Apóstolo Paulo, ainda chamado Saulo quando partiu para Damasco em perseguição à Igreja (At 9,1-2), após a sua maravilhosa conversão mediante a visão do Senhor, foi recebido em casa de um Judas (onde permaneceu, cego e em jejum absoluto, por três dias) e ali mesmo foi batizado por Ananias, dentro de um quarto e em pé: 'Imediatamente, lhe caíram dos olhos como que escamas, e tornou a ver. A seguir, levantou-se e foi batizado. Depois tomou alimento e sentiu-se fortalecido.' (At 9,18-19). Na expressão no original em grego koiné,ANASTAS EBAPTISQH (anastas ebaptisthê), o particípio 'anastas' indica uma ação imediata entre o levantar e ser batizado. Havia certamente água no quarto porque já era prática judaica aspergirem-se frequentemente em diversas situações.
• Além deste caso, o mesmo Livro dos Atos menciona carcereiro de Filipo, que foi igualmente batizado 'imediatamente' em sua casa, juntamente com 'toda a sua família' (At 16, 33), em sua residência, logo após lavar as chagas de Paulo e Silas, sem nenhuma menção a rio, piscina ou grande tanque.
• O segundo capítulo do Livro dos Atos ainda menciona que 'mais ou menos três mil' foram batizados em Jerusalém. Note-se que não havia rio ou água corrente dentro da cidade que permitiria a imersão de milhares de pessoas naquela ocasião.
Ref.:
BETTENCOURT, Estevão, osb, revista 'Pergunte e responderemos' nº 480, 2002, pp. 200ss
www.ofielcatolico.com.br
Parabéns pelo artigo.
ResponderExcluirUma dúvida sobre a Eucaristia. Certa vez ouvi dizer, ou li num lugar que não me recordo, que os ortodoxos não creem na transubstanciação, apesar de crerem na presença real. Gostaria de saber se essa informação procede. E caso contrário, as diferenças elencadas no artigo impedem um católico de comungar numa comunidade ortodoxa, que porventura esteja visitando e vice versa?
A paz de Cristo!
Olá, Tiago. Esta é mais uma daquelas questões de mera divergência semântica, surgidas numa época em que os ânimos estavam acirrados e tudo servia como desculpa para aumentar o fosso da separação.
ExcluirOs orientais creem plenamente na Presença Real de Nosso Senhor na Eucaristia, assim como nós; creem que o pão se torna verdadeiramente Corpo de Cristo, e não apenas simbolicamente, assim como nós. A "diferença" (se é que podemos chamar assim) neste caso é que eles evitam o termo "Transubstanciação". A razão que alegam para isso é que eles prezam o Mistério e rejeitam certas especulações teológicas a respeito de "minúcias" que entendem desnecessárias, embora neste caso essa justificativa realmente não caiba, já que por "Transubstanciação" a Igreja quer dizer, simplesmente, que o pão se torna Corpo e o vinho se torna Sangue de Deus.
A Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo
Apostolado Fiel Católico
Melhor afirmar cismáticos orientais do que ortodoxos. Ortodoxa é a Igreja Católica. Seria bom também um artigo sobre os Católicos orientais que segue a liturgia oriental.
ResponderExcluirTrata-se de uma questão de convenção, Prof. Francisco. Convencionou-se chamar aos orientais de "ortodoxos", embora este título não corresponda à realidade nem faça justiça aos fatos. Na realidade, se formos observar o sentido real e literal da palavra, sim, ortodoxos somos nós, católicos.
ExcluirA Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo
Apostolado Fiel Católico
Henrique, Parabéns por mais esse excelente trabalho.
ResponderExcluirVocê poderia me dizer se ocorrem milagres na Igreja Ortodoxa assim como na Católica, como por exemplo os milagres eucarísticos, aparições da Virgem Maria e os corpos incorruptíveis ?
Muito grato,
Max
*corpos incorruptos.
ResponderExcluirMax
O que é marcante nessas seitas desviadas do Catolicismo Romano é que as mesmas no orgulho que lhes caracteriza é que tais facções adoram fazer propaganda de si mesmas. Enquanto os hereges protestantes se dizem "evangélicos", ou seja, todos os outros cristãos não tem a oferecer a boa nova da redenção en Cristo Jesus, por graça e mediante a fé, os cismáticos desorientados proclamam-se "ortodoxos", isto é, todas as outras organizações cristãs são heterodoxas até mesmo nós, os católicos o somos, logo nós que honramos o direito divino que conferiu a São Pedro e a seus sucessores a supremacia em Sua Esposa e corpo místico que é a Igreja.
ResponderExcluirCum Petro et sub Petro, semper!
Roma locuta, causa finita!
O ponto 5 é muito interessante. Os ortodoxos que não se encontram em comunhão com Roma celebram a Natividade da Theotokos mas rejeitam a doutrina católica da Imaculada Conceição. Estamos a falar provavelmente de diferenças de Fé que se colocam ao nível de pormenores doutrinais importantes.
ResponderExcluirhttps://en.wikipedia.org/wiki/Nativity_of_the_Theotokos
Toda a iconografia e devoção relacionadas com a Imaculada, no mundo bizantino, podem ser encontrados apenas na Igreja Uniata, nos Greco-católicos. Aliás, acaba por ser hoje um dos fatores silenciosos de maior diferenciação entre Católicos e "ortodoxos".
Penso que este pequeno detalhe doutrinal está intimamente ligado às aparições de Fátima e serve de medida para avaliar o grau de "conversão da Rússia" aí profetizada. "Por fim o meu Imaculado Coração triunfará".
Obrigado pelo artigo. Andava há algum tempo a tentar perceber como é que os ortodoxos lidam com a questão do casamento/divórcio.
Pax erit vobis
Parabéns muito esclarecedor.
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