À procura de Cristo na oração, programa de oração – dicas preciosas para rezar sempre e bem – conclusão

O presente artigo é uma adaptação do terceiro capítulo da obra clássica "Amor Sublime" ('This Tremendous Lover'), de Dom Eugene Boylan, OCR (1904 - 1964), intitulado "A procura de Cristo na oração". Boylan foi um monge trapista de origem irlandesa e destacado autor dos temas espirituais. Sua direção espiritual nesta obra escrita há mais de seis décadas, por suas palavras e maneiras, impressiona pela atualidade e encanta ao se revelar utilíssima a todo cristão católico honestamente empenhado em progredir na vida espiritual. Rogamos a Deus que por aqui também seja útil na edificação e salvação das almas. Por ser longo, publicamos o capítulo em duas partes. Para ler a primeira parte, acesse este link; a seguir, a segunda e conclusiva parte:



É ÓBVIO QUE DEVEMOS acreditar na existência de Deus e em seu desejo de nos atender; isso está implícito no próprio ato de nos voltarmos para Deus. As nossas orações nascem da esperança de sermos ouvidos. 

Por outro lado, se estamos em pecado mortal e não temos desejo de nos reconciliarmos com Deus, conservamo-nos em estado de rebelião contra Ele. A caridade fraterna é também necessária à oração, porque devemos nos lembrar de como Nosso Senhor recomendou que, se alguém estivesse a ponto de fazer a sua oferta diante do altar e se lembrasse, aí, de que seu irmão tinha alguma coisa contra ele, devia deixar a oferta diante do altar, ir reconciliar-se primeiramente com o seu irmão e voltar depois a fazer a sua oferta (Mt 5,23-24). Logo, a eficácia de nossas orações depende diretamente, também, da nossa caridade para com o nosso próximo.

Isto pode causar-nos surpresa, mas, se tivermos em mente que a caridade fraterna é necessária para se ser membro vivo de Cristo, compreenderemos por que motivo é necessária essa caridade, se é que rezamos invocando o Nome de Jesus. Só quando estamos unidos com os restantes membros, pela caridade, é que podemos com verdade orar em seu Nome.

A necessidade da humildade foi explicada na parábola do fariseu orgulhoso e do publicano humilde, e Deus avisou-nos de que resiste aos soberbos e dá sua Graça aos humildes. É necessário que estejamos na disposição de nos submetermos à Vontade de Deus; recusar isso é recusar reconhecê-Lo como Deus, é separarmo-nos de Cristo, que deu, Ele próprio, um exemplo clássico na sua oração no Getsêmani: “Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não se faça como eu quero, mas sim como Tu queres” (Mt 26,39).

Estas disposições vêm-nos em primeiro lugar da Graça de Deus e por isso devemos procurá-las na oração. Também se desenvolvem pela leitura e reflexão – o que constitui outro motivo para evitarmos orações muito compridas, porque onde se fala muito pensa-se pouco. Se se começar recitando, por exemplo, uma dezena do Rosário ou algumas orações de igual extensão, todas as manhãs e todas as noites, isto nos parece suficiente no que diz respeito à oração formal. Se encontrarmos, num bom livro de orações, algumas que exerçam apelo especial sobre o nosso coração, é melhor recitar uma ou duas destas de cada vez, ou repetir a mesma durante uma semana, do que nos sobrecarregarmos com uma longa coleção de orações formais todas as noites.

Seguindo assim, se a nossa disposição em rezar aumenta, é sempre ocasião de ampliar a lista, mas é preferível optar por orações breves. O caminho que temos de percorrer é longo, e o que importa é perseverar até o fim. Além disso, uma das razões que nos levam a insistir para que não tornemos a oração um fardo pesado é porque, nessas condições mais suaves, é mais provável que durante o dia venham constantemente aos nossos lábios as invocações espontâneas, com piedosos louvores, ações de graças e súplicas, e essa espécie de oração é muito necessária. Seja como for, “Deus ama quem doa alegremente” (2Cor 9,7), e é melhor dar-lhe dois minutos com alegria do que duas horas contrafeito.


Métodos necessários para a oração: as fórmulas e a intimidade

Há duas formas de rezar que se revestem de grande importância e que são, de fato, necessárias: a primeira é usar uma fórmula fixa e procurar conformar o nosso pensamento com o seu significado; a segunda é rezar fazendo uso das nossas próprias palavras e procurando exprimir com elas os sentimentos que despertam no nosso coração. Nas nossas orações diárias, devemos usar de um e de outro processo. O primeiro é necessário porque há forçosamente sentimentos que não surgem espontaneamente; têm de se adquirir com o emprego de fórmulas e com leitura. Além disso, se tivéssemos de improvisar todas as vezes que rezamos, em breve nos perderíamos na oração. O segundo processo é também necessário, por se tratar, muito provavelmente, da mais excelente forma de nos conservarmos em contato com Nosso Senhor, e isso resume toda a vida espiritual.

É certo que nos unimos a Nosso Senhor em toda a oração: de fato, faz parte desta uma certa dependência dEle. Mas o progresso da nossa vida espiritual depende do desenvolvimento da amizade e intimidade com Ele, de modo a conseguirmos que Ele tome parte em todas as nossas ações. Se a nossa amizade obedece a termos convencionais, isso não será tão fácil. Devemos, portanto, voltar-nos frequentemente para Ele e falar-lhe, empregando palavras nossas, sobre qualquer coisa de interesse mútuo.

Os termos de referência não escasseiam. E porque a nossa vida só é plenamente cristã se for compartilhada completamente com Ele, esses termos de referência também não são demasiadamente vastos. Essa dupla forma de oração pode variar muito. Pode usar-se qualquer fórmula bem conhecida, que sirva para nos unir a Ele. Há muitas pessoas, por exemplo, que rezam os Mistérios do Rosário quando andam pelas ruas ou estão em filas de ônibus, na sala de espera do consultório médico ou mesmo no seu local de trabalho, quando a natureza deste o permite. Outros preferem usar jaculatórias ocasionais, mas que devem ser meditadas e sinceras. Há muitas jaculatórias que, recitadas com fervor, ganham indulgências. Isto pode convencer-nos de que temos de as repetir todas as vezes que pensamos nelas. Não devemos, entretanto, sentir o peso da obrigação indefinida de as repetir vezes determinado número de vezes ou vezes sem fim. O amor incondicional a Deus deve ser a regra. Amor este que deve ser buscado e cultivado a cada instante da vida do cristão e cuja prática nos levará, afinal, à feliz descoberta de que podemos estar na Presença do Senhor sem lhe dizer nada, e esse processo de união com Ele é em Si mesmo uma excelente oração – que não deve ser perturbada por qualquer tentativa para rezar “orações prontas”, a não ser que estas sejam de obrigação. Deve haver nisto uma completa liberdade de espírito, em tudo o que não seja de obrigação. De outra forma não haverá verdadeiro progresso na vida espiritual.

Não há, na realidade, ocupação, exceto o pecado, que seja incompatível com essas orações espontâneas. Claro está que há orações que se devem recitar durante o dia, às quais devemos dedicar toda a nossa atenção, pondo de parte todo o resto; mas Deus nos livre de que limitássemos as nossas orações apenas àquelas que se recitam de joelhos, em situações e/ou horários determinados.

Este ponto pode talvez ser esclarecido com o exemplo de dois homens que tinham por hábito rezar quando regressavam a casa, findo o seu trabalho. Levantou-se a questão sobre se seria lícito fumar enquanto rezavam, e cada um deles decidiu consultar o seu diretor espiritual. Um deles foi asperamente censurado, por pensar em fumar enquanto rezava; o outro tinha outra espécie de diretor, que lhe disse que, embora o fumar durante a oração fosse suscetível de objeção, não via, no entanto, motivo sério de proibi-lo de rezar enquanto fumava. Este conto não passa disto mesmo: um conto, mas pode chamar atenção para o fato de que existe diferença entre oração regular e oração irregular e que, ao passo que a primeira exige determinadas regras, pode-se – e mesmo deve-se –, usar da segunda em qualquer parte.

Outro caso semelhante nos é relatado por um sacerdote ancião, que dizia: "Em tudo o que não é pecado, não há razão para não poder ser compartilhado com Deus". Pode-se, por exemplo, rezar deitado? Sem dúvida é melhor rezar de joelhos, mas não vemos motivo para dizer que é pecado rezar se estamos deitados. Deitar para rezar talvez não seja bom, mas não se pode negar que é bom rezar em toda situação, quer estejamos deitados, sentados, em pé ou ajoelhados. De modo semelhante, não há porque se afirmar que não podemos falar com Ele e desfrutar ao mesmo tempo de alguma das coisas que criou para o nosso descanso, recreio ou deleite. Sim, também o prazer e o recreio têm o seu lugar próprio na vida espiritual; sendo assim, não constituem obstáculos para uma união íntima com Deus, podendo mesmo servir para reforçá-la.

Há, portanto, orações para todas as horas e há também horas para a oração natural e não estudada, que é quando falamos com Deus em termos semelhantes àqueles que usamos quando falamos com os nossos amigos. Devemos aprender a sentirmo-nos à vontade com Deus e devemos compreender que não há necessidade de estar sempre se dizendo alguma coisa. A esposa que ama profundamente o seu marido, e que tem a certeza de ser por ele amada, sente-se à vontade em sua companhia mesmo (talvez até especialmente) quando estão os dois em silêncio, seja num passeio ou fitando-se nos olhos, num momento de descanso; ela sabe bem que não precisa falar e repetir sem cessar que o ama ou que lhe quer bem: quando a relação de intimidade chega a determinado estágio, surge tal cumplicidade e compreensão que um compreende o outro sem a necessidade das muitas palavras.

Devemos admitir, no entanto, que há ligação íntima entre a oração silenciosa e a pureza da nossa consciência. Não é, em geral, possível sentirmo-nos à vontade diante de Deus se conservamos a intenção deliberada de cometer pecados habituais. Mas o pecado de que estamos arrependidos não constitui obstáculo a essa amizade, assim como o não constituem os pecados em que caímos repentinamente por fragilidade. O próprio ato de contrição abre o caminho para novo contato com Deus, e como Ele é o nosso Salvador, não devemos ter receio de lhe patentear os nossos pecados e as nossas fraquezas.

Apesar de tudo o que dissemos até aqui, com o fito de clarear o caminho dos buscadores de Deus, há algumas pessoas que sentem a necessidade de recitar orações mais longas durante o dia, como por exemplo o Terço, o Ofício Menor, alguns dos Salmos ou outras orações deste gênero. É necessário prudência na escolha e na medida de tais práticas, mas não há dúvida de que há muitos casos em que a prudência não só consente, mas até exige tais orações prolongadas.



Como rezar sempre bem e sempre agradar a Deus na oração

Em certas orações, como seja a recitação do Terço, a repetição constante torna impossível seguir o significado de cada palavra, mas isso é bom e desejável, porque o que se busca aí é a contemplação dos Mistérios propostos e não o desgaste mental no "martelar" das mesmas palavras muitas vezes repetidas; noutras, como por exemplo o Ofício Divino, a multidão de ideias aí expressa segue-se numa sequência tão rápida que é impossível que o pensamento se adapte a cada uma delas e possa ao mesmo tempo concluir a sua leitura em tempo razoável. Nesses casos, a atitude mental pode ser um pouco diferente – aqui exporemos um método de tremenda utilidade para a oração, que pode ser aplicado de modo geral ou, pelo menos, mais amplo e está intimamente ligado à oração mental. Ocorre que se pode, nestes e em outros casos, durante a oração, prestar mais atenção em Deus, a Quem se está orando, do que às palavras das orações mesmas que se recitam – confiando plenamente, entretanto, que essa oração, assim como diversas outras, agradam a Deus, quer em razão da sua origem divina, quer por motivo da autoridade que nos deu ou pela sua pia intenção.

Assim, ao recitar a Ave-Maria, por exemplo, podemos lembrar-nos de que as palavras com que começa são aquelas pelas quais Deus, por intermédio do Anjo, fez a Maria a proposta mais admirável que jamais se fez a um ser humano. Claro está que essa composição de palavras têm para Maria um significado que está fora de toda a compreensão que as palavras por si são capazes de transmitir, e podemos estar certos de que lhe agradam muito, e assim homenageamos ao Senhor que as compôs.

Outra belíssima alternativa será considerar essas orações como ditas em nome da Igreja e que o seu significado se aplica às incalculáveis necessidades dos Seus membros, que podemos ignorar. Essa atitude aplica-se, de modo especial, ao Ofício Divino, quando recitado por aqueles que foram designados oficialmente para o recitarem em nome da Igreja, mas aplica-se também, em determinado grau, a toda a oração, porque somos todos membros de Cristo e oramos todos em seu Nome. O significado das palavras que usamos pode exprimir de preferência as necessidades e sentimentos de outros membros do Corpo Místico de Cristo e a nossa atenção concentrar-se-á então mais em “Cristo integral”, ou num sentido obscuro de sociedade com Ele, do que nas palavras especiais de que fazemos uso.

Nas orações muito longas, experimentamos quase sempre grandes dificuldades em concentrar a nossa atenção e evitar as distrações. A distração voluntária é evidentemente censurável quando significa o alheamento do nosso pensamento de Deus e daquilo que estamos a fazer. Há distrações parciais que podem fazer parte da nossa oração, como seja a prática de um ato de caridade ou de qualquer ação necessária. Nesses casos, os nossos corações não se desviam na realidade de Deus e apenas se modifica por momentos a forma de O servirmos. Os Santos foram sempre exímios na sua prontidão em interromper as suas orações particulares para servirem a Cristo na pessoa do próximo. Com as distrações involuntárias, o caso é diferente. Se não procederem de um descuido antecipado e deliberado, como seja a falta de esforço para fixar a nossa atenção no princípio da oração, não há aí certamente qualquer culpa. Não se podem evitar mesmo em pessoas dotadas da melhor boa vontade. Um pensamento suscita outro e uma imagem evoca outra; a própria natureza do nosso pensamento e da nossa imaginação é tal que tende sempre para a divagação. Enquanto não nos apercebemos dessas divagações, não ha certamente culpa da nossa parte. Quando damos, porém, pela distração, é nosso dever voltar a empregar os nossos esforços para despertar a nossa atenção.

Em certas ocasiões, é relativamente fácil nos vermos livres das distrações, mas, em outras ocasiões, estas são tão persistentes que a melhor forma de proceder e deixar correr as coisas e contemplar a Deus sem nos mortificarmos. Não é sempre fácil despertar a atenção e há ocasiões em que a nossa oração parece não passar de uma longa série de distrações combatidas, sem dúvida, mas sem qualquer resultado. É bom que nos lembremos de que as orações recitadas nessas condições podem ser muito agradáveis a Deus. Cada tentativa que fazemos para despertar a atenção é uma elevação do nosso pensamento a Deus, feita com dificuldade, e que por isso lhe é muito agradável como oração, quer dê bom resultado quer não, pois é um esforço para afugentar as distrações.

Deve-se notar que não é necessário prestar atenção a cada palavra que dizemos. Mesmo na linguagem ordinária, quando nos dirigimos a alguma autoridade secular, usamos fórmulas polidas e só atentamos ao seu significado geral. Na oração, podemos empenhar-nos apenas em proferir as palavras corretamente, podemos atentar ao significado das palavras usadas e podemos, finalmente (aqui está a nossa ênfase), prestar atenção à finalidade das palavras que usamos ou à Pessoa a Quem estas são dirigidas. Por esta forma é possível concentrarmos a nossa atenção em Deus e esquecermo-nos quase completamente do que lhe estamos a dizer – e ainda assim rezar bem, já que essa atenção é digna de louvor e não devemos recear que a Pessoa a quem nos dirigimos nos distraia das palavras que lhe dirigimos na oração ordinária.


Os três fins da oração e os diferentes tipos de distração

Os efeitos das distrações nas nossas orações podem ser melhor compreendidos se considerarmos os três fins da oração. A oração é uma obra meritória, por isso a distração superficial não lhe tira necessariamente o merecimento, já que a intenção original e a atenção são a origem de toda oração. Assim, o orante poderá se distrair, sem maiores prejuízos, do que está a dizer, mas não de a Quem está dizendo e com que intenção (louvor, adoração, súplica, ação de graças).

A oração pode também ser considerada pelos efeitos diretos que exerce em nós próprios e em nossas disposições para a vida cristã. Nestes efeitos, é claro que a distração total – que é quando o orante chega a esquecer do que está a fazer, e a Quem e/ou com quais intenções o faz –, é inadmissível e interfere nesses efeitos benéficos.

O melhor método de combater as distrações mais profundas depende, em certo modo, das circunstâncias que acompanham as nossas orações. Nas orações de obrigação há um dever definido a se executar, e por isso não devemos consentir que as distrações, logo que sejam notadas, interfiram com essa obrigação. Neste sentido poderemos mesmo considerar as próprias distrações como intenção das nossas orações, para que cessem, e isto será muito eficaz; em outros casos poderemos ter de lutar com elas durante todo o tempo da oração, e em outros ainda teremos de deixá-las correr (sem aceitá-las), esperando que Deus aceite o mérito de nossa disposição em nos colocarmos diante dEle, de joelhos, por aquele tempo, para adorar, pedir suas graças, agradecer, ainda que não tenhamos podido fazer como gostaríamos.

É importante, então, nos recordarmos de que as distrações, se não forem aceitas deliberadamente e consentidas, não tornam as nossas orações inúteis. Pelo contrário, podem ser, muitas vezes, ocasião de obras meritórias perante Deus.

Por vezes, a causa das distrações é manifesta: uma amizade desordenada, um aborrecimento excessivo, a fadiga, a instabilidade natural do nosso pensamento, a preocupação provocada pelo trabalho ordinário, o ambiente e tantas outras coisas. Seja qual for a sua causa, uma coisa necessária para as evitar é recolhermo-nos completamente no princípio da oração. Se o orante faz isso com generosidade, a oração adquire um valor que nenhuma distração subsequente involuntária pode tirar.

Como dissemos, ao rezarmos particularmente, isto é, ao “falarmos com Deus” como a um Amigo, podemos tomar as distrações como assunto dessa conversa. Em última análise, Deus criou todas as coisas e, por isso, todas as criaturas têm pelo menos essa ligação com Ele, a qual pode servir de ponto de partida para novos colóquios.

Há alguns que afirmam não terem as nossas orações verdadeira eficácia impetrativa e trabalham por espalhar a opinião de que a oração feita em particular pouco vale, e que é a oração pública, feita em nome da Igreja, que tem verdadeiro valor, por partir do Corpo místico de Jesus Cristo. Não é isto exato; o divino Redentor não só uniu estreitamente a Si a Igreja como esposa queridíssima, senão também nela as almas de todos e cada um dos fiéis, com quem deseja ardentemente conversar na intimidade, sobretudo depois da comunhão. E embora a oração pública, feita por toda a Igreja, seja mais excelente que qualquer outra, graças a dignidade da Esposa de Cristo, contudo todas as orações, ainda as mais particulares, têm o seu valor e eficácia, e aproveitam também grandemente a todo o Corpo místico; no qual não pode nenhum membro fazer nada de bom e justo, que em razão da comunhão dos santos não contribua também para a salvação de todos. Nem aos indivíduos por serem membros desse corpo se lhes veda que peçam para si graças particulares, mesmo temporais, com a devida sujeição à divina Vontade; pois que continuam sendo pessoas independentes com suas indigências próprias. Quanto à meditação das coisas celestes, os documentos eclesiásticos, a prática e exemplos de todos os Santos provam bem em quão grande estima deve ser tida por todos.”
(Pio XII, Mystici Corporis Christi, n.87)
www.ofielcatolico.com.br

4 comentários:

  1. Apesar de longo (por isso achei um pouco cansativo, sse bem que não conseguia párar de ler) o texto é realmente muito elucidativo. Me ajudou demais!

    Mara Lu

    ResponderExcluir
  2. Rezar sempre faz bem a nossa vida. Por isso rezemos com fé e amor. O nosso Deus merece ser adorado diuturnamente e eternamente.

    ResponderExcluir
  3. Que Deus lhe pague pelo trabalho empregado neste ótimo texto que tratou da elucidação desta ferramenta imprescindível para todo o bom cristão - a oração.

    ResponderExcluir
  4. Fui questionado sobre se podia ou era pecado rezar, andando ou deitado, respondi que se não faz mal comcerteza faz bem. O importante e´está se relacionando com Deus Mas foi uma resposta que ficou incompleta , agradeço por ter encontrado a resposta concreta que vou dar apartir de agora quando for novamente questionado .

    ResponderExcluir

** Inscreva-se para a Formação Teológica da FLSP e além das aulas mensais (com as 4 disciplinas fundamentais da Teologia: Dogmática, História da Igreja, Bíblia e Ascética & Mística) receba acesso aos doze volumes digitais (material completo) do nosso Curso de Sagradas Escrituras, mais a coleção completa em PDF da revista O Fiel Católico (43 edições), mais materiais exclusivos e novas atualizações diárias. Para assinar agora por só R$13,90, use este link. Ajude-nos a continuar trabalhando pelo esclarecimento da fé cristã e católica!

AVISO aos comentaristas:
Este não é um espaço de "debates" e nem para disputas religiosas que têm como motivação e resultado a insuflação das vaidades. Ao contrário, conscientes das nossas limitações, buscamos com humildade oferecer respostas católicas àqueles sinceramente interessados em aprender. Para tanto, somos associação leiga assistida por santos sacerdotes e composta por profissionais de comunicação, professores, autores e pesquisadores. Aos interessados em batalhas de egos, advertimos: não percam precioso tempo (que pode ser investido nos estudos, na oração e na prática da caridade) redigindo provocações e desafios infantis, pois não serão publicados.

Subir