Santo Antônio nasceu em Portugal, na cidade de Lisboa, no fim do século XII, em 1195. Seus pais eram muito religiosos e o educaram com muito carinho na fé da Igreja. Seu nome de batismo era Fernando, e desde muito pequeno acompanhava os pais nas celebrações religiosas na Catedral. Ainda menino, foi encaminhado para a escola dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, onde recebeu boa formação humana e educação cristã aprimorada. Segundo biografias, o menino foi consagrado pela mãe à Santíssima Mãe de Deus, o que explica muita coisa, como o fato de sempre estar “voltado para o Alto” . Assim, foi crescendo em sabedoria e graça, servindo ao Altar de Deus como acólito.
A vida religiosa
Martelo dos Hereges
Seguiram-se meses de solidão e seu superior – por falta de opção – lhe ordenou a dizer algumas palavras aos frades recém ordenados. Santo Antônio fez tão bem o que lhe fora ordenado que surpreendeu a todos. A partir de então, começou sua vida de pregação, sobretudo contra os hereges cátaros.
Tornou-se, então, o primeiro grande teólogo franciscano. Pregou aos grandes e aos pequenos, ao Colégio Cardinalício e aos hereges e judeus. Sua pregação, que acompanhava sua vida santa e seus milagres, era tão eficaz que multidões se convertiam à Fé. Refutava tão bem os infiéis – com palavras e atos – que ficou conhecido como “O Martelo dos Hereges” (e não 'santo casamenteiro').
É sabido, por exemplo, que certa vez Frei Antônio foi pregar numa cidade, mas ninguém o queria escutar, então, como todo cristão em sã consciência, ele foi para o quarto chorar... Mentira! A Verdade precisava ser anunciada, então Antônio foi anunciá-la aos peixes, que deram testemunho do Poder de Deus:
“Ouçam a palavra de Deus, vocês, peixes do mar...” e Santo Antônio pregou para os peixes, que subiram à superfície para ouvi-lo. “Bendito seja o Deus eterno, pois peixes da água honram-no mais do que pessoas que negam sua doutrina. Os animais irracionais escutam mais prontamente a palavra de Deus do que a humanidade sem fé”.
Santo Antônio, durante uma pregação na cidade de Rimini, Itália, viu-se envolvido em uma disputa com um judeu, que negava a Presença real de Jesus na Eucaristia. Então, Santo Antônio aceitou uma aposta. “Não acredito que a Hóstia seja o Corpo de Cristo! Mas quero desafiar-te, ó frade: se a minha mula se ajoelhar diante da Hóstia, então acreditarei”... “Aceito o desafio” –, respondeu Santo Antonio –, “Daqui a três dias, trarás a mula a esta mesma praça, diante do povo. Eu trarei a Eucaristia e o animal se ajoelhará diante do Pão consagrado”.
“Certo” –, dirá o leitor –, “entendi; Santo Antônio realmente foi excepcional. Então, de onde diabos vem a lenda do 'casamenteiro'?”
Ocorre que os milagres sempre acompanharam o santo, tanto que sua canonização se deu apenas onze meses após a sua morte. Além disso, em sua exumação, descobriu-se que sua língua estava intacta, inclusive permanece salivando ainda hoje, tamanho o testemunho de pregação nos deu tão grandioso Santo.
Voltando à polêmica do "casamenteiro", diz a história que uma moça queria se casar, mas como era muito pobre, não tinha condições de alcançar seu objetivo. Pôs-se a rezar diante da imagem do santo, pedindo a graça. Caiu nas mãos da moça um bilhete, que dizia: “Vá até o comerciante mais rico da cidade e peça que ele lhe dê em ouro o equivalente ao peso do bilhete”. Quando o comerciante colocou o bilhete na balança, o bilhete pesava tanto que a moça conseguiu a quantia que precisava para o seu casamento.
Se tal história é verdadeira ou não, eu não faço ideia. O fato é que, em vida, Santo Antônio sempre se dedicou a ajudar os casais em crise a superar os momentos de conflito, a combater a imoralidade e o adultério.
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Fontes:
- Frei Paulo Back, Nova Trezena de Santo Antônio.
- NUGENT, Madeline Pecora. Antônio, palavras de fogo, vida de luz. Paulinas, 2008.
- LEHMANN, João Batista. Na Luz Perpétua, leituras religiosas da vida dos Santos de Deus, para todos os dias do ano.
Artigo maravilhoso!!! Parabéns. Viva Santo Antônio e todos os Santos da SANTA IGREJA CATÓLICA!
ResponderExcluirAbraço
Urbano Medeiros - Minas Gerais
Boa tarde...
ResponderExcluirOs textos do site são ótimos. Só queria dar uma sugestão: eu não vi a data da postagem nem no início e nem no final. Se puderem colocar seria bom para o leitor saber se é algo recente ou mais antigo.
Deus abençoe o belo trabalho de vocês
Meu Santo padroeiro é São Geraldo, mas, eu tenho grande devoção a grande Fernando, nosso sempre querido Santo Antônio de Pádua, o Martelo (e Terror!) Dos hereges!
ResponderExcluirIrlei Geraldo
Muito Bom artigo Henrique, como sempre. Me fez lembrar da minha infância quando minha vó, aliás pessoa responsável pelo catolicismo de toda a família, me contava essa mesma história. Graças a Deus pelo trabalho desse apostolado. Que Deus os abençoe e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
ResponderExcluirAmei o artigo como sempre, sou devota de Santo Antônio, por várias vezes me ajudou a encontrar documentos que estavam tão bem guardados que eu não achava. Meu nome é Helena, uso o anônimo, pois não consigo entrar de outra forma. Deus seja louvado. Paz e Bem.
ResponderExcluirPeçamos a Santo Antônio que rogue a Jesus por nós.
ResponderExcluirRealmente é bom conhecer as histórias dos santos da nossa Igreja, Deus seja louvado!!!
ResponderExcluirA paz de Jesus Cristo. Excelente texto, como tantos outros que aqui encontro. Assim como, DCI Digital, Aleteia,Church POP ( apesar do nome, é um site com ótimos artigos...),Padre Paulo Ricardo e outros, este site traz sempre assuntos pertinentes e que nos ensinam. Santo Antonio de Pádua é de um exemplo ímpar de amor ao Senhor! Tenho santos devotos, como, Santo Padre Pio, Santa Terezinha do Menino Jesus, Santa Catarina de Alexandria, São Benedito, Santa Rita, Santa Edwiges, São Judas Tadeu e outros que me inspiram e intercedem por mim junto ao Pai, mas Santo Antonio de Pádua é sempre uma grande inspiração. Santo Antonio, rogai por nós! Salve Maria! Paz e Bem.
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