Para entender o Tio Donald


Um aporte à confusão geral

Por Marcelo González
Tradução: Frei Zaqueu (freizaqueu@gmail.com)

O plano da Revolução Mundial para a unificação e nivelação do mundo no econômico, no político e no cultural-religioso, marcha a um passo veloz. Esta ação se faz sensível ao olho observador em mil detalhes da vida universitária, das gestões econômicas, militares, políticas e da atividade religiosa.
Sem embargo, grandes obstáculos se opõem a este Governo Mundial.
Em primeiro lugar, existe uma resistência natural na idiossincrasia própria de cada povo que não quer submeter-se a um tipo standard e uniformizado de domesticação. Os povos resistem a ser manejados como rebanhos, por muito que este manejo se dissimule sob os atrativos da publicidade psicotécnica. E esta resistência se mostra tanto no plano econômico-político como no religioso. É claro que esta resistência, mais passiva que ativa, não seria suficiente para deter os planos do Poder Oculto que dispõe de poderosos meios para dobrar a vontade dos povos.
Os obstáculos mais efetivos que tornam difícil se não impossível de momento o governo mundial, são a luta de interesses e ambições às vezes pessoais que por razões geopolíticas ou históricas surgem no panorama mundial.

É um texto (acima) de uma mente ordenada e católica. Tem o seu tempo, é de 1967. As coisas são muito piores hoje, mas a direção dos assuntos mundiais, incluídos os religiosos (já tinha passado o Concilio Vaticano II), estava claramente posta sobre a mesa. Resgato-o porque vejo duas tendências contraditórias entre a gente de pensamento tradicional: “Donald Trump é o Anticristo” vs. “Donald Trump é o salvador do Ocidente”.

Em ambos juízos há uma carência essencial, qual seja, que o que sabemos dele não alcança para justificar nenhum dos dois juízos. Talvez se possa avaliar com maior precisão em alguns meses, se é que o Tio Donald viva tanto. Pelo menos do que tem prometido, inclusive quando não pense cumprir, vários receberam efetivos disparos de algum “louco perturbado” ou de um “lobo solitário”.

O que hoje sabemos, porque está à vista, é que Trump, com sua campanha-movimento tem sacudido as placas tectônicas que sustentam os EUA e o Establishment (Washington, Wall Street, Hollywood, Planed Parenthood, a Reserva Federal, o lobby LGBT… e boa parte do episcopado católico). E fora dos EUA: a Comunidade Europeia, a Nato, as Nações Unidas, a City londrina, o Congresso Mundial Judeu, a Liga Antidifamatória, o Vaticano – este Vaticano em particular – etecetera), estão comovidos.

Exemplos: Benjamin Netanyahu, Primeiro Ministro de Israel, exulta de alegria. Por fim se livra dos Obama-Clinton, verdadeira ameaça para Israel. A Duma (parlamento russo) estourou em uma aclamação quando se soube da notícia. As palavras de Putin foram as mais precisamente cálidas dentro do estilo diplomático. No Irã, os aiatolás grunhiram protestos e mostraram as garras para defender seu plano nuclear. Raul Castro mandou mobilizar tropas para exercitar-se ante uma ameaça militar. Os partidos que lutam por um Brexit generalizado elevaram hurras em vários idiomas: francês, inglês, italiano, húngaro. México está em pânico; ao menos a sua classe política. Na Argentina não cessam os "papelões", inclusive da muito profissional chanceler Malcorra. Michelle Bachelet chora pelos rincões. Álvaro Uribe se reafirma em seu projeto de resgate da Colômbia… O Cardeal Raymond Burke declara, em uma longa entrevista, que dá crédito às promessas de Trump, porque conhece muitos dos 25 assessores católicos do presidente eleito, que lhe concedem a maior estima.

Não é comum ver que habitantes dos EUA interditem uma autopista (ou várias) e queimem pneus (ao melhor estilo argentino), protestando contra o recém eleito “que não é nosso presidente”, enquanto os povos rurais do Meio Oeste acodem aos seus templos para dar graças a Deus.

Francisco, pouco antes da eleição, elogiou Hillary... E pouco depois aludiu mal a Donald – novamente. As declarações de François Hollande podem sublinhar-se com um adjetivo bem acadêmico: foram uma verdadeira mariconada. E isso que os franceses são os príncipes da diplomacia.

Os que detêm o grande poder da Imprensa decretaram “dor mundial” por tempo indeterminado. Desde o periodista da CNN que comoveu o mundo com seu discurso perguntando-se "o que diria aos seus filhos no dia seguinte" até nossos mequetrefes da TN [nossa Globo, por exemplo – ndt] que editorializaram longamente como se a eles lhes atingisse algo.

Todo este tremor porque se produziu um fenômeno que já se vinha manifestando em distintos lugares: Rússia decidiu colocar-se ante o “Ocidente” e impedir que colapse o Oriente Médio. Os britânicos cortaram a ponte (tão exortada por Francisco) com a C.E. Os húngaros votaram que não queriam um ingresso irrestrito de presuntos refugiados, ao menos uma boa parte deles, cujos motivos e intenções não ficam claros. Colômbia votou contra o nefasto acordo com as FARC (S.A. de sequestros, narco e assassinatos por encomenda) auspiciada pela tríade Obama, Castro, Francisco. O presidente do Peru [Pedro Pablo Kuczynski,], sem aviso prévio consagrou sua nação ao Coração Imaculado de Maria em termos que não ouvíamos desde Pio XII (assista o vídeo ao final deste).

O que são estes tremores? Parece que formam parte de uma resistência natural na idiossincrasia própria de cada povo que não quer submeter-se a um tipo standard e uniformizado de domesticação. Os povos resistem a ser manejados como rebanhos, por muito que este manejo se dissimule sob os atrativos da publicidade psicotécnica. Fica claro que esta resistência se mostra tanto no plano econômico-político como no religioso. De fato muitos destes triunfos dos movimentos de reação anti governo mundial – tanto mais, ante seus slogans – foram precedidos por cadeias de oração, novenas públicas e cruzadas de rosários…

O que sairá daqui? Impossível dizê-lo. É um advento ou um estertor futuro? Deus dirá. Sem dúvida, há muito da luta de interesses e ambições às vezes pessoais que por razões geopolíticas ou históricas surgem no panorama mundial. Mas Deus se vale repetidamente dos quem buscam sua própria glória ou poder para realizar os seus desígnios.

Dizem alguns homens expertos na política e essas coisas que o que Trump iniciou nos EUA não se poderá deter, é um ressurgimento da América profunda que quer ser decente, viver do seu trabalho e respeitar a ordem natural e os bons costumes. Deus queira, haverá que ver.

Enfim, para entender o Tio Donald, o único que se pode fazer é esperar, observar e constatar. O que faz, o que não faz, o que produz sem querer ou voluntariamente. E como repercute no resto do mundo, em especial no futuro da Rússia, país eleito pela Virgem.

Ah! Já me olvidava. O texto citado acima é de um tal Julio Meinvielle, padre paroquial. Está em um folheto amarelado que guardo em minha biblioteca e forma parte de um ensaio sobre “O Estado Atual da Revolução Mundial ”. Caso sirva a informação.

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Fonte:
'Panorama Católico Internacional', disp. em:
http://panoramacatolico.info/articulo/para-entender-al-tio-donald
Acesso 15/11/016

7 comentários:

  1. Deus ajude que o "Tio Donald" faça um bom governo, que consiga mobilizar a sociedade americana, e por tabela o mundo, para a retomada dos grandes valores que sempre foram a base da nossa civilização judaico-cristão ocidental, que há tempos vem sofrendo os mais perversos e rasteiros ataques... se ele fizer um bom governo, e rogo para isso, talvez consiga reverter a maré vermelha e islâmica que ameaça tudo aquilo que é mais precioso na vida, a liberdade religiosa, a devoção e o legado humanístico e ético do cristianismo... quem viver verá!

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  2. Ao menos uma 'boa' notícia nos últimos meses.

    Gostaria de ver um post a neste blog que tanto me inspira e me ensina sobre a declaração infeliz de nosso Santo Padre quando compara os comunistas a nós.

    Fraterno abraço,
    Thiago

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    1. enfim depois de tantos papa reacionários, um Papa que olha com os olhos do Cristo. Thiago sua atitude conservadora e abominável. Vá se juntar a opus dei seu fascista. Viva o comunismo, viva o nosso Papa Vermelho!!!

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    2. Queria que fosse mentira, mas realmente temos um papa que acha que um CANDIDATO (na época) à presidência dos EUA que queria construir um muro na fronteira com o México não é cristão (e olhe que eu não sou a favor, só não acho que alguém deixe de ser cristão por causa disso), mas não faz nenhuma crítica, simplesmente NENHUMA, às milhares de mortes no muro do Paredón de Cuba por um DITADOR anticristão que governou a ilha por mais tempo do que Trump jamais governará os EUA, nem aos seus pares fascistóides na Venezuela, incluindo o atual Maduro, para com o qual Francisco pediu "diálogo". E a Igreja, onde é que fica? Pedindo perdão para as seitas neopentecostais de Macedo e Malafaia???
      Agora, no dia em que o nosso pontífice, pelo qual rezo bastante, disser que o bilionário globalista George Soros não é cristão, me comprometo a pagar a mesma quantia que o último gastou para "criar uma massa crítica de bispos alinhados ao Papa". Que o Bom Deus nos ajude!
      https://fratresinunum.com/2016/08/24/as-30-moedas-dos-judas-hodiernos/

      https://fratresinunum.com/2015/07/10/o-manifesto-comunista-da-patria-grande-latino-americana/.

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    3. Papas reacionários?, desde São Pedro?. os outros papas nunca prestaram?, um Papa que olha com os olhos do Cristo?, porque: os outros não olhavam?, porque não compactuavam com dirigentes comunistas?, que mais prejudicaram os povos que ajudaram?.

      Sidnei

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  3. Sou evangélico mas gosto e respeito muito a igreja católica. Realmente, há que esperar para ver como será o governo de Trump. Mas me preocupa as atitudes do Papa Francisco, se aliando ao pensamento de quem odeia cristãos.

    Que Deus abençoe a todos!

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  4. Nunca vi tantos fanáticos mundo afora bravejar por causa de um homem politicamente incorreto kkk e que não teve medo de enfrentar toda uma mídia americana esquerdista ( sim esquerda em pleno EUA!), de jogar na cara de uma defensora do aborto e do famigerado casamento gay dona Hillary Clinton, que ela era hipócrita e corrupta e de enfrentar de cabeça erguida as " celebridades " degradantes tais como Madonna, Lady gaga e Beyoncé. Acho eu que ventos de boas noticias estão vindos por ai. Salve Maria imaculada salve!

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