Celibato deixaria de ser exigido em regiões com escassez de padres, como a Amazônia?
A pedido do cardeal brasileiro dom Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, o papa Francisco autorizou o debate em torno da possibilidade de se ordenar homens casados para o sacerdócio, ao menos em regiões remotas e com escassez de padres, como por exemplo a região amazônica.
A informação, ainda não confirmada pelo Vaticano, foi publicada pelo jornal italiano Il Mensaggero.
A proposta, defendida por Hummes –, modernista conhecido como um grande apoiador de Lula e do Partido dos Trabalhadores, hoje presidente da Comissão Episcopal da Amazônia da CNBB –, é a de que homens atuantes em suas comunidades possam assumir a direção de uma paróquia e administrar os Sacramentos, sendo liberados do celibato.
A opção é chamada no meio católico como viri probati (homens provados) e o tema polêmico provavelmente estará na pauta do recém anunciado Sínodo Pan-Amazônico, convocado para 2019, que deve reunir bispos dos países da região amazônica. A notícia do Il Mensaggero confirma a tendência revelada pelo próprio Francisco em março desse ano, quando disse em entrevista ao jornal alemão Die Zeit que era preciso “refletir se os viri probati são uma possibilidade”.
Na ocasião, o papa justificou que “a Igreja precisa sempre reconhecer o momento certo em que o Espírito Santo pede algo”. Apesar disso, o Pontífice também afirmou que tornar o celibato opcional “não é uma solução”, mas a questão da falta de padres deve ser afrontada “sem medo”. Em 2014, dom Erwin Kräutler, bispo emérito da Prelazia do Xingu, no Pará, disse que havia conversado em privado com Francisco sobre a ordenação dos viri probati, e que o papa lhe teria dito que as conferências episcopais deveriam fazer propostas concretas a esse respeito.
Na Prelazia do Xingu, que tem 354 mil km² – quase o tamanho da Alemanha – e 700 mil fiéis distribuídos em 800 comunidades, há apenas 27 sacerdotes. No Brasil há mais de 70 mil comunidades que, por falta de padres, não têm Missa todos os domingos.
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Fonte:
'Papa Francisco autoriza debate sobre possibilidade de homens casados virarem padres', disp. em:
http://www.semprefamilia.com.br/papa-francisco-autoriza-debate-sobre-possibilidade-de-homens-casados-virarem-padres/
Acesso 3/11/2017
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Eu lembro de ter lido sobre isso muitos meses atras. Falava-se que o proximo passo nessa "agenda" que se desenvolve no atualmente seria justamente atacar o celibato iniciando-se por este debate sobre a Amazonia. Pergunto-me se aqueles rumores sobre uma especie de "catedral" ecumenica se confirmarao tambem.
ResponderExcluirMe desculpem a todos, mas para mim, ordenar homens casados não será tão ruim para a Igreja do que ter liberado, mesmo que de modo discreto, a comunhão para os casai em segunda união como está no Amoris Laetitia.
ResponderExcluirOs defensores do Amoris Laetitia, que dizem que o Papa não mudou nada, podem argumentar o que quiseres, porque para mim e um monte de gente, o Papa Francisco liberou sim, a comunhão aos casais em segunda união, de modo discreto, mas liberou, e pior ainda, não só aos casais em segunda união, como a todos os demais casais que estão em situação irregular, o que rebaixa de modo irrelevante, todos os demais sacramentos, pois se para comungar não há mais necessidade de se estar regularizado matrimonialmente então para que eu preciso buscar o sacramento da penitência para daí me aproximar da mesa da eucaristia?.
E com relação a ordenação de homens casados ao sacerdócio isto como já escrevi acima, é um mau bem menor diante da autorizção via Amoris Laetitia a comunhão aos casais em segunda união, pois a ordenação de homens que aderiram ao celibato não é dogma da Igreja, apenas norma eclesiástica que o Papa pode modificar quando quiser e quando houve necessidade.
Esta é minha opinião e respeito todas as opiniões contrárias a minha.
Obrigado.
Sidnei
Quanto ao celibato é verdade, não se trata de dogma. Mas confiemos na inspiração do Espirito Santo pois Ele não abandonará a igreja. Em relação a comunhão a pessoas amaziadas eu nunca vi quem vive dessa forma comungarem, pelo contrario, eu sou ministro extraordinário da sagrada comunhão e até o momento nenhuma autoridade da igreja me disse que tais pessoas poderiam comungar.
ResponderExcluirEmerson, procure na internet conferencias episcopais como a das Filipinas que liberaram a comunhão aos casais em segunda união, mediante aos entendimento que eles tiveram do Amoris Laetitia que esta história não é nada inventada, mas, que já tem gente dentro da Igreja querendo liberar geral, isto tem, pode não ser na sua diocese, mas em outras partes do mundo e até mesmo aqui no Brasil, já esta cheio de casos assim, é só da uma procurada na internet que vai encontrar vários casos iguais ou semelhantes.
ExcluirSidnei
Já precenciei este fato aqui na minha paróquia, uma ministra da Eucaristia que faz preparação da primeira comunhão de adultos disse a minha sogra, mesmo sendo divorciada, se ela fizesse a primeira comunhão ela poderia comungar, minha esposa aconselhou a ela não fazer isso, que a Santa Igreja não ensina assim, de fato já está acontecendo sim.
ResponderExcluirRezemos meu povo, e peçamos a misericórdia de Deus. Que Ele abençõe a Santa Igreja e livre as autoridades eclesiais de todo erro.
ResponderExcluirA ordenação, na Igreja latina, de homens casados como resposta à falta de vocações é a prova de que certos bispos fazem questão de fechar os olhos para as causas reais da crise vocacional. A par disso, não duvido de que também será uma porta para a reabilitação de centenas de sacerdotes que trocaram sem pestanejar o sacerdócio pelo matrimônio...
ResponderExcluirOnde e enquanto a "Igreja" ("dentro" da Igreja) preferir pregar o evangelho de Marx et caterva, haverá escassez de vocações... Os institutos verdadeiramente católicos não têm falta de vocações... Essa gente que busca soluções fáceis nem acredita na Graça nem crê com fé católica. Não tenho dúvida que daí que provém a esterilidade de vocações. Onde esse pessoal semeia, escasseiam até as santas vocações matrimoniais.
ResponderExcluirEu tenho um filho de 7 anos, e ele se expressa a mim e a minha esposa dizendo que quer ser padre, inclusive ele tem até paramentos de padre e brinca de celebrar a missa, eu rezo muito para que isso aconteca, mas de fato eu percebo que realmente não se faz muita coisa na igreja para que essas vocações possam aflorar com toda a força e muitas vezes a cultura do mundo tira a inocência do coração desses meninos e eles acabam por desistir. É claro que tem que ter vocação, mas muitas vezes ela é abafada.
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