Desde que o mundo é mundo, sempre teve bebida alcoólica em quermesses e outros encontros, e isso nunca foi motivo de grandes problemas, ao menos na maioria dos lugares. Fiquei abismado quando, recentemente, fui à festa junina da paróquia principal da cidade onde resido e vi que não tinha para vender sequer o tradicional vinho quente – que nem sequer é alcoólico. Pior ainda, numa cidade fria, no mês mais frio do ano, essa bebida típica faz falta, e muito. A festa fica até descaracterizada, meio sem graça.
Sobre bebidas alcoólicas em festas paroquiais – o zelo episcopal desfocado?
TEMOS HOJE MUITAS questões e problemas realmente sérios para resolver na Igreja, nesta nossa época de tantos escândalos envolvendo o clero, laxismo generalizado e a perda quase completa da moral católica em nossa sociedade. E vêm agora os nossos bispos com essa grande preocupação com um problema que é, no mínimo, secundário. Refiro-me à proibição radical de bebidas alcoólicas em festas de paróquias católicas.
Desde que o mundo é mundo, sempre teve bebida alcoólica em quermesses e outros encontros, e isso nunca foi motivo de grandes problemas, ao menos na maioria dos lugares. Fiquei abismado quando, recentemente, fui à festa junina da paróquia principal da cidade onde resido e vi que não tinha para vender sequer o tradicional vinho quente – que nem sequer é alcoólico. Pior ainda, numa cidade fria, no mês mais frio do ano, essa bebida típica faz falta, e muito. A festa fica até descaracterizada, meio sem graça.
Desde que o mundo é mundo, sempre teve bebida alcoólica em quermesses e outros encontros, e isso nunca foi motivo de grandes problemas, ao menos na maioria dos lugares. Fiquei abismado quando, recentemente, fui à festa junina da paróquia principal da cidade onde resido e vi que não tinha para vender sequer o tradicional vinho quente – que nem sequer é alcoólico. Pior ainda, numa cidade fria, no mês mais frio do ano, essa bebida típica faz falta, e muito. A festa fica até descaracterizada, meio sem graça.
Ora, o vinho quente e o quentão (no Sul, chama-se quentão à bebida feita com vinho; em São Paulo, o quentão é feito com aguardente) são parte de uma tradição que não deveria ser eliminada em nome de um puritanismo sem sentido. Tanto o vinho quanto a cachaça, nessas receitas tradicionais, são fervidas e perdem todo o seu teor alcoólico, ficando só o sabor característico. Qualquer pessoa pode tomar litros de vinho quente ou quentão e não vai se embriagar, de jeito nenhum.
Penso que alguns andam querendo ser (mas somente em questões secundárias como essa), mais "cristãos" que os Apóstolos e o próprio Cristo, que não só tomavam vinho como também Nosso Senhor quis instituir o maior dos seus Sacramentos exatamente sobre essa bebida – alcoólica, sim, senhor. E aos que sugerem que o vinho daquela época não era alcoólico e outras bobagens desse tipo, como já ouvi, saibam que estão redondamente enganados, não só porque amostras arqueológicas do vinho daquele tempo e daquela região o comprovam, como também pelos próprio Texto bíblico. No Pentecostes, por exemplo, diante da manifestação do Espírito Santo, diziam os escarnecedores que os Apóstolos agitavam-se e falavam em línguas que desconheciam porque estavam "embriagados de vinho" (At 2,13) [saiba mais]. Ora ninguém fica embriagado se a bebida não for alcoólica, certo?
Para evitar constrangimentos e episódios desagradáveis em festas promovidas pela Igreja, penso que teríamos muitos meios de os evitar, sem ter que tomar essa via negativa radical, da simples proibição. Limitar o consumo, por exemplo, ou então limitar a própria espécie de bebida a ser vendida: insisto uma vez mais que o quentão e o vinho quente, que nem sequer possuem teor alcoólico, poderiam ser tranquilamente liberados. Quanto aos outros tipos de bebidas, especialmente as mais fortes, claro, nos lugares onde realmente existam problemas envolvendo pessoas que não sabem consumi-las e criam confusão, aí sim, caberia a proibição. Nunca essa generalização sem sentido.
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Fortaleza e valentia neurótica
ALGUNS CONFUNDEM a santa virtude da fortaleza com a mera valentia humana, que se define como uma mescla de vanglória e soberba com audácia imprudente, falta de temor, presunção, arrogância.
Resumindo, a valentia é uma espécie de perigoso orgulho: uma vez que a alma se perde nele, é muito difícil livrar-se depois. Isso porque, além de cometer o pecado, ainda imagina que está progredindo numa virtude muito digna. Trata-se portanto, de uma traiçoeira armadilha. Ocorre que por trás de todo bravateador –, de todo valentão –, está o que alguns escolásticos chamatam “pusillo animo”, ou seja, o espírito pusilânime, que no fundo é fraco e tenta disfarçar a própria covardia escondendo-se por detrás de bravatas. Tais criaturinhas imaginam-se verdadeiros heróis a defenderem o bem, a verdade, a justiça e a religião, mas no fundo são soberbos, orgulhos, preguiçosos... tolos.
Nestes nossos tempos digitais, deparamo-nos com a irritante figura do “perfeito de internet”. Trata-se de uma raça particularmente curiosa, ao mesmo tempo em que é patética: em sua interação nas redes sociais, nos blogs, nos chats, tais pessoas portam-se como seres virtuosíssimos, os eternos defensores da verdade e da ortodoxia da fé; capricham num pomposo palavrório “cristão”, julgam com máxima severidade os deslizes alheios, impõem-se como os guardiões inatacáveis da virtude e da santidade, gostam de aplicar um grande peso às costas do seu próximo... Será que suportam carregar, eles mesmos, tal peso?
Com grande acuidade, como sempre, Sto. Tomás de Aquino afirmava que a virtude da fortaleza tem dois movimentos principais: atacar moderadamente (moderate aggredi) e resistir (sustinere)[1]. Ao contrário do valentão, que tem por hábito perder-se em confusões e contendas, rixas e debates totalmente infrutíferos, praticados à base de insultos e maledicência, que não tem outra finalidade a não ser a promoção do próprio ego, a pessoa forte não gasta suas energias com disputas tolas a respeito de temas pequenos e secundários, nem tenta paranoicamente adivinhar as intenções alheias.
Ele vislumbra com clareza as circunstâncias em que é preciso agir, atacando com prudência e mansidão os obstáculos ao bem, que ele sempre visa nas suas ações, e resistindo ou combatendo os males com os quais se depara.
Por proceder assim, o forte vence o medo e, ao mesmo tempo, modera a sua própria audácia, matando em si mesmo o orgulho e a vã soberba humana: a coragem autêntica é prudente, bem equilibrada, não dispensa a razão e a moderação; a falsa coragem é impetuosa e imprudente, quer destruir seus adversários (muitas vezes imaginários) a qualquer custo, com objetivo de impor-se como o grande herói, em busca de admiração e de aplausos.
Aí está o critério seguro para quem queira reconhecer a crucial diferença entre uma pessoa corajosa e um fanfarrão, entre o forte e fraco. Em síntese, os fortes são valorosos, incansáveis e destemidos na defesa daqueles bens inegociáveis tão bem expostos por Bento XVI (conf. visto na revista O FIEL CATÓLICO #16), e falam e agem sempre com prudência; já os fracos são intrépidos na defesa dos seus egos cada vez mais hipertrofiados, por conta dos debates ilusórios que eles imaginam “vencer”. A precipitação, um vício decorrente da imprudência, é como um labirinto do qual esses pobres-diabos
São diversas as atitudes que requerem verdadeira coragem: partir para a luta e enfrentar a batalha com destemor é uma delas; ainda maior, porém, é a coragem daquele que, sendo grande, faz-se pequeno e o mais humilde entre todos não conseguem sair, o que faz deles verdadeiros “profissionais” da murmuração, da calúnia, das falácias travestidas de sabedoria e da desonestidade disfarçada de boa intenção.
Nesse contexto, citamos Josef Pieper num dos seus escritos sobre as virtudes cardeais:
Se o amor é perverso, o temor também o será. Ora, não há amor mais perverso que o da vanglória, filha da soberba; não há medo mais medíocre que o de não receber os aplausos do mundo.
Observe-se aonde leva a falta da virtude da fortaleza: à degradação do caráter. Vale dizer, ainda, que a ambição, vício oposto à fortaleza por excesso, é um tipo de avareza espiritual, nas palavras do Dr. Martín Echavarría[2], porque as honrarias não devem buscar-se por si mesmas. Para desgraça do fraco, é justamente neste terreno pantanoso que ele se afoga; em brigas nas quais se mete, este frenético ser ambiciona sempre o reconhecimento de alguma plateia. A ambição é diametralmente oposta à magnanimidade, virtude considerada por Sto. Tomás como uma das partes potenciais da fortaleza[3].
Esquadrinhemos, então: a pessoa forte tem o ânimo magno, volta-se às coisas grandiosas de maneira ordenada; a pessoa fraca padece com pequenez de ânimo, ainda quando esta sua fraqueza se manifesta sob o disfarce cínico da impertinência.
A falsa valentia é o retrato fiel do mentiroso no ato de enganar-se a si mesmo e, muitas vezes, nesta arte ele é mestre. Mestre de um triste espetáculo, para si e para todos...
***Adaptado do artigo de Sidney Silveira, 'A Valentia Neurótica', para a página ‘Contra Impugnantes’,
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1. Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, II-II, q. 123.
1. Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, II-II, q. 123.
2. Martín Echavarría, Los vicios opuestos a la fortaleza según Tomás de Aquino.
3. Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, II-II, q. 129.
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Idealização, o mal do Rei de Chipre e a ausência de frutos
Por Igor Andrade – Fraternidade São Próspero
A PARTIR DA MODERNIDADE, os católicos padecem de um certo mal psicológico (provavelmente efeito de outro mal chamado Cultura Francesa): o idealismo.
Idealizam o mundo perfeito, a santidade reservada a poucos (a heróica ou extraordinária), idealizam os Sacramentos, idealizam a moral; em suma, idealizam tudo que não deve ser idealizado.
Uma coisa é idealizar uma tradição, um povo ou uma cultura (um 'quê' universal) na qual o sujeito está inserido – isso e até necessário para se fazer guerra contra os opressores de uma nação – mas outra, completamente diferente, é idealizar algo subjetivo, isto é, algo relativo às contingências do indivíduo que age.
No Brasil, provavelmente por causa dos Filhos da Serpente “Libertadora”, a Igreja sofre muito com essa postura, sobretudo vinda de certos grupos ditos “tradicionais”.
Este mal de idealização é mais visível nas relações entre pessoas – principalmente quando o assunto é o sacramento do matrimônio. Diz-se que “a mulher deve agir assim e assado”, “deve usar tais e quais roupas”, “não pode trabalhar fora de casa” e outras coisas. Diz-se que o homem católico “deve fazer isso e aquilo”, “deve pensar em tais e quais coisas”, “não pode ter tais e tais pensamentos e/ou desejos”, e assim por diante.
Essa postura é compreensível em nossa geração. Ideologia de gênero, feminismo, viadagem, mau exemplo de clérigos e religiosos, etc.
Porém, não se deve responder a um extremo com outro. Aristóteles bem disse que “a virtude está no meio” – o homem inculto conhece tal verdade por outras palavras: “Nem tanto ao mar, nem tanto à terra”.
A postura citada é idealizadora porque as roupas e certas condutas são relativas ao homem, ao meio e ao momento. Uma vez ouvi falar de integrantes de um grupo ensinando que os rapazes não podem entrar na piscina sem camisa nem trocar de roupa na frente de outros rapazes, porque tal seria “imodesto”; também já ouvi moças falando que uma “donzela” católica não deve banhar-se nua porque também seria imodesto. Dezenas de vezes vi afirmações de que as mulheres não podem trabalhar fora de casa. Essas afirmações são absurdas e geram, paradoxalmente, o extremo oposto: a licenciosidade.
Responde-se tais desproporções com outra desproporção: “Mas Santa Zélia trabalhava fora de casa e São Luis a apoiava”. Sim, e por isso, uma empregada batia numa das filhas, fazendo com que a menina desenvolvesse sérios problemas de falta de educação. Não sou eu quem o afirma, são os biógrafos da família Martin.
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, não precisamos dessas idealizações, apenas precisamos da Fé, da Graça e de ser boas pessoas – o máximo que der.
* * *
Um dos principais problemas que tal idealização gera é o mal do Rei de Chipre, Pigmalião.
Reza a lenda que Pigmalião era rei de Chipre e um talentoso escultor, mas padecia de um problema: idealizava muito as mulheres e não enxergava nelas nada além de falsidade e sensualidade. Então fez para si uma estátua da mulher ideal, a perfeita mulher que não existe. Voltou as costas para as mulheres reais e se apaixonou pela estátua. Dava-lhe presentes e dormia com ela.
Isto ocorre ainda hoje com os idealizadores. Não com estátuas, mas com bebedeiras, prostitutas, bonecas, pornografia e outras aberrações criadas pelo homem em conluio com o Diabo. A idealização gera a decepção e a decepção gera o vício. O vício gera o mal exemplo do católico fariseu, que dedica sua vida a criticar os outros ao invés de fazer o bem.
A postura farisaica implica necessariamente na ausência de frutos. O problema é que Nosso Senhor disse que “o ramo que não der frutos será cortado e lançado ao fogo”. – Além do problema espiritual está o problema social, porque ninguém quer perto de si um chato que nada faz além de cagar regra para os outros.
É evidente que se deve buscar uma vida virtuosa – tanto os homens quanto as mulheres –, mas não devemos ditar aos outros outras regras que não as da Igreja e as do bom-senso.
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Fato: as maiores inteligências e os mais brilhantes cientistas do mundo creem em Deus
Publicado na revista O FIEL CATÓLICO #20
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AOS QUE CREEM, sempre pareceu evidente que o ateísmo embrutece. Todavia, os renegadores da Realidade que é Deus nunca esconderam a sua grande satisfação em se ufanar, proclamando aos quatro ventos que as pessoas mais cultas são ateias ou que aqueles que acreditam em Deus são ignorantes ou supersticiosos. Na imaginação deles, a ciência humana provaria, de um modo ou de outro, que não há Deus.
Trata-se de uma espécie de lenda urbana, um boato tão persistente quanto absurdo, que encontramos mesmo nos lábios dos ateus mais cultos e supostamente respeitosos. Desde o ano 2014, entretanto, está disponível o catálogo de pessoas com o mais alto coeficiente de inteligência já verificado em todo o mundo. E basta olhar os dez primeiros colocados para constatar que a verdade é o exato oposto do que imaginam os ateus tidos como muito inteligentes e racionais. Foi publicada pelo científico Examiner a lista das dez pessoas com maior Q.I. do planeta, e nela encontramos gente das mais diversas procedências, graus de estudo formal e idade. O único ponto que todas têm em comum é que todas acreditam em Deus e, ainda que não necessariamente professem a mesma religião, a maioria é de confissão cristã[1].
Resumindo, é fato científico empiricamente comprovado que as inteligências mais brilhantes não recusam a existência de uma Inteligência criadora e provedora, como fazem os ateus militantes.
Andrew Magdy Kamal – mora em Michigan, EUA. É o detentor do maior QI já registrado até hoje: obteve uma impressionante pontuação de 231.734(!), no teste realizado em 2013. Ele é um eleitor conservador e foi, ainda antes dos seus 17 anos de idade, o fundador do Grupo "Messianic Orthodox" de cristãos coptas. Kamal espera usar seus talentos e inteligência para divulgar o Evangelho.
Abdessellam Jelloul – é o segundo QI mais alto em termos absolutos, obteve o altíssimo grau 198. O teste a que ele foi submetido não é o tradicional, mas um exame bem mais abrangente, denominado Advanced, que não se atém ao raciocínio lógico mas incluiu as 13 dimensões da inteligência humana (analítica, espacial, lógica, de memória, musical, linguística, filosófica, moral, espiritual, interpessoal, intra-pessoal, corporal e naturalista). Ao contrário dos testes tradicionais, o de QI Avançado inclui medidas que outras análises não podem avaliar. O Sr. Jelloul, questionado sobre suas crenças, graciosamente respondeu: “Eu acredito em Deus, Arquiteto Supremo do Universo”.
Christopher Michael Langan – tem um QI verificado de pelo menos 195 (pontuação variável entre 195 e 210). Após habilitar-se com nota máxima em todas as disciplinas para a Universidade Estadual de Montana, abandonou a instituição ao simplesmente concluir que seus professores não estavam qualificados para ensinar-lhe mais nada. Langan indicou em seus escritos que crê em Deus. Para a obra do célebre pesquisador norte-americano William Dembski, “Uncommon Dissent”, ele declarou: “(...)Uma vez que os relatos bíblicos da gênese de nosso mundo e espécies são verdadeiras, apesar de metafóricas, nossa tarefa é decifrar corretamente a metáfora à luz das evidências científicas que também nos são dadas por Deus”.
* * *
A polêmica entre fé e ciência ou entre fé e razão revela-se totalmente superficial. Fé e a razão devem caminhar juntas, complementando-se; de fato, uma só tem a ganhar com a outra. É isto, também, que o engenheiro mexicano Jesús Hernández quis provar com seu estudo[2]. Sua pesquisa foi rigorosamente produzida sobre destacados cientistas, a partir do século IX. Seu estudo está centrado nas ciências exatas (física, química, astronomia, matemática), não incluindo os grandes humanistas (história, filosofia, letras, psicologia), ainda que sejam igualmente cientistas.
Hernández também fez questão de não incluir na lista os cientistas considerados crentes, mas dos quais não se encontrou constância na fé. Portanto, a lista real de gênios da ciência que creem em Deus é bem mais extensa.
Por incrível que possa parecer, estatisticamente os grandes cientistas ateus são minoria. Além dos grandes gênios das ciências crentes em Deus como Newton, Galileu, Kepler, Pasteur, Boyle, Lavoisier, Leibnitz e tantos outros, temos expoentes atuais como Francis S. Collins, diretor do Projeto Genoma, um ex-ateu que se converteu cristão justamente conforme aprofundava seus conhecimentos da Genética.
O resultado da lista de Hernández1 é o seguinte: entre os 208 mais destacados expoentes da ciência na História recente, temos 91 católicos; 96 cristãos de outras confissões; 13 muçulmanos e 8 judeus, sendo 42 ingleses, 35 espanhóis, 28 norte-americanos, 21 alemães, 16 italianos, 14 franceses, 8 escoceses, 4 austríacos, 3 persas, 3 mexicanos, 3 poloneses, 3 dinamarqueses, 3 suíços, 3 irlandeses, 2 portugueses, 2 argentinos, 2 paquistaneses, 2 húngaros, 1 japonês, 1 hindu, 1 sueco, 2 croatas, 1 sérvio, 1 venezuelano, 1 belga, 1 ucraniano, 1 turco, 1 boliviano, 1 canadense, 1 holandês e 1 sul-africano.
Todos eles receberam reconhecimentos das mais prestigiadas academias científicas (Prêmio Nobel, Templeton, Copley e outros).
O autor da pesquisa teve a ideia de elaborar sua lista a partir do seu convívio, durante a infância, com o seu seu avô, Eugenio Roldán Parrodi, um físico, químico e católico convicto.
Anos depois, universitário, uma conhecida ateia, perguntou-me como eu, estudante de engenharia mecânica, uma pessoa racional, de pensamento técnico e científico, podia ‘conciliar isso’ com a fé católica, da qual me confessava diante dela como fiel seguidor. ‘Como você pode estudar temas de mecânica, química, matemática, e ao mesmo tempo acreditar na aparição de Nossa Senhora de Guadalupe?’, dizia-me ela. E minha resposta foi muito simples: ‘As ciências precisamente me aproximaram de Deus. Quanto à Nossa Senhora de Guadalupe, estudando-a à luz das ciências de história, teologia e física, encontrei provas da sua aparição e mensagem’.
Será a ciência um obstáculo para a fé em Deus? Não. A pesquisa histórica honesta demonstra e comprova que um cientista pode ser tão brilhante em um laboratório como devoto na Igreja.
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1. A lista completa pode ser vista em: http://luxdomini.net/_ap/contenido1/cientificos_index.htm
2. ORDOVÁS, Javier. 208 famosos cientistas modernos que acreditaram em Deus, Aleteia, disp. em:
https://pt.aleteia.org/2014/06/02/208-famosos-cientistas-modernos-que-acreditaram-em-deus
• Com informações do portal Super Brain.Org.
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Acusações de ateus,
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Manual da vida - 2
NA PRIMEIRA PARTE desta série tratamos sobre a importância do poder de abstração para todo sincero buscador de Deus e da Verdade – e quem busca a Verdade, realmente está a buscar por Deus.
Essa é uma questão muito importante porque a inteligência humana simplesmente não é capaz de abarcar a lógica divina, e por isso diz o Apóstolo que a inteligência dos homens é loucura para Deus (1Cor 3,19), e que a Sabedoria que vem do Espírito de Deus é loucura para os homens, pois eles não são capazes de entendê-las – "porque ela só pode ser discernida espiritualmente" (1Cor 2,14).
Um exemplo prático e bastante simples é o dos ateus que costumam fazer piadas com relação à fé cristã no Amor de Deus pelos seres humanos, quando há tanto sofrimento no mundo. São hábeis em citar casos de injustiças e sofrimentos escabrosos; mostram-nos fotos de guerras e grandes morticínios e berram: "Se Deus nos ama, porque permite tal coisa?".
Ora, mas ao que crê com fé realmente sólida, tais coisas não podem abalar minimamente, por um motivo bastante óbvio: ele crê no eterno e no que está além desta vida. Massacres e mortes em massa só escandalizam os ateus por uma única e exclusiva razão: eles não têm fé no transcendente. Se tivessem, entenderiam que a morte e a finitude pode ser uma benção, já que morrer pode ser o nascer para uma nova vida, eterna e muitíssimo mais feliz do que a que vivemos aqui e agora.
Claro que para o materialista, que cultiva carinhosamente a sua fé irracional em uma seita que afirma – veementemente – que tudo o que existe é o mundo natural, e que toda vida se limita à passagem por este mesmo mundo, morrer é quase sempre o pior mal que se possa conceber. Mas para os que partem de uma visão transcendente das coisas, isso não é problema, muito pelo contrário! Não é fato que Santa Teresinha, ainda criança, desejava abertamente a morte da própria mãe, porque possuía a mais perfeita fé de que esta ganharia o Céu? Em seus escritos, diz sua mãe, Zélia Martin, que a menina lhe confessava: "´Como eu gostaria que morresses, minha pobre mãezinha!´... Censuram-na e ela responde: ´Mas é para ires para o Céu! Não precisamos morrer para ir para lá?´. E em seus excessos de amor, deseja também a morte de seu pai”[1].
Sim. A sabedoria do Alto é loucura para o mundo.
Mas a fé isolada da razão também pode não ser coisa saudável. Porque o homem, enquanto ser racional, norteia-se desde sempre pela razão; é esta, exatamente, que nos separa e diferencia dos animais. Isso quer dizer que não é possível ao homem viver, ao menos não de modo equilibrado e saudável, baseado somente na fé. Esta precisa estar em harmonia com a sua razão, em algum nível.
O ser humano raciocina. E foi por meio do raciocínio que percebeu que é impossível chegar às verdades mais elevadas por conta própria, mas apenas com o auxílio de uma autoridade maior do que ele, anterior a ele próprio. O que significa isso? Que a fé, sem a razão, pode se tornar cega, manca, fechada em si, intolerante; e que a razão, sem abertura à transcendência, não tem sentido, é autolimitante.
O cristianismo acolhe a fé, dando lugar à descoberta do “Deus que é Razão criadora e ao mesmo tempo Razão-amor”[2]. Há uma relação, uma ligação, uma associação e uma união entre Razão, Verdade e Bem, que não pode ser desfeita. "A razão, sem a fé, enlouquece", como disse um dia o padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr.
Bento XVI insistiu, com grande ênfase em muitos de seus pronunciamentos oficiais, quanto à relação entre a fé e a razão, tentando desesperadamente demonstrar, a um mundo que caminha a passos cada vez mais largos para o abismo do materialismo, que ambas são compatíveis e, muito além disso, como são necessárias uma à outra:
Na sociedade contemporânea vemos abundantes ações que são frutos de estratégias pensadas para quebrar essa união inextricável dos dois modos de conhecimento da verdade, mas realmente não existe opção entre um caminho da razão ou um outro, antagônico, da fé. É impossível viver bem sem as duas, ainda que alguns absurdamente imaginem que seria preciso empreender esforços para conciliar fé e razão. Ao contrário, para tentar separar as duas é que seria preciso empreender esforços. Titânicos esforços.
De fato, alguém que pretenda buscar a verdade fazendo uso apenas e exclusivamente da fé, supondo que a razão seja coisa descartável, incorre em completa insensatez. Pois em algum ponto, cedo ou tarde, o homem termina raciocinando sobre a sua própria fé, e foi assim que surgiu o que denominamos Teologia – a fé em busca da sua própria razão.
Tentar seguir a direção oposta, seguindo apenas e exclusivamente a razão, rejeitando a fé como coisa inútil, também é um erro absurdo. Pois ninguém, absolutamente ninguém é capaz de saber tudo o que precisa saber apenas por meio da própria razão. Sempre será necessário a qualquer buscador de qualquer verdade aceitar uma autoridade externa – a autoridade de outra pessoa mais inteligente, mais experiente, mais capacitada ou mais aparatada, que portanto saiba mais do que esse buscador – que lhe diga qual é a verdade ou, pelo menos, que caminho tomar para chegar à essa verdade.
Todos aceitamos, em maior ou menor grau, certas verdades científicas, mas nós não fizemos pessoalmente as pesquisas e/ou experiências necessárias para saber se aquilo é mesmo fato. Aceitamos, porque precisamos, a autoridade de outra pessoa que pressupomos honesta. Também os "homens de ciência" aceitam tal regra de conduta entre si, o tempo todo. Eles não repetem todas as experiências o tempo todo, é claro, e a maior parte daquilo que têm como verdade não comprovaram por si. Eles, assim como todos nós, sempre têm que proceder e viver a partir de uma autoridade. Isso é fé, e também nas ciências é preciso que seja assim, ou então a própria ciência nunca avançaria.
Do mesmo modo, pela fé nós aceitamos que Deus nos ensine algo, como máxima Autoridade que pode existir. Posso conhecer uma verdade através da minha razão, por mim mesmo, e posso conhecer essa mesma verdade através da Autoridade de Deus, por meio da Igreja, na Revelação. Em qualquer caso, eu estaria conhecendo uma verdade, e não pode existir contradição entre aquilo que eu sou capaz de conhecer sobre determinado tema, por meio das minhas capacidades humanas, racionais, e o que Deus revela a respeito.
Verdadeiramente, por fim, ninguém poderá dar o fundamento necessário à razão humana se não for Deus. Assim é que a razão, sem a fé, torna-se sempre um grande disparate.
O que toda essa reflexão sobre fé e razão tem a ver com o poder de abstração, analisado no primeiro capítulo, é o que veremos a seguir.
Sim. A sabedoria do Alto é loucura para o mundo.
Mas a fé isolada da razão também pode não ser coisa saudável. Porque o homem, enquanto ser racional, norteia-se desde sempre pela razão; é esta, exatamente, que nos separa e diferencia dos animais. Isso quer dizer que não é possível ao homem viver, ao menos não de modo equilibrado e saudável, baseado somente na fé. Esta precisa estar em harmonia com a sua razão, em algum nível.
O ser humano raciocina. E foi por meio do raciocínio que percebeu que é impossível chegar às verdades mais elevadas por conta própria, mas apenas com o auxílio de uma autoridade maior do que ele, anterior a ele próprio. O que significa isso? Que a fé, sem a razão, pode se tornar cega, manca, fechada em si, intolerante; e que a razão, sem abertura à transcendência, não tem sentido, é autolimitante.
O cristianismo acolhe a fé, dando lugar à descoberta do “Deus que é Razão criadora e ao mesmo tempo Razão-amor”[2]. Há uma relação, uma ligação, uma associação e uma união entre Razão, Verdade e Bem, que não pode ser desfeita. "A razão, sem a fé, enlouquece", como disse um dia o padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr.
Bento XVI insistiu, com grande ênfase em muitos de seus pronunciamentos oficiais, quanto à relação entre a fé e a razão, tentando desesperadamente demonstrar, a um mundo que caminha a passos cada vez mais largos para o abismo do materialismo, que ambas são compatíveis e, muito além disso, como são necessárias uma à outra:
A fé consolida, integra e ilumina o patrimônio da verdade que a razão humana adquire. A confiança que Sto. Tomás concede a estes dois instrumentos do conhecimento – a fé e a razão – pode ser reconduzida à convicção de que ambas derivam da única nascente de toda a verdade, o Logos divino que age tanto no âmbito da criação como no contexto da redenção.[3]
Na sociedade contemporânea vemos abundantes ações que são frutos de estratégias pensadas para quebrar essa união inextricável dos dois modos de conhecimento da verdade, mas realmente não existe opção entre um caminho da razão ou um outro, antagônico, da fé. É impossível viver bem sem as duas, ainda que alguns absurdamente imaginem que seria preciso empreender esforços para conciliar fé e razão. Ao contrário, para tentar separar as duas é que seria preciso empreender esforços. Titânicos esforços.
De fato, alguém que pretenda buscar a verdade fazendo uso apenas e exclusivamente da fé, supondo que a razão seja coisa descartável, incorre em completa insensatez. Pois em algum ponto, cedo ou tarde, o homem termina raciocinando sobre a sua própria fé, e foi assim que surgiu o que denominamos Teologia – a fé em busca da sua própria razão.
Tentar seguir a direção oposta, seguindo apenas e exclusivamente a razão, rejeitando a fé como coisa inútil, também é um erro absurdo. Pois ninguém, absolutamente ninguém é capaz de saber tudo o que precisa saber apenas por meio da própria razão. Sempre será necessário a qualquer buscador de qualquer verdade aceitar uma autoridade externa – a autoridade de outra pessoa mais inteligente, mais experiente, mais capacitada ou mais aparatada, que portanto saiba mais do que esse buscador – que lhe diga qual é a verdade ou, pelo menos, que caminho tomar para chegar à essa verdade.
Todos aceitamos, em maior ou menor grau, certas verdades científicas, mas nós não fizemos pessoalmente as pesquisas e/ou experiências necessárias para saber se aquilo é mesmo fato. Aceitamos, porque precisamos, a autoridade de outra pessoa que pressupomos honesta. Também os "homens de ciência" aceitam tal regra de conduta entre si, o tempo todo. Eles não repetem todas as experiências o tempo todo, é claro, e a maior parte daquilo que têm como verdade não comprovaram por si. Eles, assim como todos nós, sempre têm que proceder e viver a partir de uma autoridade. Isso é fé, e também nas ciências é preciso que seja assim, ou então a própria ciência nunca avançaria.
Do mesmo modo, pela fé nós aceitamos que Deus nos ensine algo, como máxima Autoridade que pode existir. Posso conhecer uma verdade através da minha razão, por mim mesmo, e posso conhecer essa mesma verdade através da Autoridade de Deus, por meio da Igreja, na Revelação. Em qualquer caso, eu estaria conhecendo uma verdade, e não pode existir contradição entre aquilo que eu sou capaz de conhecer sobre determinado tema, por meio das minhas capacidades humanas, racionais, e o que Deus revela a respeito.
Verdadeiramente, por fim, ninguém poderá dar o fundamento necessário à razão humana se não for Deus. Assim é que a razão, sem a fé, torna-se sempre um grande disparate.
O que toda essa reflexão sobre fé e razão tem a ver com o poder de abstração, analisado no primeiro capítulo, é o que veremos a seguir.
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1. História de uma alma, Manuscrito «A». Alençon (1873 – 1877), janeiro De 1895.
2. Discurso do Papa Bento XVI para o encontro na Universidade de Roma 'La Sapienza', prevista 17/1/2008 (anulado em 15/1/2008).
3. Audiência geral de S. S. o Papa Bento XVI. Praça de São Pedro, quarta-feira, 16 de junho de 2010.
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'Igreja Católica é golpista', diz o ditador comunista da Nicarágua
Bandeiras vermelhas e os adversários são 'golpistas'. Qualquer semelhança com o 'messias' da esquerda brasileira... |
DEPOIS DE LONGAS semanas de conflitos com a população que protesta nas ruas contra o seu governo –, durante os quais centenas de pessoas já foram mortas –, o ditador socialista da Nicarágua, Daniel Ortega, atacou a Igreja Católica, dizendo que todos aqueles que protestam contra ele “precisam ser exorcizados”.
“Somos obrigados a pedir aos bispos que se retifiquem e não alimentem essas seitas satânicas, golpistas, assassinas”, insistiu Ortega, em um discurso na última quinta (19/7/2018) logo após listar o nome dos 22 policiais nacionais mortos durante os protestos. Contudo, ele ignorou os 280 civis mortos, inclusive pessoas assassinadas dentro de igrejas sitiadas, e a família de um pastor protestante.
Silvio Báez, bispo auxiliar da capital Manágua, rebateu, afirmando em publicação no Twitter: “A Igreja não sofre por ser caluniada, agredida e perseguida. Sofre por quem foi assassinado, pelas famílias que choraram, pelos detidos injustamente e pelos que fogem da repressão”.
Todo ditador comunista gosta de falar em democracia e usar o rótulo "democrático" para se legitimar, mas a verdade é que onde há presos políticos não há democracia. Como é característico dos governos totalitaristas, o mandatário nicaraguense acusou os manifestantes que foram as ruas pedir novas eleições de serem pagos (qualquer semelhança com o que chegaram a dizer alguns durante os maiores protestos da história do Brasil, contra o PT) e denunciou “agências norte-americanas” (claro) por financiarem a oposição.
A Associação Nicaraguense de Direitos Humanos (Anpdh) referiu-se à intimidação contra as mães dos manifestantes detidos nas prisões de El Chipote, Manágua, que se tornaram locais de tortura, de acordo com a oposição. Enquanto isso, as manifestações contra Ortega continuaram no sábado e domingo em diversos municípios. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciou "assassinatos, execuções extrajudiciais, maus-tratos, tortura e detenções arbitrárias perpetradas contra a maioria da população jovem do país", acusações que o governo nicaraguense rejeita.
Os protestos contra Ortega e sua esposa, vice-presidente, Rosario Murillo, começaram em 18 de abril por causa do fracasso das reformas da segurança social, e tornaram-se um pedido de renúncia do Presidente, depois de onze anos no poder, com acusações de abusos e corrupção.
Presentes no ato público que comemorava os 39 anos da Revolução Sandinista os chanceleres da Venezuela, Jorge Arreaza, e o de Cuba, Bruno Rodríguez, acusaram também os EUA de serem os responsáveis pelos protestos. Por que será que não ficamos surpresos?
Arreaza chegou a oferecer ajuda armada: “Saiba, presidente Ortega, que, se o povo bolivariano, os revolucionários da Venezuela, tivéssemos de vir à Nicarágua defender a soberania e a independência, a ofertar nosso sangue pela Nicarágua, iríamos à montanha de Nova Segovia como [o líder guerrilheiro Augusto] Sandino”.
Ortega está no poder há 11 anos, liderando o partido Frente Sandinista de Libertação Nacional, de inspiração marxista. Após as constantes violações de direitos humanos em seu país, ele vinha perdendo apoio de antigos aliados internacionais. Durante o Foro de São Paulo, encontro que reúne partidos de esquerda latino-americanos, no início desta semana em Cuba, o nosso "Partido dos 'Trabalhadores'" (PT), declarou que continua apoiando Ortega.
Do mesmo modo como faz com a Venezuela, o PT, assim como o PC do B e outros aliados, são favoráveis às ações dos ditadores comunistas ao redor do mundo, e classifica os protestos contra Ortega de “contra-ofensiva neoliberal”. Nenhuma novidade: o agora presidiário Lula sempre favoreceu abertamente tais ditaduras, sem provocar com isso nenhum grande escândalo em nossa grande mídia (saiba mais).
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Nos EUA, doceiro cristão é processado por entidades LGBT, mas vence na Suprema Corte
Jack Phillips recusa-se a prestar serviço para festas contrárias à Fé e à moral cristã |
A SUPREMA CORTE dos Estados Unidos julgou em favor do confeiteiro cristão Jack Phillips, dono da confeitaria familiar "Masterpiece Cakeshop" em Lakewood, Denver, Estado do Colorado, que se recusou a fazer um bolo para o "casamento" de uma dupla homossexual, por motivos religiosos.
O caso despertou a ira de setores da mídia americana, como o "The Washington Post", e foi ecoada até por órgãos da mídia brasileira como o "O Estado de S.Paulo".
Os ministros do Supremo daquele país discordaram, por 7 votos contra 2, da Comissão de Direitos Civis do Colorado, que havia aceitado como válidas as queixas dos "LGBT" contra Jack Phillips. A Suprema Corte considerou que a Comissão mostrou hostilidade a uma religião, considerando que a ideologizada Comissão violou os direitos religiosos de Phillips, garantidos pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA.
A Comissão dizia que o confeiteiro violara a lei antidiscriminação do Colorado, que proíbe a qualquer um recusar serviços com base em raça, sexo, estado civil ou orientação sexual.
Jack Phillips recusa serviços para festas contrárias à Fé e à moral cristã, e este é um direito que lhe assiste
Os supremos magistrados, pelo contrário, concluíram que para o confeiteiro cristão "criar uma torta de casamento para um 'casal' do mesmo sexo seria o equivalente a participar de uma celebração contrária às suas crenças mais profundas".
Centenas de pessoas se congregaram em torno da confeitaria para comemorar a sensata decisão do Supremo, conforme noticiou a "Catholic News Agency". Phillips e sua família vêm recebendo ameaças e mensagens por e-mail e telefônicas impregnadas de ódio e crueldade, com graves ameaças de violência, mas em momento algum perderam a calma, acrescentou a mesma agência.
O processo com ar de represália vingativa contra o cristão foi recusado também por dois dos quatro juízes liberais do tribunal, Stephen Breyer e Elena Kagan. Esses concordaram com cinco colegas conservadores e com o relator, juiz Anthony Kennedy.
"A hostilidade da Comissão foi incoerente com a garantia da Primeira Emenda de que nossas leis serão aplicadas de uma forma que seja neutra para religiões", escreveu Kennedy.
Dos 50 Estados americanos, 21 têm leis antidiscriminação que protegem os LGBT, incluindo o Colorado. O caso em questão, porém, ultrapassou os limites do Colorado, e se tornou simbólico; poderá sortir profundos efeitos na polarizada sociedade americana atual.
Estão em jogo princípios, valores religiosos, fanatismo igualitário e ativismo LGBT, além da liberdade de expressão protegida pela Primeira Emenda da Constituição, que pareceu de nada valer para o humilde dono dessa pequena doceira.
Clientes parabenizam Jack pela coragem de afirmar seus valores perante uma sociedade cada vez mais cega pelas ideologias |
Phillips explicou que sua empresa não podia aceitar o pedido da dupla – que, aliás, soou a provocação e montagem, já que o pedido do bolo poderia ter sido encomendado a diversas outras empresas. Os advogados argumentaram que esse tipo de bolo representa a instituição do Matrimônio, que é sagrado para os cristãos e, além disso, na decisão do confeiteiro estava envolvida uma mensagem sobre o conceito cristão de família.
A decisão da Suprema Corte foi uma dos mais aguardados neste ano, escreveu "The Washington Post". Agitadores de movimentos homossexuais, é claro, mobilizaram-se e escarneciam dos sentimentos religiosos e das Sagradas Escrituras do lado externo do prédio da Corte, enquanto acontecia o julgamento.
O tema está no cerne do conflito cultural que opõe a crescente chamada direita religiosa aos agressivos grupos LGBT, sempre amplamente promovidos pela mídia e financiados pela anterior administração de Obama, além de poderosos grupos econômicos.
O maior jornal do establishment esquerdista de Washington tentava comemorar, com manchetes como: "A ideologia patriarcal, coração do cristianismo conservador, é cada vez mais rejeitada pela sociedade”, e ainda torce por alguma reviravolta processual ideologicamente manipulada.
Ao que tudo indica, entrentanto, ao menos nesse caso um grande setor da população americana está favorável ao direito fundamental do modesto padeiro de Lakewood, de poder fazer os seus bolos para quem, de boa consciência, ele quiser, sem ser obrigado pelo Estado a trabalham em prol de um movimento com o qual ele não concorda. "Meu negócio, minhas regras", diria ele!
Com o apostolado 'Luzes da esperança', em
luzesdeesperanca.blogspot.com/2018/06/doceiro-recusa-bolo-dupla-lgbt-e.html
Acesso 20/7/2018
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Manual da Vida - 1
Da fé essencial
É VERDADEIRAMENTE SUMAMENTE importante o poder de abstração na vida de fé de todo ser humano.
Abstração é a capacidade de abstrair, ou seja, de ver (entender) uma coisa sem prestar atenção apenas naquilo que se está propriamente vendo, mas também, e principalmente, no que não se está vendo*.
Quando você lê um livro, um texto de jornal ou qualquer outra coisa, não deve ler acreditando que a primeira impressão ou a imagem mental que se constrói a partir da primeira leitura é a coisa em si, ou é o aprendizado definitivo a respeito da coisa, mas, sim, deve ler sabendo que o autor está tentando transmitir uma ideia ou conceito que, evidentemente, parte dele próprio; pois o autor escreveu de uma forma que somente ele seria capaz de fazer, já que somente ele seria plenamente capaz de ter aquelas exatas percepções, naquele momento em que escreveu.
Por exemplo radical e no contexto daquilo que nos interessa, quando alguém efetua uma leitura da Bíblia Sagrada desvinculada das origens e contextos desses escritos, poderá encontrar ali o que bem entender. Pois a Bíblia é um livro repleto de parábolas, analogias, metáforas e comparações, que trazem em seu âmago fundamentais e poderosos ensinamentos. A interpretação de tais histórias pode ou não ser aquela que os autores sagrados desejaram quando a produziram –, muito possivelmente nem eles próprios conheciam exatamente o sentido (ou todos os sentidos) completo e/ou mais profundo de tudo quanto escreviam quando escreviam –, assim como não poderia mesmo ser, visto que quem está lendo possui, entre outras coisas, uma cultura, um histórico de vida, uma formação, um caráter, uma capacidade intelectual e espiritual e um modo de vida totalmente diferente do daquele ou daqueles que escreveram.
Por exemplo radical e no contexto daquilo que nos interessa, quando alguém efetua uma leitura da Bíblia Sagrada desvinculada das origens e contextos desses escritos, poderá encontrar ali o que bem entender. Pois a Bíblia é um livro repleto de parábolas, analogias, metáforas e comparações, que trazem em seu âmago fundamentais e poderosos ensinamentos. A interpretação de tais histórias pode ou não ser aquela que os autores sagrados desejaram quando a produziram –, muito possivelmente nem eles próprios conheciam exatamente o sentido (ou todos os sentidos) completo e/ou mais profundo de tudo quanto escreviam quando escreviam –, assim como não poderia mesmo ser, visto que quem está lendo possui, entre outras coisas, uma cultura, um histórico de vida, uma formação, um caráter, uma capacidade intelectual e espiritual e um modo de vida totalmente diferente do daquele ou daqueles que escreveram.
Parece incrível, mas muitos perdem a fé simplesmente porque chegam a um ponto da vida em que não podem mais acreditar, como um dia acreditaram piamente, em um ancião de longas barbas brancas vestindo um camisolão e assentado sobre nuvens, governando nossas vidas a partir de um "céu" de mentira. Ora, foi essa a primeira compreensão que tiveram de Deus em sua infância e juventude, nas aulas de catecismo ou pelas explicações de seus pais, ou nos primeiros livrinhos religiosos que leram, etc.
É claro que a partir de determinada idade e consciência as velhas fábulas já não mais nos servirão – nem nos consolarão, satisfarão ou serão capazes de aquietar a nossa ânsia por respostas. É preciso evoluir, crescer em consciência. É aí que se faz necessária uma maior capacidade de abstração das coisas.
No dizer de Dom Eugene Boylan[1],
No conhecimento humano, podemos distinguir um entendimento que conhece, um objeto conhecido e uma ideia que representa, na mente, o objeto conhecido. Existe, naturalmente, grande diferença entre a ideia e o objeto a que ela corresponde. [Apenas] No conhecimento divino encontramos a sua perfeição. Deus conhece-se a Si mesmo, e seu conhecimento é tão perfeito que corresponde exatamente ao objeto conhecido. A Ideia, ou o “Verbo”, como diz S. João, que Deus tem de Si mesmo é tão perfeita que é o próprio Deus: a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. “E o Verbo era Deus”. Não há “dois deuses”, mas há duas Pessoas, o Conhecedor e o Conhecimento: o Pai e o Filho. E estes Dois são Um só Deus. Mas em Deus existe Vontade e também Entendimento, e Deus se ama de acordo com o seu Conhecimento. E o Amor mútuo do Pai e do Filho é tão perfeito que esse Amor é também uma Pessoa: a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, a quem chamamos Espírito Santo. E estes Três são Um só Deus. [2]
Resulta daí que a capacidade de abstração assume grande importância para a perseverança na fé, especialmente àqueles dotados de maior acurácia mental/intelectual. Sim, as pessoas inteligentes chegam a um estágio da vida em que já não podem mais crer no Deus da sua infância, aquele que imaginavam quando suas vovós liam para eles os reconfortantes textos dos antigos (e preciosos) catecismos infantis ilustrados. Olhavam muitas vezes as figuras daqueles livrinhos e entendiam/imaginavam literalmente um ser humano gigantesco e com poderes especiais pairando entre nuvens, rodeado de criancinhas com asas. Também estremeciam por dentro, com medo daquele misterioso olho dentro de um triângulo observando cada desobediência, cada peraltice das crianças (‘Não faça nada às escondidas porque Deus vê tudo')...
Apesar de a definição de Deus do livrinho permanecer perfeita e irretocável (ainda que talvez incompreendida na época da sua leitura: ‘Deus é Espírito Perfeitíssimo, Eterno, Criador do Céu e da Terra’), as crianças agora cresceram e se veem postas diante de muitas e grandes dificuldades (algumas realmente grandes, como o problema do mal) e imersos na profunda angústia da dúvida que insiste em voltar de tempos em tempos.
O mesmo, por óbvio, vai acontecer na adolescência, na juventude e no seu desenrolar para a idade adulta, e também nas sucessivas fases desse último estágio. E será assim sempre. É sempre preciso avançar além.
* * *
* Para entender melhor
O pensamento é a atividade mental através da qual elaboramos as nossas ideias. Ideias essas que nos permitem resolver problemas, tomar decisões ou formar opinião sobre tudo. Mas não há uma única maneira de criar nossos pensamentos: há o pensamento indutivo, o dedutivo, o analítico, o criativo.
Por outro lado, abstrair significa tirar algo de alguma coisa, isto é, separar algo de algum elemento ou observar um ou mais elementos de um todo avaliando suas características e propriedades em separado. Em outras palavras, dizendo a grosso modo, o ato de abstrair em nossa mente quer dizer botar algum pensamento de lado para elaborar e considerar outro pensamento sobre um mesmo objeto ou tema. É dessa maneira que, por exemplo, a partir da observação de vários objetos de forma semelhante à de um limão ou de uma bolha, podemos abstrair ou formar a ideia da forma esférica. Do mesmo modo, de vários elementos verdes, como as plantas e as águas lodosas, abstraímos o conceito da cor verde. Mais além, a partir do comportamento e dos modos generosos de algumas pessoas que conhecemos, abstraímos a ideia da própria generosidade.
O processo mental das nossas ideias concretas é a ideia fundamental do pensamento abstrato. Esse processo tem sido analisado a partir de duas perspectivas: a filosófica e a psicológica.
Filósofos como Platão e Aristóteles refletiram sobre o pensamento abstrato. Platão mostrou que a matemática está baseada nesse tipo de pensamento, já que os conceitos matemáticos são elaborações do intelecto obtidas pela própria mente sem necessidade de experiência (as verdades matemáticas não exigem demonstração empírica).
As reflexões sobre a natureza do pensamento abstrato continuaram com as abordagens empiristas (a abstração está baseada na observação da realidade) ou com as abordagens racionalistas (a capacidade de abstração é uma faculdade mental independente da experiência).
Do ponto de vista da psicologia, o pensamento abstrato é o resultado da evolução mental dos indivíduos. É a partir da idade aproximada dos 11 anos que os seres humanos passam a lidar com um pensamento ou raciocínio abstrato. Algumas correntes da psicologia acreditam que a chave do pensamento abstrato está no papel da linguagem, outras argumentam que o elemento fundamental é a atividade neural.
Além das teorias filosóficas ou psicológicas, o conhecimento do pensamento abstrato está relacionado com questões bem específicas. Assim, através de determinadas provas ou testes psicométricos é possível determinar se uma criança desenvolveu o raciocínio abstrato ou se precisa de algum tipo de reforço.
Os exercícios de raciocínio abstrato são usados também para ativar a mente em caso de acidentes vasculares cerebrais ou para retardar o declínio mental. O pensamento abstrato está presente em todo tipo de situação. Por exemplo, quando calculamos mentalmente um desconto; quando queremos dar a definição de algo ou quando tentamos resolver um jogo de palavras cruzadas.
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1. Eugene Boylan (1904 - 1964) foi um cientista nuclear que abandonou uma promissora carreira para se tornar monge trapista. Abade de mosteiros da sua ordem no Reino Unido, na Austrália e na sua Irlanda natal, baseou-se em sua larga experiência como diretor espiritual e confessor para escrever duas obras-primas da espiritualidade, que viriam a ser publicadas em diversos idiomas: Dificuldades da oração mental (Difficulties in mental prayer) e Amor Sublime (This tremendous Lover). Em ambas, está presente a procupação de falar a um público o mais abrangente possível e de simplificar os assuntos aparentemente mais nebulosos, numa espécie de direção espiritual à distância bastante didática e muito útil aos católicos.
1. Eugene Boylan (1904 - 1964) foi um cientista nuclear que abandonou uma promissora carreira para se tornar monge trapista. Abade de mosteiros da sua ordem no Reino Unido, na Austrália e na sua Irlanda natal, baseou-se em sua larga experiência como diretor espiritual e confessor para escrever duas obras-primas da espiritualidade, que viriam a ser publicadas em diversos idiomas: Dificuldades da oração mental (Difficulties in mental prayer) e Amor Sublime (This tremendous Lover). Em ambas, está presente a procupação de falar a um público o mais abrangente possível e de simplificar os assuntos aparentemente mais nebulosos, numa espécie de direção espiritual à distância bastante didática e muito útil aos católicos.
2. BOYLAN, Eugene. This Tremendous Lover, Cork City: The Mercier Press, 1955, capítulo V.
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Fontes:
• Conceitos.Com, verbete Pensamento Abstrato
• MORAES, Alfredo de Oliveira. A metafísica do conceito, Porto Alegre: EDIPUCRS/UNICAP, 2003.
'A família imaginada por Deus é uma só: homem e mulher', e 'aborto é nazismo de luvas brancas', diz papa Francisco
NO ÚLTIMO DIA 16, sábado, fez o papa Francisco uma dura crítica ao aborto, classificando a "interrupção da gravidez" (eufemismo para infanticídio) nos casos de má-formação de "nazismo de luvas brancas". O pronunciamento se deu durante o discurso à Delegação do Fórum das Associações Familiares.
"No século passado, todo mundo se escandalizava com o que os nazistas faziam pela pureza da raça. Hoje fazemos o mesmo com luvas brancas", disse o Pontífice, em referência às mãos dos médicos que realizam aborto.
"Está na moda, é normal que, em uma gravidez na qual a criança não está bem ou possui alguma malformação, a primeira oferta seja: vamos tirá-la?'. É homicídio das crianças. Para deixar a vida tranquila, mata-se um inocente", afirmou em uma audiência ao Fórum das Famílias no Vaticano.
"Está na moda, é normal que, em uma gravidez na qual a criança não está bem ou possui alguma malformação, a primeira oferta seja: vamos tirá-la?'. É homicídio das crianças. Para deixar a vida tranquila, mata-se um inocente", afirmou em uma audiência ao Fórum das Famílias no Vaticano.
Além do aborto, Francisco falou sobre outros temas relacionados à família moderna, como homossexualidade, infidelidade e "tempo para cuidar dos filhos". De sua fala, reproduzimos abaixo uma das frases mais poderosas:
“Dói dizer isso hoje: fala-se sobre famílias diversificadas, de diversos tipos de família. Sim, é verdade que a palavra família pode ser análoga; existe a família das estrelas, das árvores, dos animais... Mas a família imaginada por Deus, homem e mulher, é uma só"
Segundo Francisco, a sociedade atual também não pensa mais "na possibilidade de perder tempo" para ficar com os filhos, pois "a família não é levada em consideração. Para ganhar dinheiro hoje, é preciso ter dois trabalhos", criticou. "Brinquem com seus filhos, passem um tempo com eles, sem dizer 'não me atrapalhe'", pediu o Papa.
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Da revolução francesa
Por Guilherme Freire e Pe. Silvio Roberto
HOJE É 14 de julho, dia da queda da Bastilha. Depois da Revolução, a França teve uma série de ditaduras [pavorosas] e governos caóticos: Robespierre, o Diretório, Napoleão, a Restauração Bourbon, a Monarquia Orleanista, Napoleão III, a autoritária e fracassado Terceira República, a França de Vichy, aí tentaram a Quarta República que deu errado, até que o General de Gaulle impulsionou a Quinta República, que por sua vez dura até hoje. A primeira democracia estável da França foi em 1958. Violência não cria democracias, apenas gera mais violência e autoritarismo.
Hoje os franceses comemoram sua revolução, que tornou-se a mais importante da história moderna. (...) No seu âmago, foi a revolta dos supostos “iluminados” contra a Igreja, o que resultou no assassinato de milhares de padres e religiosos, bem como no confisco de bens e na deturpação da imagem da Igreja, como coisa da “Idade das trevas”. Deus foi abolido da sociedade e o homem exaltado como seu próprio deus. Claro que tudo isso alegadamente teria sido feito segundo o “povo” – que não passou de massa de manobra, como acontece até hoje.
Desta revolução advém tanto o socialismo como o liberalismo. Sem dúvida, os frutos amargos que colhemos hoje na sociedade, ora tendenciosa para o socialismo, ora ao liberalismo, ambos sem valores morais cristãos, têm sua raiz nesta revolução. Dela vem o ateísmo disfarçado de laicismo, o totalitarismo estatal (pois a corporações foram proibidas) e a ideia que o “povo” decide tudo, até mesmo quem pode ou não morrer (aborto, eutanásia).
É importante que os cristãos em geral, e nós católicos em particular, tenhamos um pouco mais de conhecimento do que foi, na realidade, esse evento história.
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'Casamento homossexual é sacramento luciferino', diz porta-voz do Templo Satânico, nos EUA
A queda dos anjos rebeldes, por Pieter Bruegel, 'the Elder' |
SEMPRE QUE O POVO americano tentar conter o aborto ou manter leis do casamento tradicional, os seguidores de Satanás vão estar lá para se opor, prometeu abertamente, há alguns anos o porta-voz nacional do Templo Satânico, conforme noticiado pela agência LifeSiteNews.
Lucien Greaves |
Greaves acrescentou ainda que o objetivo atual do Templo Satânico é ter lobistas em Washington D.C., com o objetivo de ajudar a passar leis que amparem a “religião de Satanás”. Ele atacou o governador de Michigan, Rick Snyder, que “vem tentando tornar insustentável para as mulheres a interrupção da gravidez”.
“Uma das coisas com que fortemente nos importamos é o direito dos homossexuais”, disse o porta-voz do Templo Satânico: “Para nós", acrescentou, "o casamento [homossexual] é um sacramento. Nós o reconhecemos e achamos que o Estado teria que reconhecê-lo por motivos de liberdade religiosa”. Um discurso que em muitos pontos é praticamente idêntico ao da bancada socialista.
Em sentido oposto reagiu Adam Cassandra, gerente de comunicações da Human Life International. Ele declarou a LifeSiteNews que a postura do Templo Satânico sobre o aborto e a redefinição do casamento talvez "sustente a posição de muitos que, no movimento pró-vida, entendem que os ataques à vida humana inocente e à família são demoníacos em sua origem”.
“Mesmo que advoguem por ‘justiça’ e ‘direitos’, eles [os defensores do aborto e militantes pela desconstrução da família] se identificam com aquele que tem sido a fonte de todos os males e os enganos ao longo da história humana”.
(Adam Cassandra, Human Life International)
Defensores da vida vinham notando, estarrecidos, que em manifestações públicas, alguns progressistas liberais invocavam forças demoníacas em seus esforços de lobby por esse ou aquele projeto. Em julho de 2013, um grupo de apoiadores do aborto gritava “Ave Satã!”, enquanto os do grupo pró-vida entoavam a canção cristã “Amazing Grace” na assembleia do Texas, antes da aprovação da proibição desse Estado do aborto após 20 semanas.
Se para muitos ainda parecia exagero dizer que havia uma influência satânica por trás do massacre dos inocentes nos ventres daquelas que deveriam protegê-los com a própria vida, agora tal hipótese se torna muito plausível e mesmo difícil de negar.
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Com Luis Dufaur – IPCO
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Católicos: é tempo de agir!
Por Priscila Dalcin
A LITURGIA DE HOJE descreve perfeitamente o cenário brasileiro e o posicionamento – inerte – da maioria dos católicos no país. Ela nos mostra como o Brasil abandonou o Senhor e preferiu buscar outros deuses: promiscuidade, dinheiro e poder. As vítimas oferecidas nesse sacrifício e que têm as suas carnes devoradas, são todos aqueles que morrem nos hospitais abandonados à própria sorte e todo homem de bem que é assassinado em nossas cidades, que estão em uma verdadeira guerra civil. (Oseias 8,4-7.11-13)
Mesmo diante desse cenário, não encontramos um grande número de católicos colocando-se à serviço da messe, ao contrário, é sempre o mínimo do mínimo. (Mateus 9, 32-38) Ou paramos de ir à igreja só por interesse, buscando somente as graças que nos interessam e passamos a buscar a Deus sobre todas as coisas em prol e benefício de todos, ou dobramos os nossos joelhos pelo Brasil e nos levantamos agindo em defesa de todos, ou o Senhor não terá piedade de nós! O Senhor só tem piedade daqueles que o temem, assim nos ensina Santo Afonso Maria de Ligório.
É tempo de conversão, é tempo de atitude! Mas o tempo é escasso. Levante-se, católico, em defesa do nosso país, da nossa população!
#CristãosDeAtitude
#EuDobroOsMeusJoelhosPeloBrasil
#SomosUmSóCorpo
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Nota pública de repúdio à legalização do aborto no Brasil
Por Diocese de Rubiataba-Mozarlândia, GO
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, no seu artigo 5º, ao descrever os direitos e deveres individuais e coletivos, garante “aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida”. Todavia, desde muito tempo forças se levantam na tentativa de legalizar o aborto no Brasil.
Uma vez se insurge na “Terra de Santa Cruz” o desejo – de uma elite pensante que domina nossas instituições de ensino, os meios de comunicação e boa parte dos cargos na política – de se impor a legalização deste crime hediondo contra a vida indefesa no ventre materno, que deveria ser o lugar de máxima proteção para essas vidas inocentes.
Graças a Deus, Dom Adair José Guimarães, bispo da Diocese de Rubiataba-Mozarlândia, Estado de Goiás, publicou nota repudiando formalmente toda e qualquer tentativa de mudança da legislação vigente que promova ou facilite a chamada "interrupção da gravidez", eufemismo para o crime do aborto. Além do mais, conclama todos os católicos a se posicionarem contra tal ação. Segue.
DIOCESE DE RUBIATABA E MOZARLÂNDIA
Dom Adair José Guimarães, Bispo Diocesano
NOTA PÚBLICA SOBRE
A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL
A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL
Está em vias de ser julgada no Supremo Tribunal Federal a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 442 que, em suma, poderá abrir nosso país à prática do aborto. Nesse momento delicado, entendemos por bem vir a público expressar nossa preocupação com o julgamento mencionado.
Já desde há muito tempo, poderosos organismos internacionais tentam legalizar o aborto no Brasil, tentativas essas que sempre fracassaram dada a heróica resistência de nosso povo, cuja maioria esmagadora é contrária à prática desse ato. O Congresso Nacional, casa em que os anseios verdadeiros do povo brasileiro encontram o devido acatamento, tem rejeitado qualquer alteração legislativa que vise a legalizar a prática do aborto ou mesmo a ampliar as possibilidades de que ele venha a ser praticado sem punição na esfera criminal. Trata-se de uma decisão política de um Poder da República e não de uma omissão de nossos legisladores.
O povo brasileiro e as instituições democráticas precisam ser alertados de que o que está em curso no Supremo Tribunal Federal nada mais é do que uma tentativa espúria de dobrar o Poder Legislativo (cujos membros são eleitos pelo povo) ao Poder Judiciário (cuja cúpula representada pelo Supremo Tribunal Federal foi toda ela indicada pelos últimos presidentes da República). De fato, em países nos quais a consciência cristã já foi enfraquecida pelo laicismo e pelo individualismo, a tática destes grupos de pressão tem sido a de recorrer a plebiscitos e fazer o aborto triunfar pela manifestação direta da população (como recentemente aconteceu com a Irlanda). Já no Brasil, onde a fé cristã em suas vertentes católica e protestante ainda é parte importante da vida da quase totalidade da população, o que se tenta é conseguir, via Poder Judiciário, aquilo que jamais se conseguiria pela votação direita ou mesmo por meio de leis democraticamente aprovadas.
Devemos lembrar que o Supremo Tribunal Federal é apenas o guardião máximo das leis e da Constituição Federal. Caso julgue procedente a ADPF nº 442, os onze Ministros de nossa corte maior estarão atribuindo a si mesmos um papel que não lhes cabe: o de senhores das instituições, funcionando como agentes de crises e fomentadores de uma ruptura institucional que parece cada vez mais inevitável. Rogamos, assim, a Deus, por intermédio da Virgem de Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, para que ilumine os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dando-lhes a consciência da gravidade da situação atual, encorajando-os a que se limitem ao seu papel institucional.
E rogamos a todos os católicos sob nosso cuidado pastoral a que se ergam em defesa da vida, seja privadamente com orações, seja fazendo ouvir suas vozes publicamente de modo a evitar que o mal do aborto venha a ser permitido em terras brasileiras.
Mozarlândia – Go, aos 20 dias de junho de 2018
Dom Adair José Guimarães
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Da Santa Missa, e como se deve ouvir, por São Francisco de Sales
S. Francisco de Sales |
1. Ainda não te falei do sol dos exercícios espirituais, que é o santíssimo, sagrado e soberano Sacrifício e Sacramento da Missa, centro da Religião Cristã, Coração da devoção, Alma da piedade, Mistério inefável, que compendia e abarca o abismo da Caridade divina, e pelo qual Deus, unindo-se realmente a nós, nos comunica de modo magnífico as suas graças e favores.
2. A oração feita em união com este divino Sacrifício tem uma força indizível, de maneira que por Ele, ó Filoteia, a alma superabunda em celestiais favores por estar como que apoiada no seu Amado, que a deixa tão cheia de odor e suavidade espiritual, que fica a parecer-se com uma coluna de fumaça de madeira aromática, de mirra, de incenso e de todos os pós perfumados, como se diz nos Cantares.
3. Emprega o melhor dos teus esforços por assistir todos os dias à Santa Missa, a fim de ofereceres com o sacerdote o sacrifício do teu Redentor a Deus seu Pai, por ti e por toda a Igreja; os anjos sempre estão aí presentes, como diz São João Crisóstomo, para honrar este santo mistério; e nós, achando-nos aí com eles, e numa mesma intenção, não podemos deixar de receber muitas influências propícias, graças a tal companhia. Os coros da Igreja militante vêm unir-se e juntar-se a Nosso Senhor nesta divina ação para com Ele, n’Ele e por Ele, arrebatar o coração de Deus Pai, e fazer toda nossa a sua misericórdia! Que ventura não é para uma alma contribuir devotamente com os seus afetos para um bem tão precioso e desejável!
4. Se por algum caso de força maior não puderes estar presente à celebração deste soberano Sacrifício com presença real, é preciso que pelo menos vás lá com o coração, para a ele assistires espiritualmente. A qualquer hora da manhã vai pois em espírito à igreja, se não podes ir de outra forma; une a tua intenção à de todos os cristãos, e, no próprio lugar em que estás, procura fazer as ações interiores que farias, se estivesses realmente presente à Santa Missa em alguma igreja.
5. Mas para ouvir, realmente ou mentalmente, a santa Missa, como convém ouvi-la:
I. Desde o princípio até que o sacerdote chegue ao altar, deves fazer com ele a preparação, que consiste em te pores na presença de Deus, reconhecer a tua indignidade, e pedir perdão das tuas faltas.
II. Desde que o sacerdote sobe ao altar até ao Evangelho, considera a vinda e a vida de Nosso Senhor neste mundo, fazendo uma consideração simples e geral.
III. Desde o Evangelho até depois do Credo, considera a pregação do Nosso Salvador, protesta querer viver e morrer na fé e na obediência a sua santa palavra e em união com a santa Igreja Católica.
IV. Desde o Credo até ao Pai Nosso, concentra o teu coração nos mistérios da morte e Paixão do nosso Redentor, que são atual e essencialmente representados neste santo Sacrifício que, com o sacerdote e com o resto do povo, oferecerás a Deus Pai, em sua honra e para tua salvação.
V. Desde o Pai Nosso até à Comunhão, esforça-te por despertar em teu coração muitos desejos, almejando ardentemente estar sempre junta e unida a Nosso Senhor com um amor eterno.
VI. Desde a Comunhão até o fim, dá graças à sua divina Majestade pela sua Encarnação, vida, morte e Paixão, e pelo amor de que te dá provas neste santo Sacrifício, pedindo-lhe encarecidamente que por este te seja sempre propício, aos teus parentes, aos teus amigos, e à toda a Igreja. Humilhando-te de todo o coração, recebe devotamente a bênção divina, que Nosso Senhor te dá por meio do seu ministro.
Mas, se queres durante a Missa fazer a tua meditação sobre os mistérios que vais seguindo dia-a-dia, não será preciso que te distraias a fazer estes atos particulares, mas bastará que, no princípio, formes a intenção de querer adorar e oferecer este santo sacrifício pelo exercício da tua meditação e oração, pois que em toda a meditação se encontram os referidos atos, ou expressamente, ou implícita e virtualmente.
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Texto extraído da obra clássica de São Francisco de Sales, 'Filoteia, introdução à vida devota'.
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