As célebres, polêmicas e tantas vezes temerárias "coletivas de avião" concedidas pelo papa Francisco costumam render assunto para alguns dias... Por um lado, a característica falta de cuidado do atual Sumo Pontífice ao escolher as palavras acabou por formar, inadvertidamente, um batalhão de bombeiros apagadores de incêndio que se apressam a vir "explicar" ao grande público "o que o Papa realmente quis dizer..."; por outro, há aqueles que aprenderam a permanecer sorrateiramente à espreita, esperando qualquer mínimo deslize do Santo Padre para provocar um grande estardalhaço. O bate-boca da vez envolve o fato de ter Francisco se posicionado a favor da educação sexual nas escolas. Reproduzimos aqui a opinião de nosso bom amigo Luiz Felipe Nanini, tornada pública nas redes sociais.
É IMPRESSIONANTE COMO o nível de má vontade na sociedade atual, tão bem refletida pelas redes sociais digitais, caminha a passos cada vez mais largos...
Novamente, radicais de direita e esquerda brigam para ver qual dos dois tem mais dificuldade em interpretar um texto. Para os ditos "direitistas", o Papa estaria contrariando o atual governo e incentivando a degradação da sociedade; para os esquerdistas, o Papa está corroborando o seu velho discurso imoral e anticristão. Mas qualquer pessoa dotada do mínimo de honestidade intelectual e que saiba o básico sobre interpretação de texto percebe que nenhum dos dois discursos se sustenta.
O que o Papa disse claramente, respondendo uma pergunta sobre a Igreja se "omitir" a respeito da educação sexual é que deve haver uma correta educação sexual, que mostre a sexualidade como o Dom de Deus que é, como algo santo e sublime, sem monopólio ideológico de espécie alguma. Desejável seria sempre uma educação sexual nos moldes da Teologia do Corpo de S. João Paulo II, que mostra a grandeza da relação sexual, do mistério que envolve a união do corpo e da alma dos esposos.
É preciso notar que estamos em uma sociedade onde a sexualização vem por todos os meios possíveis, desde a internet e TV até a conversa entre amigos, etc... É praticamente impossível privar a nossa juventude de um conhecimento precoce e na maior parte das vezes deturpado sobre sexualidade. Dessa forma, como realmente não é mais possível combater tla triste realidade, é necessário que haja uma correta educação sexual, justamente para sanar o problema da errada sexualização vindo de diversos meios. Nesse sentido, os pais, e eles não conseguindo, o seu subsidiários próximos, como a escola, deveriam ensinar a sexualidade em toda sua grandeza e sacralidade.
É claro que infelizmente vivemos em tempos de ideologização do ambiente escolar, então a proposta do Papa seria quase impossível de se realizar. Mesmo assim, continua uma proposta, principalmente a quem preze pela educação católica, que pode reverter aos poucos a onda de má sexualidade que vem engolindo a sociedade... Se a revolução sexual entrou principalmente por meio das escolas, a contrarrevolução encontra na Educação o campo mais fértil para poder reverter a degradação moral da sociedade.
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Encerramos com uma belíssima e modelar citação do mesmo Papa Francisco (na verdade um tapa nas faces de todos os ditos 'católicos de IBGE'), dita nessa mesma coletiva, mas que todavia não repercutiu em nossa Imprensa miserável e tão desonesta:
“Sugeriria aos leigos: não diga que é ‘católico’, se não dá testemunho. Em vez disso, você pode dizer: ‘sou de educação católica, mas sou morno, sou mundano, peço desculpas, não me olhem como exemplo’...”
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Gostaria muito de saber qual a opinião deste canal, sobre a JMJ 2019 no Panamá?
ResponderExcluirSerá que um católico pode encarar tudo o que ocorreu neste evento como normal?
Senhor Jesus, será que eu sou uma radical direitista por ter sentido um profundo desgosto de ver que a JMJ virou um carnaval?
Salve Maria!
ExcluirFaço da sua pergunta, a minha!
No carnaval temos somente o profano o carnaval da JMJ temos o sagrado profanado. você não é radical de direita é somente lúcida.
ExcluirConcordo, venho dizendo isso aqui a muito tempo, mesmo porque, ultimamente, o que mais me assusta não é esse tipo de declaração dita aberta e espontaneamente, mas sim aquilo que fica escondido, camuflado e que nas sombras cresce assustadoramente, até ser arrancado à luz com toda violência.
ResponderExcluirA paz de Cristo!
Aqui está o problema, o Papa está a dividir o Católicos, sempre com estas ambiguidades. O sim, ou não, como disse o Senhor, fora disse não é de mim.
ResponderExcluirNão católicos a todo momento buscam utilizar (deturpar) as palavras do líder mundial da Igreja Católica para atingir os católicos. Eles sentem algum tipo de prazer nisso, e o fazem de forma quase que obsessiva. Reconheço que o Papa poderia ser mais cuidadoso aqui ou ali, mas não devemos cair nessa armadilha que visa apenas nos separar e nos enfraquecer.
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