Oração: uma fonte de energia divina

Por Padre Matthias von Bremscheid

A ORAÇÃO É UM COLÓQUIO de amor com Deus. A criança, que ama verdadeiramente os pais, gosta de falar com eles, manifesta-lhes tudo que agita seu coraçãozinho. Cada alegria que sente, vai logo comunicá-la à mãe, ou ao pai; expõe-lhes todas as suas dores; narra-lhes os seus receios; conta-lhes os seus interesses.

Se a criança passasse com seus pais um dia inteiro sem lhes dirigir uma só palavra, teriam eles muita razão em se queixar: “Nosso filho não nos ama, pois se nos amasse seria mais comunicativo conosco!”. É o que se dará contigo, jovem cristã: se amares a Deus vosso Salvador verdadeiramente e de coração, sentirás necessariamente que tens que falar com Ele e entreter-te com Ele, isto é, rezar sempre. A oração é para ti um dever sagrado, que não hás de omitir um só dia sequer.

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* Do livro “A Donzela Cristã” (Die christliche jungfrau), lançamento próximo da editora Caritatem com revisão e projeto gráfico de Henrique Sebastião e Frat. Laical S. Próspero


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Causas que configuram um casamento nulo perante a Igreja


MUITAS PESSOAS COMENTAM em nossa postagem sobre nulidade matrimonial, mesmo com o nosso aviso sobre a nossa incapacidade de analisar e/ou decretar quais casos se enquadram ou não em casamentos nulos perante a Igreja, e contam-nos seus casos particulares querendo a nossa opinião sobre se estão ou não vivendo em um casamento nulo. Reafirmamos, então, que os interessados devem procurar o Tribunal Eclesiástico de sua diocese para esclarecer as dúvidas – só este é que tem autoridade para informar e orientar os fiéis católicos – e então decidir se convém ou não entrar com um processo legal.

Além disto, há os casos em que a convivência é verdadeiramente insuportável ou mesmo perigosa à vida de um ou dos dois cônjuges e/ou dos filhos, por exemplo com agressões físicas que inviabilizem totalmente uma convivência minimamente aceitável: nessas raras situações, o fiel católico deve aceitar sua cruz e então poderá viver separado do marido ou da esposa corporalmente; porém sempre na castidade e na mortificação. 

Ditas essas coisas, dada a insistência de muitos, resolvemos alargar a nossa abordagem e esgotar assunto disponibilizando a lista das causas que podem tornar nulo o Matrimônio sacramental

Em primeiro lugar, todos entendam que a Igreja não "anula casamentos" validamente celebrados: o Sacramento contraído e consumado legitimamente não pode ser desfeito; o que pode acontecer é a Igreja, após um minucioso processo eclesiástico, reconhecer que nunca houve de fato aquele casamento, mesmo em alguns casos em que parecia aos familiares e amigos que fosse válido. Mas em que critérios a Igreja se baseia para decretar nulo uma união matrimonial? É o que veremos a partir daqui.


Causas que podem tornar nulo um casamento

As capacidades e limitações psíquicas dos noivos para contrair as obrigações matrimoniais para o resto da vida serão levadas em conta. Não basta analisar o comportamento externo de alguém para o conhecer; às vezes, muitos atos das pessoas são irresponsáveis, assumidos sem consciência plena porque pode faltar o senso de responsabilidade, a maturidade ou a liberdade necessárias para que o ato tenha pleno valor humano e jurídico.

Pode acontecer que o vínculo matrimonial nunca tenha existido, também, se houver algum erro que torne o consentimento dos noivos inválido.

O Código de Direito Canônico (CDC) da Igreja lista 19 motivos que configuram um casamento nulo ou inválido, os quais relacionamos abaixo. É sumamente importante aos interessados que procurem no CDC a descrição ou explicação de cada cânone relacionado, pois em muitos casos o nome que se dá a determinada situação não correspondo àquilo que parece em linguagem comum. Quem não possui este importante documento da Igreja pode lê-lo online ou baixá-lo no link a seguir:

Baixar o CDC (português) em PDF.


Relação das causas que configuram a nulidade de um casamento

A. Falhas de consentimento (cân.s 1057. 1095-1102)

1. Falta de capacidade para consentir (cân. 1095)

2. Ignorância (cânon 1096)

3. Erro (cân. 1097-1099)

4. Simulação (cân. 1101)

5. Violência ou medo (cân. 1103)

6. Condição não cumprida (cân. 1102)

B. Impedimentos dirimentes (cân. 1083-1094)

7. Idade (cân. 1083)

8. Impotência (cân. 1084)

9. Vínculo (cân. 1085)

10. Disparidade de culto (cân. 1086, cf cân. 1124s)

11. Ordem Sacra (cân. 1087)

12. Profissão Religiosa Perpétua (cân. 1088)

13. Rapto (cân. 1089)

14. Crime (cân. 1090)

15. Consanguinidade (cân. 1091)

16. Afinidade em linha reta (parentesco de descendência direta cân. 1092)

17. Honestidade pública (cân. 1093)

18. Parentesco legal por adoção (cân. 1094)

C. 19. Falta de forma canônica na celebração do Matrimônio (cân.s 1108-1123)


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Os cânones do Código de Direito Canônico sobre cada item seguidos de um artigo explicativo para cada item de forma bastante didática pode ser encontrados no livro “Família, Santuário da Vida” (Ed. Cléofas), do prof. Felipe Aquino.

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Sobre as 'Missas de cura e libertação' – o Magistério da Igreja tira as dúvidas

Não fosse pela arquitetura e pela presença do padre, não seria possível distinguir esta Missa de um culto protestante pentecostal

VOLTA E MEIA ALGUÉM nos pergunta "o que achamos" ou qual é o nosso parecer a respeito das celebrações das chamadas "Missas de cura e libertação". Entendemos por bem responder a essa questão que parece não querer calar e que representa a dúvida de muitos.

    Sobre esse assunto – que invariavelmente gera polêmicas desnecessárias – outros apostolados competentes já prestaram bons esclarecimentos, como é o caso do site nosso parceiro Aleteia. Este estudo, pois, contém trechos de um artigo publicado neste veículo pelo nosso irmão leigo Alex Teles, com excertos e complementos nossos, além de nossos próprios desenvolvimentos e considerações.

13 lições do primeiro carnaval da era Bolsonaro


Por Frederico Rodrigues

1. Escolas de samba que possuem ligações com o tráfico e milícias viraram exemplo de consciência social.

2. Depois de hibernar durante 4 tenebrosos governos petistas (corruptos, apoiadores de ditaduras e que geraram milhões de desempregados, além de arruinar a economia do país), escolas e blocos descobriram que é legal criticar o governo. Provavelmente faltou material na era PT...

3. O crime de "atentado ao pudor" é apagado do Código Penal durante 5 dias.

4. É absolutamente proibido ultrajar qualquer religião. Saiba-se, porém, que "qualquer", nesse caso, significam o islamismo e, especialmente, as seitas ditas "de matriz africana", mas não vale para o Cristianismo: neste caso, quanto mais agressivo, vil e de mau gosto for o ataque, melhor. Se o alvo for o próprio Jesus Cristo, ganham-se pontos extras com a Imprensa.

5. Se estiver em um bloco de rua, ao passar na frente de uma igreja ou de um culto cristão, não se esqueça de tirar as calças e mostrar suas partes íntimas aos fiéis que estiverem lá dentro. Esses cristãos precisam aprender sobre tolerância e respeito.

6. Respeite as mulheres, as lésbicas, os gays, os "trans", os negros. Já homens héteros e brancos não precisam de respeito, afinal eles são a razão de todos os males do mundo, e além disso não sofrem assédio. Aliás, você, homossexual que levar um fora de um homem hétero, não se esqueça de fazer um escândalo e dizer que está sofrendo homofobia do "macho escroto". Lacração garantida.

7. Para ser abuso contra uma mulher, basta a palavra da alegada vítima. Mas se for uma mulher importunando sexualmente um homem, e ele não quiser, nesse caso o correto é fazer piada desse frouxo/viadinho, que "não gosta da fruta". Todos contra o machismo!

8. Tolerância e respeito acima de tudo. Mas se vir um carro com adesivo do Bolsonaro na rua, o correto é bater nos vidros e nas portas e apavorar a família que está lá dentro. Não podemos deixar esses fascistas passar impunes (o que quer dizer a palavra 'fascismo', mesmo? Ah, não importa. Fora Bolsonaro!..).

9. Mesmo que você não soubesse quem era a Marielle Franco antes dela morrer, e mesmo que ninguém saiba até hoje quem era ela, e menos ainda quem a matou e porquê, diga que ela é "um exemplo de resistência"(?). Ninguém saberá ao que exatamente você está "resistindo", mas o sucesso estará garantido.

10. A esquerda já definiu as regras sobre qual fantasia você poderá usar. Por exemplo, não se pode vestir nem de índio nem de mulher. O problema é que a esquerda também diz que roupa não tem "gênero". Logo é impossível se fantasiar de mulher porque não existe "roupa de mulher". Entendeu? Nem eu.

11. Entretanto é permitido se fantasiar de mulher caso a fantasia seja para zombar do abuso sexual sofrido pela ministra Damares quando criança.

12. Seu bloco é uma porcaria e você não sabe como aparecer? Acrescente críticas ao Bolsonaro e desfrute de publicidade gratuita e infinita nos grandes veículos da Imprensa "imparcial".

13. De repente tornou-se imprescindível politizar a festa, do começo ao fim. Afinal, sabemos que nada será melhor para o país do que seguir a opinião de uma multidão bêbada e descontrolada que emporcalha as ruas enquanto se afoga em drogas e se entrega à promiscuidade desenfreada.




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Pesquisa aponta que católicos que frequentam o rito antigo da Missa são mais fiéis à doutrina católica

Imagem rara mostra o Santo Padre Pio de Pietrelcina
durante celebração da Santa Missa tradicional

UM ESTUDO REALIZADO nos EUA comparou o comportamento dos católicos que frequentam a chamada missa nova – ou missa de Paulo VI – isto é, a do rito ordinário em vernáculo que temos hoje, idealizada no CVII e imposta a toda a Igreja a partir de 1970, com o comportamento daqueles que frequentam a Missa tradicional, de rito extraordinário ou tridentina. O resultado apontou que existe maior fidelidade doutrinária e moral dos católicos que procuram frequentar o rito tridentino do que daqueles que preferem o novus ordo.

A diferença, de fato, é gritante; refere-se às questões mais centrais da fé católica, como o posicionamento com relação ao aborto, os relacionamentos gay, a contracepção, a frequência às Missas e às Confissões, a taxa de fertilidade dos casais e a frequência de doações financeiras. O estudo foi conduzido pelo padre norte-americano Donald Kloster e confirmou a percepção que esse Sacerdote – que há mais de 20 anos celebra alternadamente nos dois ritos – já tinha.

Segue a tradução do artigo publicado no website Catholic Herald, por Henrique Sebastião:


Os católicos nos EUA que frequentam a missa tradicional latina são muito mais fiéis ao ensinamento da Igreja do que aqueles que frequentam o Novus Ordo, segundo pesquisa recente.

Estudo conduzido pelo padre Donald Kloster comparou os católicos que compareceram à missa tradicional (daqui por diante 'TLM', de Traditional Latin Mass, em inglês) com os resultados de pesquisas anteriores de católicos em geral, a grande maioria dos quais participam da Missa Novus Ordo (NOM).

Os autores descobriram que 99% dos católicos que frequentam a TLM cumprem suas obrigações semanais, em comparação com apenas 22% daqueles que vão para a NOM. 98% também vão para a Confissão ao menos uma vez por ano, como é de preceito, e também não deixam de assistir à Missa semanal, em comparação com somente 25% dos participantes da NOM.

A pesquisa também descobriu que os participantes da TLM são muito mais fiéis ao ensino da Igreja sobre questões morais. Apenas 2% dos católicos que frequentam a TLM aprovam a contracepção, 1% aprova o aborto e 2%  apoiam o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Em contraste, pesquisas anteriores sugerem que 89% dos participantes da Missa NOM aprovam a contracepção, 51% são favoráveis ao aborto e 67 % apoiam o casamento entre pessoas do mesmo sexo(!).

Pe. Kloster disse que através dos seus mais de 20 anos celebrando a Missa em ambas as formas do Rito Romano, notou claras diferenças entre os dois grupos. A pesquisa, disse ele, “revela uma variação impressionante entre os católicos presentes ditos tradicionais ou conservadores, que preferem a celebração em latim, versus aqueles que frequentam a NOM. Essas diferenças são dramáticas ao comparar crenças, frequência à igreja, taxas de fertilidade e até mesmo em 'generosidade monetária' (doações e auxílio financeiro às obras de caridade)”.

“É importante ressaltar que as famílias TLM têm um tamanho de família quase 60% maior”, acrescentou o pe. Kloster, "e isso vai se traduzir em uma mudança demográfica dentro da Igreja".

“Os participantes da TLM doam cinco vezes mais, indicando que estes são muito mais comprometidos (concretamente falando) do que os participantes da NOM. Católicos TLM vão à missa todos os domingos, uma taxa 4 vezes e meia maior que seus irmãos NOM. Isso implica um profundo compromisso com a fé. A adesão quase universal à missa dominical retrata os católicos que estão profundamente apaixonados por sua fé e não podem imaginar a falta de seu privilégio dominical ”.

Aí estão alguns simples fatos. Finalizamos este artigo lembrando e ressaltando que ambos os ritos são válidos e lícitos na Igreja Católica. A pesquisa não tinha por finalidade "provar" a invalidade da  Missa nova ou qualquer coisa parecida com isso, já que o próprio autor do estudo é um sacerdote que a celebra com frequência. Todavia é inegável a influência da liturgia e dos ritos para o conjunto do que representa a autêntica Fé cristã como um todo. Não se tratam apenas de detalhes na celebração, não são meras posturas, gestos, posicionamentos e palavras: é a Fé de sempre da Igreja de Cristo sendo apresentada com clareza na sua celebração mais importante: a renovação do Sacrifício do Calvário. Não é "coisa de 'radtrad'" ou de "tradicionalistas" fanáticos: é a simples e inegável realidade, tão clara quanto o mais puro cristal.

Encerramos com dois vídeos bastante didáticos dos padre Jonas dos Santos e do padre Jorge Luís, este último do Apostolado FERR (Adm. Apostólica São João Maria Vianey), abaixo:



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Fonte:
Catholic Herald, em
https://catholicherald.co.uk/news/2019/02/27/traditional-latin-mass-attendees-more-devout-and-orthodox-study-says/?fbclid=IwAR3XZ30Xq-0Tud5jhuL4xeczluHjTOB_7SaVXdC3fJArVUT1g06Ww1XOVAE
Acesso 28/2/2019
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