
Volta e meia nos perguntam a respeito de uma suposta grande perda de fiéis por parte da Igreja Católica. Essa perda existe mesmo? Devemos nos preocupar com isso? Por quê?
POUCAS SEMANAS após ser eleito Papa (abril/2005), numa de suas primeiras aparições públicas, Bento XVI ouviu de um jornalista a seguinte pergunta: “O senhor está preocupado com a perda de fiéis pela Igreja nos últimos anos?” Consta que o Sumo Pontífice encarou seu interlocutor com firmeza e respondeu calmamente: “A Igreja não perdeu nenhum fiel. Aqueles que se foram nunca foram fiéis católicos realmente. Não se pode perder o que nunca se teve. Os que deixaram a Igreja eram indecisos, curiosos ou pessoas que estavam apenas ‘cumprindo uma obrigação’ passada por seus pais ou avós. Os que vêm e vão não pertencem ao Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja na Terra. Da mesma maneira, os que são católicos mas ainda não estão na Igreja, infalivelmente chegarão ou retornarão a ela no devido tempo. A Igreja, Casa e Família de Deus, surgiu como um pequeno grupo; não importa a quantidade, e sim a qualidade dos seus filhos, como cristãos conscientes e santificados”.

A resposta causou admiração. Alguns entenderam a coerência na resposta do Papa e passaram a admirá-lo a partir dali. É bem possível também que outros tenham se escandalizado, imaginando que fora uma afirmação presunçosa. Mas os verdadeiros católicos, - exatamente aqueles a quem o Pontífice se referiu, - compreenderam bem e perceberam, naquela ocasião, que este seria um grande Papa, um líder enviado pela Providência Divina a um mundo complicado, num momento delicado. João Paulo II era respeitado pelo mundo todo, até por muçulmanos. Alguns esperavam que sua morte causaria um esmorecimento, mas as Missas presididas por Bento XVI reúnem ainda mais fiéis que as de João Paulo, segundo dados oficiais do Vaticano.
A afirmação de Bento XVI é realista. Podemos tomar um exemplo, para efeito de comparação: imagine uma pessoa que visita a sua casa. Essa pessoa pode frequentar a sua residência ou, por qualquer motivo, até morar nela por algum tempo; mas depois retoma o seu próprio caminho e se vai. Essa pessoa, por ter frequentado a sua casa, faz parte da sua família? Basta estar junto a uma família para fazer parte dela? Não.

Se alguém caminhou junto com o Povo de Deus por um tempo, mas nunca comungou dessa União sagrada de fato, e de repente começa a frequentar outra “igreja”, e logo passa a difamar a Igreja Católica, este é um “fiel” que a Igreja “perdeu”? Não. São pessoas que nunca aprofundaram sua fé, mas ao integrar outra comunidade são rápidos em afirmar que “encontraram Jesus” por lá. Que bom seria se de fato encontrassem Jesus, porque os verdadeiros católicos já o encontraram há muito tempo.
Há um exemplo curioso num fórum de discussão evangélico da internet. Um participante autodenominado “Mehid” deixa o seguinte depoimento: “Meu vizinho dá testemunhos nas igrejas evangélicas, se dizendo ‘ex-católico’, mas eu nunca o vi na igreja católica, em celebração alguma! Vejo ‘crentes’ dizendo barbaridades usando sempre aquela afirmação: ‘quando eu era católico...’ Mas a minha tia assiste ao programa da igreja Mundial, e ela disse que muitas pessoas vão dar testemunhos e citam outras igrejas evangélicas, justificando que não se sentiam bem nelas, até entrar na Mundial, e aí tudo ficou lindo nas suas vidas. Mas agora lá é proibido citar outras igrejas evangélicas, porque as citadas começaram a reclamar. Só da católica pode falar”.
“Então, muitos dizem que saíram da Igreja Católica porque não encontraram Jesus lá, mas eles entram numa igreja evangélica e depois pulam para outra. Se entram numa igreja evangélica porque Jesus está lá, por quê saem dessa igreja e pulam para outras igrejas? Será que Jesus pula de igreja em igreja, e as pessoas vão pulando com ele? Se a errada é a católica, porque quando a pessoa ‘se converte’ fica pulando de igreja, feito macaco sem galho?”
Seria engraçado, se não fosse triste. Por isso, católicos, não nos preocupemos: se um dia formos a minoria, seremos minoria com Cristo.

Olá, irmãos!
ResponderExcluirGostaria de contribuir com o blog e partilhar o novo diretório litúrgico que nossa diocese acaba de publicar pela editora Paulus. Nele contém passo a passo de como entender e celebrar bem a liturgia. Esse material, de 64 páginas, é fruto do 1º Plano de Pastoral que estamos implantando, no qual tem como prioridade a família, formação e juventude. Plano este que pode ser acompanhado todos os domingos nos folhetos dominicais Deus Conosco. Segue abaixo o link para todos que queiram um exemplar. Muito bom o material e estamos aprendendo a celebrar bem a liturgia.
Já tivemos formações sobre canto litúrgico com o maestro Cleiton Dias da arquidiocese de Campinas e foi muito bom.
Irmãos, é preciso ter coragem de mudar, mesmo que haja resistências. É tão bom quando celebramos a Santa Missa como tem de ser. Crescemos e caminhamos firmes rumo a casa do pai, com gestos e ações coerentes.
Desejo a todos boa leitura!
http://www.diocesedeamparo.org.br/anexos/Diret%C3%B3rio%20Lit%C3%BArgico%20-%20Diocese%20de%20Amparo%20PDF.pdf
Henrique, gostaria de te enviar um exemplar. Teria como me passar o endereço no e-mail francoadm@bol.com.br?
Abraço fraterno.
Paz e Bem!
Final eletrizante! Realmente! Minoria em Cristo! Amo minha igreja ♡
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