SOFRIMENTO EXTREMO se espalha pelas aldeias da Planície de Nínive: o abastecimento de água e de energia elétrica simplesmente foram suspensos para as famílias cristãs, por ordem do Estado Islâmico (ISIS ou ISIL1), situação que se torna crítica em função das altas temperaturas na região. Dom Emil Shimoun Nona, Arcebispo da Arquidiocese de Mossul (agora extinta pelo Estado Islâmico – veja aqui), está em Tall Kayf, povoado três quilômetros ao norte. Lá, a Igreja acolheu a todos os que fugiram por causa do avanço islâmico, não só cristãos, mas também muçulmanos xiitas. Abaixo, alguns dos apelos desesperados e alarmantes emitidos pelo Arcebispo:
"Os nossos sofrimentos são um prelúdio para pessoas como vocês, europeus e cristãos ocidentais! Entendam que vocês também sofrerão no futuro próximo!""Tentem nos entender: os seus princípios liberais e democráticos não valem nada para eles!""Vocês estão em perigo. Vocês devem tomar decisões fortes e corajosas, mesmo à custa de contradizer seus princípios.""Vocês têm que refletir sobre a nossa realidade no Oriente Médio, porque vocês estão dando boas-vindas em seus países a um número cada vez maior de muçulmanos.""Vocês acham que todos os homens são iguais, mas isso não é verdade. O Islã não diz que todos os homens são iguais: seus valores não são os nossos valores. Se vocês não entenderem isso, em breve vocês vão se tornar vítimas do inimigo que acolheram em suas casas."
As frases de alerta do Arcebispo ressoam em nossos ouvidos, corações e mentes, principalmente a nós, cristãos verdadeiros, – mas não só a nós, é fundamental que se diga, porque todos os ateus, agnósticos, espíritas, judeus, budistas, hindus, umbandistas, xintoístas, etc., TODOS são vistos como inimigos, infiéis e descrentes malditos para os islâmicos. Todos estão na linha de tiro da Jihad.
Para os muçulmanos não existem neutros, nem coexistência pacífica entre os diferentes. Para todos nós, que não somos muçulmanos, o Alcorão usa a palavra kafir, e esta palavra não é neutra, mas sim um termo altamente depreciativo e ofensivo. Segundo o Alcorão, o kafir é mau, desprezível, asqueroso, a mais baixa forma de vida. Os kafir podem ser enganados, odiados, subjugados, humilhados, escravizados, torturados e mortos. Nada disso é pecado. Assim, as palavras "descrente" ou "infiel", pelas quais usualmente se traduz o termo kafir, não refletem a realidade do Islã.
Kafir são todos os que não são muçulmanos, independente da fé que professam ou se não tem fé alguma; nada os diferencia. Todos eles podem ser tratados da mesma forma: como sub-humanos.
É interessante notar que as escrituras islâmicas dedicam muito espaço e grande quantidade de energia para falar dos kafir. Incríveis 64% de todo o conteúdo do Alcorão são dedicados a impetrar o ódio pelos kafir, e quase toda a Sira (biografia de Maomé) trata da luta do profeta contra estes. O Hadice ('Tradições de Maomé') dedica 32% dos seus textos a destilar ódio contra os kafir. No geral, a trilogia Alcorão + Sira + Hadice dedica 60% de todo o seu conteúdo para fomentar a aversão aos kafir2.
Segundo o Alcorão, o kafir deve ser, simplesmente, degolado. Abaixo alguns exemplos do que dizem as suras do livro sagrado islâmico:
47: 4 "Quando encontrardes os infiéis (kafir) no campo de batalha, cortai-lhes suas cabeças, até que os tenhais completamente derrotados, e depois levai os prisioneiros e amarrai-os com firmeza."
Pode-se tramar contra o kafir:
86:15 "Eles tramam e elaboraram esquemas contra ti [Maomé], e eu (Alá) tramo e elaboro esquemas contra eles. Portanto, lida calmamente com os kafir e deixa-os sozinhos por um tempo."
O kafir deve ser aterrorizado e... decapitado:
8:12 "Então o Senhor falou a seus anjos e disse: 'Eu estarei contigo. Dá força aos crentes. Vou plantar o terror nos corações dos kafir, corta suas cabeças e até as pontas de seus dedos!'"
Muita atenção neste ponto: um muçulmano NÃO é e nem pode ser amigo de um Kafir:
03:28 "Os crentes não devem tomar os kafir como amigos em detrimento de outros crentes. Aqueles que fazem isso não terão a proteção de Alá e vão ter apenas a si mesmos como guardas. Alá avisa a temê-lo pois tudo retorna para ele.
33:60 "Eles [os kafir] serão amaldiçoados, e onde quer que forem encontrados, serão presos e assassinados. Essa foi a prática de Alá com aqueles que vieram antes deles, e tu não encontrarás nenhuma mudança na forma de atuação de Alá.
É bem possível que, por aqui, muitos simplesmente ainda não saibam, mas os nossos irmãos cristãos estão sendo barbarizados no sentido mais puro da palavra. Estão sendo humilhados ao último dos extremos, vendo suas esposas e filhas sendo estupradas e mortas, degoladas ou tendo seus pescoços abertos para que sangrem até a morte, como porcas; suas crianças são despedaçadas; pessoas absolutamente inocentes de qualquer crime estão sendo massacradas e mortas, aos milhares. – E tudo parece não comover as autoridades da Igreja, ao menos não no nível que deveria ou seria de se esperar. A autoridade eclesiástica parece demonstrar um certo constrangimento, enquanto usa de uma reticente cautela: usam-se luvas brancas para lidar com os algozes.
Depois de intermináveis semanas do hediondo show de horrores que se desenrola na planície de Nínive, o Vaticano deu à luz, afinal, uma simples “nota”, através do Pe. Federico Lombardi, em que, em nome do Papa, se pede à “comunidade internacional” que ponha um fim ao “drama humanitário em curso” no Iraque e se faz um apelo à paz. Infelizmente, pedir paz aos monstros que estão estraçalhado nossos irmãos é como tentar usar um mata-moscas contra um leão enfurecido.
O que está em curso é muito pior do que uma “tragédia humanitária”, e nada é dito sobre o que deve ser feito concretamente. Não adianta falar em paz quando o inimigo está embriagado pelo ódio e idolatra a guerra! Não adianta falar em respeito e ecumenismo à pessoas que professam um credo que os incita a odiar e a matar. Além do mais — como observou Giuliano Ferrara, fundador e diretor do jornal italiano "Il Foglio", — “nada naquela declaração fria faz menção sobre quem é o responsável por estes eventos angustiantes”. Nem uma reprimenda. Nem uma palavra sobre o que obrigou as “comunidade atribuladas” (termo 'politicamente correto' para falar de gente inocente sendo torturada e assassinada a sangue frio) a fugirem de suas casas e de suas próprias cidades.
Parece que aquela força com a qual João Paulo II falava na defesa dos cristãos perseguidos virou coisa do passado. E a clareza inconveniente do grande Bento XVI, como no grande discurso de Regensburg, também já não existe. – A atitude do pontificado atual é de uma reticência desconcertante diante de criminosos sanguinários, com os quais, conforme dizem os bispos locais, não há possibilidade alguma de diálogo; assassinos que, sobre os cristãos, disseram: "Não há outro diálogo senão a espada".
Uma falta de firmeza que, lamentavelmente, já se tornou habitual no comportamento do Papa Bergoglio, que também não disse uma única palavra em defesa das mães cristãs condenadas à morte por sua fé no Paquistão ou no Sudão (como Asia Bibi e Meriam); que não convoca nem mesmo uma oração pública por eles, e, quando se vê obrigado, fala sempre genericamente de "cristãos perseguidos", sem dizer quem os persegue, sem se comprometer, e chega mesmo a afirmar, como fez na entrevista ao “La Vanguardia” (13 de junho): “Sei tanto sobre as perseguições que não parece prudente contar aqui para não ofender ninguém”(!!!).
Meu Deus! Um Papa que acha melhor não dar a benção apostólica ao final de um encontro, para não ofender os ateus! Um Papa que cala quanto a seus filhos espirituais sendo chacinados, para não ofender criminosos sanguinários que crucificam os “inimigos do Islã”!? Meu Deus, o que está acontecendo? Milhares de inocentes filhos da Igreja sofrem e correm iminente perigo de vida, perseguidos e dilacerados, fugindo de assassinos bárbaros, e Bergoglio se preocupa em “não ofender” os carrascos? Por que toda essa cautela quando se trata do fanatismo islâmico? Por que nem sequer se ousa dizer, simplesmente, que são islâmicos os perseguidores? E por que se pede à comunidade internacional para pôr fim à “tragédia humanitária” sem mencionar como? Apelo pela paz? Como deveríamos negociar a paz com monstros que estripam criancinhas e lançam seus corpinhos despedaçados em valas? Com uma boa conversa? Com ações e posturas "politicamente corretas"? Desafiando-os para uma partida de damas? Como esquecer, por fim, de situações como esta?
Meu Deus! Um Papa que acha melhor não dar a benção apostólica ao final de um encontro, para não ofender os ateus! Um Papa que cala quanto a seus filhos espirituais sendo chacinados, para não ofender criminosos sanguinários que crucificam os “inimigos do Islã”!? Meu Deus, o que está acontecendo? Milhares de inocentes filhos da Igreja sofrem e correm iminente perigo de vida, perseguidos e dilacerados, fugindo de assassinos bárbaros, e Bergoglio se preocupa em “não ofender” os carrascos? Por que toda essa cautela quando se trata do fanatismo islâmico? Por que nem sequer se ousa dizer, simplesmente, que são islâmicos os perseguidores? E por que se pede à comunidade internacional para pôr fim à “tragédia humanitária” sem mencionar como? Apelo pela paz? Como deveríamos negociar a paz com monstros que estripam criancinhas e lançam seus corpinhos despedaçados em valas? Com uma boa conversa? Com ações e posturas "politicamente corretas"? Desafiando-os para uma partida de damas? Como esquecer, por fim, de situações como esta?
Parece que retornamos ao mesmo clima sombrio dos anos 1970, àquele sonambulismo dos cristãos, àqueles tempos de confusão, àquela escuridão que só começou a ser dissipada com a inauguração do pontificado de João Paulo II.
O exilado Arcebispo caldeu de Mossul tem palavras duras de advertência para nós, cá no Ocidente, que pensamos que perseguições como as do Iraque não podem chegar aqui onde estamos. O fato é que muitíssimos muçulmanos estão imigrando para a Europa e para as Américas, e via de regra não assimilam a cultura local. Eles formam seus próprios grupos e obtém territórios onde podem praticar sua religião livremente, sob a sua própria lei.
As fotos acima foram postadas no Twitter por um apoiador do Estado Islâmico |
"Vocês acham que todos os homens são iguais, mas isso não é verdade. O Islam não diz que todos os homens são iguais. Seus valores não são os nossos valores. Se vocês não entenderem isso, em breve vão se tornar vítimas do inimigo que acolheram em suas casas", diz o Arcebispo. – Estamos sendo avisados.
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2. Dados do Center for the Study of Political Islam
• Com Fratres in Unum, Radio Vaticano e "Lei Islâmica em Ação"
• Veja também: Atrocidades no Iraque: militantes do Estado Islâmico executam crianças cristãs e escravizam mulheres
ofielcatolico.com.br
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