24/9/2020 | Continuam as prisões de sacerdotes e bispos fiéis a Roma na China


RECENTE  RELATÓRIO VINDO de Jiangxi, China, revela que padres da Diocese de Yujiang que não ingressaram “igreja católica patriótica”, vêm sendo presos desde 1º de setembro. De acordo informações das agencias UCA News/Gaudium Press, o Governo chinês continua encarcerando sacerdotes e bispos que se recusam a apoiar o Partido Comunista.


Esses sacerdotes postos em reclusão receberam como parte de sua punição a proibição de “participar de qualquer atividade religiosa enquanto clérigos”.



O Padre Liu Maochun, de Mindong, foi preso e ignora-se seu paradeiro

Segundo informações de Asia News, o Padre Liu Maochun, da Diocese de Mindong, localizada na província de Fujian, foi preso por ordem pelo “Escritório de Assuntos Religiosos”. Pe. Liu não é reconhecido pelas autoridades comunistas como sacerdote porque pertence à Igreja dita “clandestina”. Seu paradeiro é desconhecido desde 1º de setembro, depois que o Escritório o deteve logo após ele realizar uma visita pastoral a um hospital.



Bispo também é preso às vésperas do vencimento do acordo China-Vaticano

Entre os membros do clero feitos prisioneiros está o Bispo de Nanking, Dom Lu Xinping, que foi proibido de celebrar a Santa Missa. Dom Xinping fora consagrado como bispo da CPCA (espécie de 'igreja estatal'), porém foi reconhecido pelo Vaticano peno polêmico acordo feito em setembro de 2018 (saiba mais).


Um relatório vindo de Jiangxi revela que são muitos os padres de Yujiang que, por não ingressarem à “igreja católica patriótica”, foram presos este ano.  Tais notícias chegam bem próximo da data de expiração do acordo entre Vaticano e China: o tratado vence em outubro deste ano e o Vaticano já sinalizou que deverá ser renovado, em "uma inacreditável traição" (nas palavras do jornalista John Allen Jr.) da parte do Papa para com os verdadeiros mártires daquele país, bem como um gesto de dar as costas aos muitos corajosos fiéis católicos que desejam praticar a sua Fé sem a intervenção comunista.


Em 22 de setembro de 2018, foi assinado o acordo entre Beijing e o Vaticano para a nomeação de bispos

Depois desse acordo, para a estupefação de muitos, o clero Católico fiel a Roma foi orientado a se unir à "igreja estatal" chinesa, o que, na prática, implicaria em afirmar e acatar a autoridade do Partido Comunista sobre os assuntos eclesiais.


Muitos clérigos chineses considerados exemplares pela coragem e fidelidade se negaram a fazê-lo, citando os evidentes conflitos doutrinais que existem entre a Doutrina da Igreja Católica e as regras da CPCA, como o obrigatório juramento de fidelidade ao Partido Comunista.


Por décadas a Igreja na China dividiu-se entre a Igreja “clandestina” ou “subterrânea”, em comunhão com Roma, e a CPCA, que é obediente e depende do governo comunista. Desde a assinatura do acordo, muitos sacerdotes vêm denunciando o assédio que sofrem das autoridades civis. Houve dezenas de relatos de que o Partido Comunista Chinês está destruindo igrejas por sem nenhum motivo.


A perseguição foi particularmente intensa na província de Jiangxi. Lá, o Escritório de Segurança Pública e o Departamento do Trabalho da Frente Unida informaram ao clero que, a menos que se unam à CPCA, não têm permissão para pregar.


Além disso, o Partido Comunista Chinês promete reescrever os Dez Mandamentos para refletir os normas comunistas do país, e já está trabalhando para reescrever a Bíblia(!).



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Gaudium Press, disp. em:
https://gaudiumpress.org/content/228118/
Acesso: 24/9/2020

Um comentário:

  1. Sacerdote católico tendo que fazer juramento de fidelidade a partido comunista para poder exercer suas funções. Piada pronta, se não fosse trágico.

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