Por Lorenzo Lazzarotto
COM QUASE UMA DÉCADA, o Pontificado de Francisco se aproxima do fim, e a grande preocupação do Vaticano é designar um sucessor que guie a Revolução durante o Sínodo de 2023. As declarações de Francisco e os preparativos do Sínodo parecem a repetição de uma história conhecida: a do Concílio Vaticano II.
COM QUASE UMA DÉCADA, o Pontificado de Francisco se aproxima do fim, e a grande preocupação do Vaticano é designar um sucessor que guie a Revolução durante o Sínodo de 2023. As declarações de Francisco e os preparativos do Sínodo parecem a repetição de uma história conhecida: a do Concílio Vaticano II.
Temas no vídeo:
01:04 A Revolução após Francisco
01:04 A Revolução após Francisco
03:26 O problema dos Revolucionários radicais: causam uma reação.
06:31 Não há campo para um Papa conservador de 'hermenêutica da continuidade'
08:11 O que significa um Papa João XXIV?
10:58 Mas não é o Espírito Santo que escolhe o Papa?
12:57 Um castigo para os fiéis tíbios
14:54 O que fazer?
No final do ano passado, o Papa Francisco, com a informalidade que é própria de todas as suas falas e pronunciamentos, fez uma brincadeira sobre o seu sucessor.
Isso foi durante a visita do Papa a Dom Giuseppe La Placa, que narra: “Convidei o papa a visitar a cidade de Ragusa, por ocasião dos 75 anos da fundação da diocese em 2025. O Santo Padre deu um sorriso, fez um sinal de consentimento e, com uma brincadeira, me respondeu que em 2025 a visita será feita por João XXIV”.
Há todo sentido nesse comentário. A Revolução feita na Igreja a partir do Concílio Vaticano II é feita por diferentes vertentes.
Há aqueles que desejam a Revolução a todo custo, de forma imediata e completa. A linha Revolucionária radical pode ser caracterizada por Francisco e por Paulo VI. O problema é que estes modernistas causam muita reação e escândalo nos fiéis.
E estes passam a se perguntar: "Esta ainda é a Igreja Católica?"
Para impedir a consolidação de reações autenticamente tradicionais, a Revolução não pode promover continuamente clérigos tão radicais. Por outro lado, a Revolução avançou de modo tão avassalador na 'Era Francisco' que não é viável a próxima eleição de um Papa da 'Hermenêutica da continuidade".
Assim, se por um lado um 'Francisco II' ou um 'Paulo VII' causariam ainda mais reações de oposição da parte dos fiéis; a eleição de um 'Bento XVII' ou um 'João Paulo III' sequer são concebíveis na Cúria Romana reformada por Francisco
Um Papa de Centro-Esquerda, que seja Revolucionário, mas não tão explicitamente como Francisco, se encaixaria perfeitamente nas necessidades táticas encontradas pelos modernistas.
Esse papel pode ser preenchido por um João XXIV. OU seja, um Papa que repita a fórmula de João XXIII - Centrista, bonachão, brincalhão, otimista; e que lote a Cúria Romana de revolucionários radicais.
Dando um passo para trás, a Revolução então se prepara para dar mais cinco a frente.
Um novo João XXIII para um novo Concílio Vaticano II: o Sínodo de 2023.
______
Fonte:
ACI Digital, "Papa Francisco 'brinca' sobre seu sucessor", disp. em:
https://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-brinca-sobre-seu-sucessor-joao-xxiv-84244
Acesso 29/6/2022.
Prof, Plínio Correa de Oliveira: DE MATTEI, 'O Cruzado do Século XX'. 1997. Ed. Civilização.
https://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-brinca-sobre-seu-sucessor-joao-xxiv-84244
Acesso 29/6/2022.
Prof, Plínio Correa de Oliveira: DE MATTEI, 'O Cruzado do Século XX'. 1997. Ed. Civilização.
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