Lutar, sim, é preciso

AS PESSOAS QUE CONTINUAM admiravelmente lutando em nosso país, sacrificando muito em prol de um bem maior, não lutam por uma eleição, ou por um candidato a Presidente. Não são "bolsonaristas" ou "golpistas", como diz a podre velha imprensa, porque esse foi o sujo subterfúgio que encontraram para tentar tampar o sol com a peneira, para tentar minimizar o fato de que uma parcela importantíssima da nossa população (mesmo se acreditássemos no resultado das urnas, ainda seria a metade do povo brasileiro) não aceita ter um criminoso condenado em três instâncias decidindo as suas vidas.

    O tal "golpe" que alardeiam já foi dado, contra nós, contra todas as pessoas honestas e todos os cidadãos de bem, através da interferência direta do TSE na campanha eleitoral, e concretizado num sistema de apuração de votos comprovadamente falho e, para dizer o mínimo, suspeito. Essa luta é pela liberdade religiosa, pela família, pela preservação dos bons usos e costumes cristãos que moldaram a nossa civilização, por uma moral sadia, pela transparência na administração da coisa pública, para que possamos manter e confessar publicamente a nossa Fé.

    Lutamos porque optar pela passividade nos trará o que já aconteceu na Europa, o que acontece hoje no México, com a suprema corte daquele país discutindo sobre proibir a exibição de presépios e imagens de Nossa Senhora de Guadalupe em espaços públicos (veja aqui e aqui). Alguns, diante de notícias totalmente absurdas como essas, reagem apenas pedindo calma, dizendo que algo assim não acontecerá, que não proibirão nunca as imagens da Virgem de Guadalupe no México. Mas não se apercebem de que só o fato de se prestarem a considerar tal violência já é um sinal terrível de que realmente o demônio age hoje com poder redobrado sobre um mundo que a cada dia vem perdendo a mais elementar noção da realidade e da justiça.

    “Estamos começando a viver no México o que já se vive na Europa, uma verdadeira cristofobia”, alertou à ACI Prensa o Pe. Hugo Valdemar, cônego penitenciário da Arquidiocese Primaz do México,. “Não estamos apenas sob a ditadura do relativismo, mas também sob a ditadura das minorias. Basta que uma pessoa se sinta incomodada com os sinais religiosos para que ela imponha seus critérios individuais à maioria que pensa diferente”. Valdemar, que por 15 anos foi diretor de comunicação da Arquidiocese do México, lamenta "a passividade das maiorias que não fazem nada diante da tirania das minorias" (lá como cá) e disse que "se uma lei é injusta, não há dever moral de obedecê-la", portanto "a Fé da maioria deve ser respeitada". O sacerdote destacou ainda como a intolerância contra o cristianismo se torna mais evidente quando se celebram cerimônias pagãs. "Por exemplo", lembrou, "quando o atual presidente (Andrés Manuel López Obrador) tomou posse, foram feitos ritos pré-hispânicos e xamânicos, e ninguém se escandalizou com a violação do Estado laico".

    Se os justos nada fizerem, daqui a algum tempo tentarão proibir o Natal e os dias santos; nossa Fé será criminalizada e varrida para debaixo do tapete, e teremos que retornar literalmente às cavernas e catacumbas. Caminhamos inexoravelmente para isso. É por isso que lutamos e continuaremos lutando. Dileto leitor, faça também a sua parte, seja como for; cada pequena ação diz muito. Precisamos agir, erguer a nossa voz, ocupar espaços, boicotar o que tiver que ser boicotado e manifestar a nossa vontade em todas as frentes possíveis, sem parar nem desistir. Mesmo que o inimigo venha realmente a assumir o poder e oficialmente tomar a posse da presidência da República em nosso país (hoje ninguém tem certeza de que isso vá realmente acontecer), enfrentarão uma oposição que a esquerda nunca viu, nem aqui e nem em outro lugar do mundo.

    Eles não terão paz: assim como não nos deram nem um dia sequer de trégua nos últimos quatro anos, assim faremos com eles. As pessoas de bem finalmente aprenderam como é que se faz, e nós ainda somos maioria. No fim, eles perderão, de um jeito ou de outro.

    À carga! Por Cristo e com a Santíssima Virgem! São Miguel, São Jorge e São Sebastião nos precedam!