A CHINA COMUNISTA voltou a violar o iníquo acordo feito com a Santa Sé (saiba mais) ao nomear o bispo de Xangai sem o aval do Vaticano.
O acordo fora renovado em 2022, ignorados os veementes protestos do valoroso cardeal Joseph Zen, bispo emérito de Hong Kong, e da parte de grupos de fiéis católicos leigos, que em muitas ocasiões se manifestaram avisando que tal não seria respeitado. Xi Jinping pretendia com esse acordo, segundo suas promessas falaciosas, dar um passo para reconhecer a autoridade da Igreja Católica. Falsidade absoluta e uma traição totalmente previsível, pois o comunismo chinês não tolera autoridade alguma sediada fora de seu território.
A Santa Sé, que desde o Concílio Vaticano II tem trocado o "sim, Sim, não, Não" pela diplomacia e insistido em contorções verbais que nada dizem de concreto a respeito de temas polêmicos ou difíceis, até agora não comentou sobre essa impressionante traição da China. Em 11 de fevereiro de 2021, a revista "Bitter Winter" traduzira e publicara o documento para o inglês (leia), permitindo que a Agência Católica de Notícias fizesse um resumo do processo estabelecido pela China: "A Igreja Católica e a conferência episcopal da China, comandadas pelo Estado comunista, selecionarão, aprovarão e ordenarão os candidatos episcopais – sem menção do envolvimento do Vaticano no processo".
Significativamente, as novas regras exigem que o clero "cumpra o princípio de religião independente e autoadministrada na China". Essa linguagem acompanha uma cláusula de longa data no compromisso de adesão da chamada "Igreja Católica Patriótica Chinesa" (CPCC), a qual bispos e padres devem assinar para serem autorizados para o ministério. Isso significa, em termos práticos, que o clero chinês deve ser na verdade independente do Vaticano e, portanto, deve ser apóstata.
Em 2019, o Vaticano sugeriu diretrizes, fora do âmbito do acordo, para rejeitar a cláusula. O padre Huang Jintong, de Fujian, foi detido pela polícia e torturado durante quatro dias por seguir as orientações do Vaticano.
As novas regras estipulam que o clero alinhado à CPCC deve apoiar ativamente o Partido Comunista no poder. O artigo 3 exige que eles "apoiem a liderança do Partido Comunista Chinês" e "o sistema socialista", bem como "pratiquem os valores fundamentais do socialismo". As regras também exigem que o clero promova a "harmonia social". Com isso, Pequim determina que as igrejas se tornem nada além de mais um braço do regime autoritário chinês.
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Fonte:
Gazeta do Povo, China trai acordo com o Vaticano, por SHEA, Nina, disp. em: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/china-trai-acordo-vaticano
Acesso 22/7/2023
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