A Igreja verdadeira ainda respira. E reage! (atualizado em 3/1/2024)

GRAÇAS AO BOM DEUS, as reações à verdadeira aberração intitulada Fiducia Supplicans têm sido maravilhosas, vieram rápido e continuam acontecendo. A situação escala a um ritmo alucinante e são muitas informações chegando ao mesmo tempo, de modo que temos dificuldade em noticiar tudo. Em comunhão com as Conferências Episcopais do Cazaquistão, do Malawi, da Zâmbia, do Zimbawe, de Camarões, da Ucrânia e da Polônia, também os Bispos da Nigéria concluíram o mesmo, declarando em nota pública:

A Conferência Episcopal Nigeriana assegura a todo o povo de Deus que o ensinamento da Igreja Católica sobre o Matrimónio permanece o mesmo. Portanto, na Igreja não há a possibilidade de se abençoar uniões e atividades entre pessoas do mesmo sexo. Isso iria contra a Lei de Deus os ensinamentos da Igreja, as leis da nossa nação e as sensibilidades culturais do nosso povo.[1]

Já a nota da Conferência dos Bispos da Polônia destacava o seguinte:

Evitar a confusão e o escândalo é virtualmente impossível se a Igreja abençoa relações homossexuais. (...) Como a prática de atos sexuais fora do casamento, isto é, fora da união indissolúvel entre um homem e uma mulher aberta à transmissão da vida, é sempre uma ofensa à vontade e à sabedoria de Deus expressa no sexto mandamento do Decálogo, as pessoas que  estão em tal relacionamento não podem receber uma bênção. Isso se aplica em particular a pessoas em relacionamentos do mesmo sexo. (...) Uma bênção só faz sentido quando uma pessoa a pede de boa fé quer reorganizar a sua vida de acordo com a vontade de Deus expressa nos Mandamentos. 
    
    Poucos dias depois, a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) determinaram que não sejam dadas bênçãos a casais do mesmo sexo e nem a a "casais irregulares" (veja). Além de tantos Bispos dignos, vimos como a importante Congregação dos Padres da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria tomaram uma firme decisão no mesmo sentido, publicando uma carta que rechaça o documento do Vaticano (veja), assim como a Confraria do Clero Católico da Província Britânica de St. Gregory, the Great, que fez o mesmo (veja), e a Confraria de Clero Católico dos EUA, que igualmente respondeu com um sonoro "não" ao projeto revolucionário de Francisco e "Dom 'Tucho'":

"O comportamento pecaminoso e as inclinações desordenadas nunca podem ser abençoados ou tolerados. Mesmo a aparência de endosso de qualquer mal moral deve ser evitada a todo custo, para que não se infira que aquele que dá a 'bênção' seja também um cooperador formal no mal, o que é sempre proibido." (Fonte)

    Ainda em tempo, juntamente com inúmeros padres ao redor do mundo, como o Mons. Charles Pope, reitor e da Arquidiocese de Washington, DC, que já tornou público que, como sacerdote, tem o dever de proteger seus fiéis de confusão e do erro teológico, por isso não irá fazer bênçãos a duplas gays e a casais irregulares (veja), também o Arcebispo-Maior Sviatoslav Shevchuk, líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana, declarou à CNA que “O discernimento pastoral nos exorta a evitar gestos, expressões e conceitos ambíguos que possam distorcer ou deturpar a Palavra de Deus e o ensinamento da Igreja” (veja). 

    Logo depois veio a reação do Cardeal Arcebispo de Montevidéu, Uruguai, Dom Daniel Sturla, mais um a se posicionar publicamente da mesma maneira, declarando que a Fiducia Supplicans não pode ser efetivamente obedecida, pois abençoar um par homossexual "não é mais uma bênção de pessoas, mas desse 'casal', e toda a Tradição da Igreja, inclusive um documento de apenas dois anos atrás, diz que não é possível fazer isso", e concluiu alertando para a grande "confusão" que o documento está provocando, lamentando especialmente que isso tenha acontecido no tempo santo do Natal. Disse ainda o Arcebispo, um tanto enigmaticamente, que o famigerado documento “está dividindo as águas dentro da Igreja” (veja).

    Acrescente-se a forte declaração do bispo de Moyobamba, Peru, Raphael Escudero Lopez-Brea, que escreveu uma carta contra o documento sem meias palavras. Disse ele por exemplo:

Não minimizemos as consequências destrutivas e míopes resultantes deste esforço de alguns hierarcas da Igreja para legitimar tais bênçãos, em alguns casos com boas intenções e noutros com a intenção de destruir o Depósito Sagrado da Tradição da Igreja[2].


    Abaixo, em vídeo, nosso parceiro de apostolado Lorenzo Lazzarotto atualizava (em 29/12) as reações ao redor do mundo, incluindo alguns que se manifestaram favoravelmente, em contraste com as muitas conferências episcopais, além de bispos e cardeais que se manifestaram contra, e demonstram bem a separação entre joio e trigo que será forçosa daqui para diante. Tudo isso por enquanto. As boas novas não cessam, graças à Misericórdia divina. Rezemos.



_____
[1] Nigerian Catholic Bishops Clarify Pope’s Declaration, Say No Blessing For Same-sex Unions, Marriages As ‘They’re Against God’s Law, Teachings’, em Sahara Reporters, disp. em:
https://saharareporters.com/2023/12/21/nigerian-catholic-bishops-clarify-popes-declaration-say-no-blessing-same-sex-unions
Acesso 28/12/2023.

[2] A declaração de
Dom Escudero completa está disponível no InfoCatolica, artigo "Mons. Rafael Escudero: Fiducia supplicans 'daña la comunión de la Iglesia'", disp. em:
https://www.infocatolica.com/?t=noticia&cod=48384
Acesso 3/1/2023.

4 comentários:

  1. Agora também a Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST): https://observador.pt/2023/12/24/bispos-de-angola-e-sao-tome-determinam-que-nao-sejam-dadas-bencaos-a-casais-do-mesmo-sexo/

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  2. Em relação a essa determinação, surgiu algum movimento parecido no Brasil ?

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    Respostas
    1. Aqui só tivemos até agora declarações esparsas e muito temerosas de algum bispo aqui, um padre ali... CNBB impassível, padres idolatrados e com muitos seguidores em redes sociais, idem. Até aqueles que muitos imaginam que são pastores super fiéis e exemplares. Parece que ninguém quer perder a sua boquinha na nova igreja.

      Fraternidade Laical São Próspero

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    2. Sim, Henrique. Está complicado.
      Eu assisti um vídeo do padre Gabriel Villa Verde explicando a situação, criticando de maneira bem lúcida e didática e sem meias palavras. Gostei.

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