Carmelitas ligadas a Francisco abandonam convento de 4 séculos

Triste realidade que se impõe mas, incrivelmente, não é vista pela maioria adormecida


AS CARMELITAS DESCALÇAS do mosteiro de San José, em Lucena (província de Córdoba), Espanha, a quem o papa Francisco enviou várias mensagens por causa de sua amizade com uma ex-madre superiora, deixarão o seu convento devido à falta de vocações. Isso acontece depois de mais de 400 anos da presença do convento naquela localidade.


    Segundo o jornal semanal "Iglesia en Córdoba", da diocese espanhola, a madre Maria Madalena de São João da Cruz, superiora da comunidade, disse em comunicado: "Com grande dor e tristeza, porque restam apenas três freiras, pela escassez de vocações (...) vimos que é a vontade de Deus que nossa missão por aqui tenha terminado".


    Assim termina, tristemente, uma história que iniciou no ano 1612, com a chegada das carmelitas descalças vindas da cidade de Cabra, onde a comunidade foi fundada em 1603. Faz pensar se mais este amargoso fruto da "primavera" trazida pelo concílio Vaticano II seja mesmo da "vontade de Deus".

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11 comentários:

  1. isso mesmo, a primavera que só da espinho!

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  2. Com a palavra... João 23 e a primavera católica.

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  3. Faltam vocações no convento da amiga do excomungado do Bergóio e a surpresa é zero; o Bergóio é o Midas invertido, onde toca vira bosta.

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    1. Mas se a Sé está vacante como fica a promessa de Jesus que Ele estaria na Igreja até o final dos tempos?

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    2. A Igreja estaria eclipsada, isto é, oculta, existindo nos bispos, padres e católicos fiéis, como foi profetizado em La Salete. No tempo da crise ariana, Santo Atanásio já ensinara: "Ainda que os católicos fiéis à Tradição se reduzam a um punhado, são estes a verdadeira Igreja de Cristo" (Carta ao meu rebanho). De todo modo, pensar que um Papa legítimo está ensinando o erro a toda a Igreja e conduzindo as almas ao Inferno também seria um triunfo do diabo e o fim da Igreja em certo, sentido.

      Henrique Sebastião
      Fraternidade Laical São Próspero

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  4. Entendi mas veja quem instituiu o Papado foi Cristo e Cristo estar com a Igreja até o final dos tempos implicaria em ter um Papa pois o Papado é um diferencial entre católicos romanos e ortodoxos e protestantes e pela lógica e a razão o Papa e o Papado estão profundamente ligados. Mas seu um Papa está ensinando o erro porque o Espírito Santo ( Deus) não age na Igreja para o Colégio Apostólico eleger um outro Papa?

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    1. Qualquer posição que adotemos implicará em grandes dificuldades. Sedevacantistas não creem que não há Papa, mas sim que há um longo interregno, desde o Vaticano II. Isso não é o normal para a Igreja, mas os tempos da grande apostasia trarão muitas situações nunca vistas.

      Henrique Sebastião
      Fraternidade Laical São Próspero

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  5. Saudações,

    Algumas dúvidas honestas sobre a posição sedevacantista que a faz parecer inadmissível para mim:
    Quem ou o que legitima um indivíduo ou um grupo a dizer quem é ou não validamente papa? Essa legitimidade não seria unicamente da própria Igreja?

    Pergunto porque do que já vi dos argumentos a favor do sedevacantismo tudo parece se resumir a uma convicção individual formada a partir de determinada interpretação de uma combinação de diferentes documentos da Igreja. Mas no fim continua sendo uma convicção individual.

    É uma posição a qual se pode aderir ou não, posição que não é uniforme, tanto que há divergências sobre qual teria sido o último pontífice válido. Ou seja, não é algo evidente nem objetivo. É uma formação de opinião. O que faz parecer que os sedevacantistas fazem com alguns documentos da Igreja mais ou menos o que os protestantes fazem com a Bíblia.

    Já vi, por exemplo, afirmarem que o papa atual (e talvez outros, dependendo de quem afirma) teria incorrido em excomunhão latae sententiae ou coisa do tipo. Mas não seria a própria Igreja enquanto instituição a única com legitimidade para afirmar isso? Ou seja, para afirmar se determinado individuo de fato incorreu em determinada heresia ou ato sancionável pelo código canônico?

    Que legitimidade tem um fiel, seja ele leigo, religioso ou sacerdote para individualmente afirmar se um determinado papa é legítimo ou não se a Igreja ainda não se pronunciou sobre o caso concreto?

    Isso me faz parecer a posição sedevacantista, na melhor das hipóteses, temerária. E na pior da hipóteses anticatólica, pois remete a um espírito de rebeldia e revolucionário.

    Temerária pois se assume uma posição de rompimento com o pontificado atual (e alguns casos também com vários anteriores) seguindo a própria convicção e interpretação pessoal dos documentos magisteriais e eclesiásticos antecipando-se à análise e pronunciamento da Igreja sobre o caso concreto.

    Revolucionária pois parece inverter a hierarquia da Igreja transferindo ao indivíduo um poder ou legitimidade que pertence somente à Igreja como instituição. Como se viesse da "conscientização das massas" a transformação ou salvação da Igreja. O que me parece também uma falta de Fé de que é Deus quem está no controle dos rumos da Igreja. E daí me parecer uma posição de pouco espírito católico e até anticatólica.

    (continua)

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  6. (continuação)

    Outra objeção que me afasta até o momento da posição sedevacantista é a aparência sectária e quase hermética.

    A Igreja de Cristo não deveria ser visível e facilmente identificável no mundo? Porém, na posição sedevacantista temos, como falado nesta página de comentários, uma "igreja eclipsada", ou seja, uma igreja quase intangível, secreta, escondida na subjetividade de seus membros, uma posição que novamente lembra muito o entendimento protestante do que é igreja.

    E piora se considerarmos que para aderir a essa Igreja é necessário mergulhar em um mundo de documentos eclesiásticos e discussão exegética para se convencer da posição. Por isso disse quase hermética. Tais características parecem destoar do catolicismo.

    Outra característica do sedevacantismo que me parece destoar do catolicismo é o conspiracionismo. O sedevacantismo exige em maior ou menor grau que se adira a alguma teoria de conspiração de corrupção/infiltração da Igreja na qual o fiel precisa entrar em um clima desconfiança a tudo que não pertence a sua "célula" (por não encontrar ou termo). O que novamente remete a uma falta de confiança de que é Deus quem está no controle da Igreja.

    Ou seja, o sedevacantismo parece envolver "conhecimentos" um tanto "obscuros" ou não facilmente acessíveis a todos, seja em razão do nível de erudição necessário, seja pela natureza das fontes.

    Até o momento o que me parece católico a se fazer no caso de dúvida ou objeção a um ou mais pontificados, principalmente enquanto leigo, é orar e passar aos membros da hierarquia da igreja, ou seja, nossos padres e bispos as nossas preocupações.

    Parece-me ser a hierarquia da igreja que tem a legitimidade para fazer algo sobre a própria hierarquia da Igreja, não os leigos. E se cremos que Deus está no controle dos rumos da Igreja e se a Igreja ainda não se manifestou especificamente e concretamente a respeito se este ou aquele pontífice é legítimo ou ilegítimo, não cabe ao indivíduo fazer isso em seu lugar. A nós cabe orar e confiar em Deus apesar dos pesares e das nossas dúvidas, objeções e convicções individuais.

    Como disse, é uma dúvida honesta, pois sou apenas uma leigo paroquial e não sou conhecedor de teologia, direito canônico nem nada do tipo.
    Se por acaso errei no tom do texto, não foi por malícia, mas por inabilidade. O mesmo vale para a qualidade do texto e das ideias como um todo.

    Salve Maria!

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    1. Falou muito bem, Wellame, e dou graças a Deus pela oportunidade de responder a essas perguntas, que me parecem, sim, claramente honestas. Poderíamos acrescentar a esses problemas que citou ainda mais alguns, como os que o nosso fiel leitor "Católico" já apresentou por aqui e que eu fiquei de desenvolver, mas... até hoje não pude, por motivos diversos.

      Curiosamente, pareço ter me tornado uma espécie de porta-voz do "sedevacantismo" — termo este que eu abomino, digo desde já — não por escolha minha, mas provavelmente por dirigir o único apostolado católico que não assume essa posição e nem levanta essa bandeira mas que a respeita como uma posição teológica perfeitamente válida.

      Não terei tempo para responder às suas questões e nem vou fazê-lo sozinho. Vou pedir ajuda a um amigo padre que admiro, que é santo e em quem confio, e que não reconhece a legitimidade dos papas "pós-conciliares", para que me ajude. Respondo, portanto, assim que puder.

      Agradeço pela oportunidade e desejo-lhe as maiores bênçãos de Deus, pela intercessão da Virgem Santíssima. Saiba que Deus sempre abençoa e favorece os honestos.

      Henrique Sebastião
      Fraternidade Laical São Próspero

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  7. Em tempo: enquanto a resposta não vem, talvez ajude a entender melhor algumas questões a leitura deste artigo que publiquei a respeito há alguns meses:

    Precisamos falar sobre sedevacantismo

    Henrique Sebastião
    Fraternidade Laical São Próspero

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