NÃO VAI FALAR nada sobre a abertura das Olimpíadas? Não vai comentar as Olimpíadas? Que absurdo, que horror, é satanismo, que escândalo, que loucura!.. São frases desse tipo que tenho escutado muito (de fato tenho lido, em mensagens que recebo).
Esse é o tipo de assunto que só me faz perguntar de volta a quem me questiona: o que eu poderia falar sobre isso? O que dizer sobre coisa tão óbvia, tão escancarada? Será preciso apontar algo tão evidente? Sim, foi um ritual satânico assumido acontecendo ali; sim, houve uma espécie de missa negra sendo celebrada em plena abertura dos jogos olímpicos; sim, foi o escárnio total e absoluto (de novo) do catolicismo e um golpe desumano aplicado a uma parcela importantíssima da população mundial; sim, é uma pavorosa vergonha que o muçulmano Andrew Tate tenha protestado e lançado em face dos cristãos a sua covardia diante de uma tal afronta. Sim, é verdade o que diz Elon Musk, que se os cristãos não se posicionarem, se não saírem da inércia e começarem a defender a sua fé e suas convicções perante o mundo, o Cristianismo vai acabar.
Claro, todo católico sabe ou deve saber que o Cristianismo não vai acabar, porque a Igreja de Cristo é uma instituição divina e não humana. Mas o que Musk está dizendo faz total sentido a partir da perspectiva humana, porque, afinal, Deus mesmo elegeu os cristãos para fazerem esse trabalho de proteger a Igreja, de salvaguardá-la dos ataques, de defender a sua honra, de protegê-la até a morte, se preciso. E se eles se acovardam, sim, o inimigo triunfará. Certo, no final, Deus intervirá, Jesus Cristo salvará sua noiva, mas é uma vergonha absoluta que essa noiva seja assim fraca, que seja assim pusilânime em suas convicções, que seja assim infiel ao deixar de defender o Noivo diante dos ataques dos seus adversários.
Alguns veículos de notícias, como o jornal britânico The Guardian e, aqui no Brasil, a Folha de São Paulo, divulgaram falsamente que o comitê olímpico de Paris-2024 teria pedido "desculpas pela paródia de 'A Última Ceia'", mas isso é uma mentira deslavada (claro, nenhuma surpresa que os mentirosos contumazes desse patético veículo de extrema-esquerda que é a Folha façam o que sabem melhor, isto é, mentir ou escamotear a verdade). Bem mais equilibrado é o artigo do Moura Brasil a esse respeito para "O Antagonista". Seja como for, o que disse a porta-voz, Anne Descamps, foi:
Claramente, nunca houve a intenção de mostrar desrespeito a qualquer grupo religioso(!!!). [A cerimônia de abertura] tentou celebrar a tolerância da comunidade. Acreditamos que essa ambição foi alcançada. Se as pessoas se ofenderam, nós realmente sentimos muito.
Eu detesto acrescentar exclamações entre parênteses no meio de citações alheias, mas nesse caso foi inevitável. Note bem, leitor, que eles estão dizendo que o objetivo claro era apenas celebrar a tolerância, e que essa ambição foi, sim, alcançada, mas que eles "sentem muito", não pelo escárnio, e sim que "algumas pessoas" (cristãos intolerantes, lê-se nas entrelinhas) tenham se sentido ofendidos com isso, por não entenderem essas tão lindas intenções...
O que mais é preciso dizer? Ora, nem o líder da extrema-esquerda francesa endossou a reconstituição blasfema do quadro de Da Vinci: “Não gostei da zombaria da Última Ceia cristã”, escreveu Jean-Luc Mélenchon, do partido França Insubmissa, em seu blog: “É claro que não estou entrando na crítica da ‘blasfêmia’. Isso não diz respeito a todos. Mas pergunto: qual é o sentido de arriscar ferir os crentes? Mesmo quando você é anticlerical! Estávamos falando ao mundo inteiro naquela noite.”
O que mais é preciso dizer? Bem, eu acabei dizendo mais. Acesse nossa plataforma de conteúdos exclusivos, aproveite a oportunidade de contribuir para que este trabalho continue acontecendo e prossiga a leitura: Jogos Olímpicos de Paris-2024: missa negra em paródia da “Última Ceia” com travestis, Dionísio e criança, exaltação de touro e… “Sentimos muito”?
Maravilhoso o texto, Henrique! Gosto muito dos seus coementários sobre esse tipo de assunto. são sempre lúcidos e equilibrados.
ResponderExcluirFlávia
Precisamos compreender o sentido católico da expressão " não prevalecerão ". Ela não quer dizer que a Santa Igreja é invencível nesse mundo. Assim como seu Senhor e fundador NSJC passou pelo calvário, assim também seguir-lhe-á seu corpo místico. Aquela impressão de desânimo dos discípulos de Emaús que julgavam tudo perdido, também tomará conta mesmo dos corações mais fiéis em breve. Mas assim como aconteceu com Nosso Senhor, sempre há uma madrugada de Domingo.
ResponderExcluirA paz de Jesus Cristo,
ExcluirSim, sr. Geraldo, sim. Se fosse totalmente invencível aqui na terra, não teria havido o Cisma de 1058, a Revolta Reformista de 1517, além de outras situações que inclusive obrigaram a sede da Igreja a mudar de Roma e ir para Avignon, algumas vezes. E neste caso, falo apenas na parte física e política, mesmo.
Claro, que não seja tão drástico, mas o avanço do socialismo/comunismo e do Islã, é algo muito forte, pois as pessoas se deixaram encantar pelas mentiras dos grupos citados acima, além de infiltrados na própria Igreja fazerem o trabalho do Mal.
Salve Maria!
Abs.